Com a chegada de junho, após participar pela 3a vez do Me Made May (posts sobre este ano aqui e aqui), além sentir falta da interação diária muito gostosa com outras pessoas em torno desta iniciativa, eu aproveito para pensar sobre como as minhas costuras e manualidades podem contribuir para que eu tenha um armário ainda mais handmade.

Uma conclusão que eu tirei ainda no decorrer de maio foi que eu acabo costurando roupas que servem para a minha vida em geral, mas ficou um “buraco” em termos de roupas esportivas – eu pratico pilates, faço caminhada e ando de bicicleta, roupas de ficar em casa – aquela roupa confortável, mas que não precisa ser desleixada e roupas de dormir.

Enquanto eu preparo este post, por exemplo, coloco aqui na fila dos posts que prepararei em breve uma linda blusa feita de uma seda mega especial. Sei que usarei muito, pois cada vez mais as costuras que faço são certeiras, então não é problema. Saí ontem com esta blusa e amei o resultado, mas quero estar linda e handmade também nas situações acima – as mais corriqueiras, sabe?

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Como é bom costurar uma peça especial assim!

Partindo do princípio que eu trabalho em casa, quero mudar o que eu uso atualmente (basicamente roupa de exercício ou pijama). Como não quero desperdiçar as roupas que já tenho e que estão em bom estado, coloquei como meta que eu mesma faça à medida que eu precisar substituir alguma peça esportiva. É um bom começo!

Como eu considero que cada peça que eu faço é algo muito especial, até a camiseta de malha mais simples eu uso quando saio e, se fico muito em casa, ela fica parada no armário. O que eu já acabei colocando em prática então é colocar camisetas e calças de malha que eu fiz em uso para o dia a dia em casa. Estou bem contente!

A cada ano eu criei uma tag para achar mais facilmente as minhas participações: #katiamademay15, #katiamademay16 e #katiamademay17. Aproveitei então para dar uma olhada nelas e alguns repetecos me deixaram feliz, pois demonstram que foram costuras bem aproveitadas! Veja só a minha primeira blusa de seda, feita em 2014, apareceu todo ano!

As peças separadas, mesmo que algumas ainda estejam esperando um pouquinho para se tornarem realidade (post aqui), tornaram meu armário mais versátil. Se eu consigo combinar, por exemplo, uma blusa bacana com uma saia, uma calça e um shorts, terei três looks bem diferentes entre si, concorda?

Sei que preciso exercitar mais usar uma terceira peça, mas vejo que ando mais básica e que a coisa da montação mais elaborada dá vontade só em dias específicos, sabe?

Maio, por estar no outono, não reflete o meu armário como um todo, apesar que ter um recorte de uma mesma época do ano traz mais reflexão em um âmbito geral do vestir e em relação à vida que se leva do que pensar se preciso ter mais shorts ou menos blusas e tal… De qualquer forma, tenho muitas roupas e muitas delas são feitas por mim, então acho que fiz bem desacelerar a produção por um tempo.

Atualmente eu estou ficando bastante em casa e isso se reflete bastante no que eu visto. Quando eu penso no tema, imagino tem que ser aquela roupa confortável, que dá para atender uma campainha ou receber alguém informalmente, mas ainda servir para cuidar da casa e dos meus dogs.

E aí eu me peguei pensando também em como seria legal se eu mesma fizesse meus pijamas (um de flanela seria ótimo para esta época do ano)! Vou pesquisar mais a respeito!

Há algum tempo atrás, eu me senti meio perdida ao abandonar a estética super retrô/pin up que não combinava mais com a minha vida. O mais engraçado é que eu só voltei a me entender com a minha imagem no espelho quando a era do cabelo rosa começou, rs! Aí eu consegui ver com mais facilidade o que eu queria vestir e, consequentemente, produzir.

É um fato que nosso estilo pessoal evolui e que é muito gostoso e leve quando o nosso exterior reflete o nosso interior e as nossas prioridades de vida. É um processo que nunca se encerra, mas que não pode paralisar a gente e tem que ser um exercício de amor próprio.

Quando a gente se vê assim, a gente também trata o outro com mais empatia, respeitando as particularidades e escolhas das pessoas! Quem nunca viu ofensas por aí por conta de uma celulite, uns quilos a mais ou de menos, roupa “esquisita” (entre aspas mesmo pois é muito subjetivo!)?

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Definição de uma palavra que acho tão linda que resolvi colocar no post! (Fonte)

E eu acho que é disso que o mundo precisa: de um pouco mais de empatia. Um desafio como o Me Made May proporciona isso, já que são tantas pessoas diferentes, de corpos, gostos e estilos de vida diferente dos nossos! É inspirador e libertador ao mesmo tempo!

Por isso eu te convido a dar uma olhada carinhosa no seu armário e também no espelho, vale muito a pena! Assim, a produção handmade fica ainda melhor!