Crafts e o Verão: Lidando com o calor (e com o suor nas mãos)

Neste verão que está quase no fim (pelo menos no calendário), eu acabei me dedicando mais às manualidades do tricô e do crochê do que às costuras. Acho que por serem atividades que a gente faz mais paradinha no mesmo lugar, sofri menos com o calor ao fazê-las. Imagino que as pessoas que bordam também possam ter escolhido esta atividade para fazer no calor pelo mesmo motivo.

Se eu tivesse que colocar em ordem de preferência os meus crafts favoritos quando está muito quente, ficaria assim:

  1. Tricô
  2. Crochê
  3. Costura

Tricotando no calor

Mesmo que, ao fazer tricô, a gente tenha que lidar na maioria das vezes com lã, não me sinto incomodada com o manuseio dela. Estou fazendo uma blusa de frio desde janeiro e tem sido muito gostoso tricotar. Como tricoto devagar, tenho que começar bem antes se quero ter uma blusa nova para o inverno, rs!

As minhas mãos transpiram muito nessa época do ano, mas não me atrapalham para tricotar. Então, apesar da minha vagarosidade, o tricô rende do mesmo jeito durante o ano todo.

Tricotando as mangas da minha blusa de frio em pleno verão.

Como fazer crochê com as mãos transpirando

Em paralelo à blusa de tricô, resolvi terminar a minha regata de crochê começada no ano passado ainda a tempo de usá-la neste verão. Aí o incômodo com o suor nas mãos veio com tudo. O fio “prendia” em meus dedos da mão esquerda que o tensionam e até a agulha parecia “pegar” no trabalho depois de um tempo, mesmo que eu lavasse as mãos e as enxugasse bem de tempos em tempos. Ficava até com uma toalhinha para ficar enxugando as mãos, mas não resolvia muito.

Só a toalhinha não resolvia…

Como fazia tempo que eu não produzia uma peça maior em crochê, eu não me lembrava disso. Mas a minha agulha mais antiga de crochê já traz marcas de outros tempos desta transpiração toda:

Note que a agulha perdeu a cobertura cromada, certamente por causa da transpiração.

O cabo emborrachado das agulhas mais recentes ajudam um pouco, mas eu acabo segurando com o dedo indicador da mão direita fora da borrachinha e aí a agulha não desliza como de costume por causa do suor.

No fim das contas, o trabalho estava rendendo bem menos do que eu esperava.

Comentando sobre isso na aula de tricô/crochê lá na Novelaria, uma das queridas colegas me sugeriu usar talco nas mãos. Fazia sentido, mas eu não queria “empoeirar” o trabalho. No fim das contas, como coincidências não existem, cheguei a um post do Modices que falava sobre aquela gordurinha na parte interna das coxas que teima em atritar (eu tenho esse problema também, mas seria assunto para outro post). Lá as leitoras deixavam dicas do que usavam para amenizar este probleminha e, entre elas, estava a dica do talco em creme.

Resolvi comprar um talco da Granado para testar nas mãos e não é que deu certo? Fico bastante tempo sem transpirar e, quando o suor resolve dar as caras, vem aos poucos, sem que atrapalhe o crochê.

Talco em creme = crochê sem incômodos!

Antes de começar a trabalhar, lavo bem as mãos e enxugo direitinho. Passo o talco em creme nas palmas das mãos e entre os dedos e espero secar. Depois, é só crochetar tanto tempo quanto for possível! Recomendo!

E a costura? Como fica?

Como costurar é uma atividade que requer mais movimentos (de manipular moldes e/ou tecidos em pé, abrir costuras com o ferro de passar e costurar na máquina propriamente dita), eu sinto muito calor.

Abrir a janela, ligar o ventilador ou o ar condicionado nos momentos em que estou mexendo no molde ou então cortando o tecido acaba fazendo com que tudo saia voando. E usar o ferro de passar então… é a parte mais difícil!

Pelo menos para mim, só consigo ligar o ventilador ou o ar condicionado quando a peça já está pronta para ir para a máquina de costura. E a lâmpada da minha máquina ainda é das incandescentes, que também esquenta um pouco e acaba ficando perto do rosto.

Por isso, acabo diminuindo um pouco o ritmo das costuras no calor, às vezes dividindo as etapas para fazer em dias diferentes. Assim consigo costurar todo dia um pouco, sem derreter, só levando um pouquinho mais de tempo para concluir o projeto!

Mesmo com muito calor, dois vestidos infantis saíram recentemente!

 

E você? Qual tipo de projeto você prefere fazer no calor?

Tem alguma dica para dividir com a gente?

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Dia desses eu me peguei pensando que faz tempo que eu não escrevia as minhas crônicas cotidianas (você pode ler as outras pelas tags #escrevekatiaescreve e no salão)… Acho que foi, ultimamente, por ter sempre algum projeto pronto para mostrar ou também por ter passado um tempo sem inspiração alguma para este tipo de texto.

Aí veio a última 6a feira. Mais um dia de tempo doido em SP. Acordei cedo, aproveitei a companhia dos cachorros antes da saída para o passeio com o marido.

Fiz uma hora de tricô vendo o noticiário da manhã. Tenho adotado esta estratégia sempre que posso, chamo de modo gincana. Se o restante do dia for atribulado, pelo menos fiz mais um tiquinho da minha blusa roxa.

Sexta-feira é dia de faxina em casa. Enquanto a minha fiel escudeira Edleuza inicia a limpeza, eu arrumo as bagunças da casa, separo e coloco a roupa para lavar. Entre um afazer doméstico e outro, aviso nas redes sociais que um novo post acabava de entrar no ar no blog (este aqui, aliás).

