Costuras da Semana!

Olá!

Na semana que passou eu não tive aula de costura, então meu vestido verde não progrediu muito… Ainda assim, fiz a lição que trouxe pra casa: fechei as pences, as laterais e os ombros do vestido, cortei e fechei o forro de cetim nos mesmos pontos e fiz algumas alterações no molde. Como o vestido terá mangas e será forrado, vai acabar sendo uma peça mais quentinha, boa para usar no frio que está chegando, oba!

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Vestido ficando com cara de vestido!

A blusa que eu e a Ana começamos na semana anterior ficou parada pois não conseguimos nos juntar para continuá-la. Como rolou aquele sofrimento todo na hora de cortar o tecido e um newsletter muito bom sobre o assunto chegou nesta semana, trabalhamos a 4 mãos para absorver as novidades e transformar num post que vai entrar aqui no blog amanhã (aliás, muito obrigada, miga!).

A maior novidade da semana é que eu comecei o meu curso de Patchwork. Adorei a primeira aula e também o fato de ser aqui pertinho de casa! Sim, o ateliê Fon Fin Fan é praticamente um oásis no deserto costurístico da região do Autódromo! Lembra do post em que eu contava o problema todo de não ter material pra venda por aqui (isso continua) e também a sensação de achar que mais ninguém costurava no bairro? Acabou!

Na primeira aula eu recebi meu material contendo um pouco da história das técnicas de Patchwork e Quilting, esquemas para a composição dos primeiros tipos de bloco (usando quadrados e retângulos) e já iniciei o primeiro projeto: fazer o primeiro bloco que será incorporado a uma bolsa, usando os materiais que eu já tenho em casa (ótimo, tô mesmo precisando “desovar” um pouco dos meus tecidos, rs!)

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Materiais impressos.

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Primeiros quadrados de tecido em 3 estampas diferentes na disposição certa para serem costurados.

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Primeiro bloco quase pronto no fim da primeira aula. Falta só unir as três “linhas” que estão formadas.

Então nesta semana o vestido deve progredir mais um pouco e a bolsa em Patchwork também. Se eu e a Ana conseguirmos nos juntar, a blusa tb vai dar mais um passinho. E meu cantinho de reparos está bem cheio, alguns são meio que urgentes, preciso dar um jeito neles também!

Ah, você viu a novidade aqui no canto superior esquerdo?

Agora o blog tem uma página “Sobre“!
Tava sentindo falta de colocar uma apresentação pessoal, contar porque este blog existe, porque tem este nome e deixar este conteúdo em local fixo!

Espero que goste!

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Por último, mais uma orquídea nasceu de um dos vasos que ficam na janela do meu quartinho.
Fiquei muito contente com a surpresa ao abrir a janela hoje!

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Quartinho florido de novo!

Beijos e ótima semana com feriado no meio!

Meus 11 anos de costuras – um giro por 2019 (parte 1)
Lendo Bell Hooks: “Ensinando a Transgredir – A Educação como Prática da Liberdade”
Burda – Moldes ao alcance de todos

Olá!

Desde que me conheço por gente e entendo o que é uma revista, lembro de existirem revistas com moldes para roupas.

Minha mãe costumava comprar algumas, apesar de saber traçar os próprios moldes. Acredito eu que era para ter ideias, ver as novidades na modelagem, saber mais sobre a costura ou mesmo se alguma coisa havia mudado, já que ela fez o curso de corte e costura nos anos 60. E as revistas estavam lá na banca, “olhando pra ela”, então por que não comprar?

No final do ano passado comprei um molde da Burda para fazer uma blusa com peplum e, quando vi que as marcações do molde estavam em inglês, alemão e em outra língua que eu imagino ser russo, além do rodapé em alemão, eu resolvi pesquisar. Como eu estou aprendendo alemão, metade da família é alemã, enfim, fiquei curiosa.

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Blusa com peplum

Cheguei ao resultado da editora alemã que tem revistas com moldes desde os anos 50!

“Todas as mulheres querem ser belas.” Uma frase simples, uma verdade irrefutável de validade atemporal. Foi esta a afirmação de Aenne Burda quando percebeu que, mesmo nos anos difíceis que se seguiram à Segunda Guerra Mundial – tempo em que se iniciou um processo de mudança também no vestuário – as mulheres queriam se sentir bonitas. Em qualquer parte do mundo, independentemente da idade, do status social e da forma do corpo.

Na vida cinzenta da Alemanha pós-guerra, os modelos de seda da alta costura parisiense eram um sonho inatingível. Extravagantes, complicados e, principalmente, de custo proibitivo. Até que surgiu Aenne Burda. Em 1949, esta mulher de 40 anos tomou as rédeas da editora de moda falida do seu marido Franz, chamou-a de Burda Moden e lançou a primeira edição com uma tiragem corajosa de 100.000 exemplares: moda bonita que você mesma pode fazer.

Dez anos mais tarde, a Burda era a revista de moda mais importante da Europa, com uma venda de 1,5 milhões de exemplares. Qual a receita do sucesso de Aenne Burda? “Em geral, sou uma mulher prática. E sabia o que as mulheres comuns queriam.” Quer fosse o New Look dos anos 50, quer a moda Flower Power dos anos 70: Aenne Burda trouxe para a sua revista as tendências de moda de Paris e Milão – modificadas de acordo com o ideal prático desejado pelas mulheres, incluiu moldes com medidas perfeitas, instruções simples e detalhadas e dicas de estilo de fácil compreensão. Modelos especiais sem requinte demasiado, sofisticados mas, acima de tudo, dirigidos a costureiras iniciantes.

Um conceito que funciona até os dias atuais e com o qual ela lançou a ideia que viria a maravilhar o mundo inteiro: a primeira revista de moda feminina do mundo ocidental a ser distribuída na União Soviética. Em 1987, a maior revista de moda do mundo teve a sua Première em Moscou sob estrondoso aplauso – um gigantesco evento midiático com um espetáculo grandioso e nomes importantes do mundo da moda.

A revista, que até então só era possível encontrar a preço extremamente elevado no mercado negro, tornou-se acessível a todos e converteu-se num motor de mudança social. “Aenne Burda teve mais sucesso em Moscou do que três embaixadores antes dela.”, afirmou na época o ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros Hans-Dietrich Genscher. Desenho de moda, criação de estilos, livros: Tudo isso esta mulher poderosa produziu, com garra, a pulso. E através das suas criações demonstrou a milhões de mulheres que não precisam de muito para se sentirem belas. Na maior parte das vezes, um vestido confeccionado por nós é suficiente.

(Extraído e adaptado de Burda Style Portugal, edição 01/2013, página 17)

Aqui no Brasil não temos uma edição da Burda, mas a edição mais próxima de nós é a da Burda portuguesa, o que facilita muito na hora de executar os projetos.

O que seria um “porém” é o fato das estações do ano estarem invertidas, mas eu vejo como uma vantagem já que, por exemplo, dá pra fazer com calma agora um projeto para a próxima primavera ou verão e, quando o calor voltar, ele estará prontinho para usar.

Atualização: A revista Burda Style conta com uma edição brasileira desde agosto/2014. Fiz um novo post a respeito, contando as minhas impressões sobre a primeira revista editada no Brasil neste post.

Todo o conteúdo da revista é tradução para o português da Burda original editada em alemão, então vale mesmo a pena comprar a edição portuguesa! Só se você quiser aprofundar os seus conhecimentos costurísticos em outra língua, rs!

Existe também um site da Burda de Portugal, que tem:
– Loja virtual com máquinas, acessórios e assinaturas de revista*
– Arquivo das edições anteriores das revistas
– Download para impressão de moldes
– Notícias sobre as tendências de moda
– Dicas para costura

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* Sobre a assinatura: Eu fiz as contas e uma edição portuguesa com envio para fora da Europa (provavelmente recebendo com um pouquinho de atraso, tipo 1 mês) sairia por cerca de 8,60 Euros – R$ 22,55 – e que parece não incluir a taxa do correio.

Se você comprar na banca aqui do Brasil uma Burda de Portugal, com 3 meses de atraso em média, você paga R$ 9,90. Na minha opinião, não compensa assinar, principalmente pelas estações do ano invertidas.
De vez em quando, você pode encontrar edições mais antigas por preço mais em conta. Eu já comprei um pacote com 2 revistas do final de 2011 por R$ 9,90.

Semana passada eu comprei numa banca no bairro do Sumaré a revista de janeiro de 2013, a mais recente por aqui neste momento:

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O que eu mais gostei foi a parte em que eles estão reeditando alguns modelos publicados nos anos 50 e 60, a sessão chama-se “Coleção Aenne Burda”. São lindos!

Eu adorei este, de 1963!

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“Estilo intemporal: o vestido de corte clássico chama a atenção pela vista amovível bordada e o cinto delicado com laço.”

Adoro ler em Português/PT, rs! Em pouco tempo a gente acostuma com os termos que são um pouco diferentes dos nossos e o estilo de redação

As revistas sempre possuem muitos modelos, divididos em sessões, como
– Moda infantil
– Moda plus size
– Projetos para fazer à mão
– Uma das peças com explicação mais detalhada, ideal para iniciantes
– Moda Retrô
– Roupas confortáveis para usar em casa
– Acessórios e customização
– Roupas de festa

Alguns outros links legais da Burda
Em alemão:
– Facebook
– Site
– Modelos Vintage (entendi quase nada, mas gostei de praticamente tudo, rs!)

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Em inglês:
Site
Loja de moldes
– Livro “BurdaStyle Sewing Vintage Modern: Mastering Iconic Looks from the 1920s to 1980s” (com 14 projetos e 5 moldes de base. Esse eu tenho, comprei na Amazon inglesa, em breve vai virar post!)
Livro “The BurdaStyle Sewing Handbook” (com 15 projetos e 5 moldes de base)

Em português/PT:
– Livro “A Costura Tornada Fácil” (Esse eu tenho, paguei R$ 29,90 numa Livraria Cultura, post sobre ele aqui)

Uma última observação: Os moldes à venda em geral já saíram em alguma edição da revista Burda. Então se você já comprou alguma revista, vale a pena dar uma olhada antes de gastar US$ 5,40 (no site americano) ou de 1,99 a 4,99 Euros (no site alemão) em um molde só.

Beijos e boas costuras!

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Costuras da Semana!

Olá!

Essa semana foi emocionante… e verde!

Na aula de costura, comecei o meu vestido verde de crepe, que eu acho que vai ficar muito lindo!
Não adiantei nenhum passo em casa, como cortar o tecido, pois a professora quer ver o tanto que eu realmente sei sobre fazer uma peça e se tem algo a ser melhorado em cada um dos passos.

Isso tem sido ótimo, pois ela me ensinou a alinhavar direitinho e mais rápido, o que ajudou muito!
Para a próxima aula, na semana que vem, eu levarei o vestido com as pences fechadas, ombros, laterais e costas costuradas, além do molde ajustado (1cm a menos de cada lado, eeehhh!).

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Meu vestidinho verde está tomando forma, estou animada

Nesta semana, comecei com a Ana uma blusa transparente, daquelas que a gente usa em cima de um vestido ou de uma regata, sabe? Seguindo a sugestão de tecidos indicada no livro “The Colette Sewing Handbook”, eu comprei chiffon verde/azul petróleo (continuo na dúvida de como definir esta cor, rs!) e a Ana comprou musseline.

A gente tirou os moldes de cada uma em casa e nos juntamos para repassar se já estavam ok para cortar e daí começar a fazer nossas blusas. Mas foi tão difícil para riscar e cortar os tecidos! Levamos muito tempo! Eles deslizavam muito e, no caso do meu chiffon, as ruguinhas são meio que elásticas, então qualquer movimento no tecido era uma esticada que a gente não conseguia controlar…

Nunca tive tanta dificuldade para trabalhar num tecido, mas também até hoje eu só costurei praticamente algodão, que não “mexe”… Aliás, a proposta de fazermos essa blusa era de exatamente começar a usar outros tecidos…

Depois que a Ana pensou em fazer um “sanduíche” prendendo o tecido dobrado, com o papel do molde no meio para dar um suporte, a gente teve um pouco menos de dificuldade para terminar de cortar. Ainda assim, estou com medo da minha blusa acabar ficando assimétrica, rs!

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Sai um sanduíche de chiffon e papel de sedaaa!!!

Se alguém tiver uma dica sobre o manuseio desses tecidos mais delicados, pode contar nos comentários?

Bom, vamos aguardar os próximos capítulos da novela destas peças nas próximas semanas!

Beijos e uma linda semana!

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Katia Linden
Sou de São Paulo, publicitária de formação, professora de costura por paixão e escolhas da vida. Sou também várias outras coisas por convicção: feminista, mãe de cachorros, tatuada, amante de música, viciada em Grey's Anatomy, costureira, modelista, consultora de estilo e (também, ufa) autora deste blog.
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