Tomei banho, coloquei o meu vestido roxo de malha. No calor não consigo ficar com o cabelo solto, então lá fui eu fazer uma trança embutida, conquista recente, de 2017 mesmo. Sempre adorei trançar o cabelo, mas nunca consegui fazer qualquer coisa além da trancinha mais básica. Dia desses, resolvi tentar e deu certo. E aí viciei.

Look (do final) do dia!

Fiz a minha maquiagem de sempre, com batom coloridão e o restante mais leve, peguei minha bolsa e meu material e fui fazer meu trajeto a pé+trem+metrô+metrô+Uber rumo à Novelaria. Queria fazer uma aula nesse dia pois 4a feira tinha sido feriado em SP e não tive aula, assim evitaria uma crise de abstinência, hehehe!

Na última parte do trajeto, esperando o Uber chegar, choveu forte e parou. Nesses poucos minutos, uma mulher super simpática me chama. Tiro os fones de ouvido (estou vivendo uma fase de nostalgia com Charlie Brown Jr., como eu fui feliz nos vários shows que fui da banda!) para ouví-la. Era a Luciene, leitora do blog há tempos!

Eu não sei disfarçar e fazer cara de que é a coisa mais corriqueira do mundo: ser reconhecida na rua por conta do blog. Já me aconteceu antes sim, mas eu sempre penso: até agora há pouco estava eu na minha rotina caseira, uma vida bem comum mesmo. E agora alguém super legal me reconhece por conta do blog. Me diz: como é maravilhosa essa vida costurística e craft, que proporciona que as pessoas se encontrem na vida real numa cidade enorme como SP?

Pois bem, foi rápido, mas foi intenso! Como eu contei na legenda da selfie que não podia faltar, ganhei o dia!

Cheguei na minha aula tão feliz, foi uma tarde tão boa fazendo a minha blusa de crochê que caminha devagarzinho desde o ano passado! E ainda tinha o barulhinho de chuva para curtir! Neste dia também recebi a minha encomenda de uma ovelhinha linda vinda lá do ateliê do Carlos Clavelli, de Montevideo (mostrei aqui). Meu ateliê ganhou uma moradora muito linda!

Nova moradora do ateliê!

Terminada a aula, ainda muito feliz com esse dia que foi se revelando tão especial, fui ao salão fazer as unhas. Desde que abandonei o esmalte preto, tenho amado pintar as unhas de roxo bem escuro (sou 8 ou 80: ou estou com esmalte escurão ou estou sem esmalte nenhum, rs). Outra conquista de 2017: minhas unhas finalmente estão compridas, como eu sempre quis!

Purple is the new black (for me 😜). #tricotakatiatricota

A photo posted by Katia Linden (@katialinden) on

Saindo de lá, fui encontrar o marido no bar preferido. Aquele bar em que os garçons te conhecem, que sabem que a gente vai querer uma porção de pastéizinhos de carne e de queijo e que eu vou querer o drink que saiu do cardápio faz tempo mas que o barman ainda prepara. Aquele aconchego fora de casa, rs! Compartilhamos como tinha sido nosso dia um com o outro, petiscamos e bebemos.

Ginger Lemonade, meu drink querido!

Fomos para casa, terminar o dia junto dos nossos filhotes cachorros. Precisava de mais nada, nem se eu tivesse planejado muito mais eu teria um dia tão bom!

Que todos nós tenhamos sempre dias com boas surpresas na vida!

Beijos!

Um novo ano, um novo blog!
3 anos de blog!
Amigo Secreto das Tricoteiras

Uma das boas surpresas do ano passado foi ter conhecido o pessoal incrível que viajou para Montevideo. Aproveitando que o final do ano estava próximo e que esta turma muito boa queria se reencontrar ainda em 2016, organizamos um amigo secreto craft (oba)!

Cada participante levou um presente craft ou relacionado ao tricô/crochê. O sorteio foi feito na hora e o presente ainda poderia ser roubado por outra pessoa! Foi muito divertido e todos os presentes eram muito especiais!

Meu presente craft

Quando o amigo secreto foi combinado eu estava viajando e não tinha levado nada na mala para preparar um presente. Para garantir que não furaria em um compromisso tão bacana, comprei um kit lindo para tricotar uma echarpe rendada em três cores na La Droguerie (tem mais compras minhas em Paris neste post). Eu não sei se conseguiria fazer uma peça dessas sozinha, mas com tanta gente nível “ninja” no grupo, sei que quem ganhasse daria conta do recado.

Como consegui chegar a tempo de fazer uma aula na Novelaria antes do amigo secreto, tricotei uma gola em ponto barra inglesa com praticamente uma meada inteira da lã Rasta.

Então esta duplinha foi o presente que preparei e que acabou ficando com a querida Christina (que ficou muito feliz por tê-lo recebido, missão cumprida)!

Meu presente craft!

Gola pronta!

O presente craft que ganhei

Na minha primeira tentativa peguei um kit da Novelaria que a Lica trouxe, com lãs lindas e uma agulha de crochê, mas foi roubado, rs! Na segunda tentativa, peguei uma bolsa linda que a Patsy fez e junto tinha um contador digital de carreiras. Aí a Mara pegou para ela, hehehe! A brincadeira de roubar os presentes rolou mesmo, deu pra perceber, né?!

Minha primeira tentativa, rs!

Quando contei que sou daquelas pessoas que não consegue tricotar sem usar um contador, a Mara acabou dando para mim, tenho usado muito!

Por fim, o presente que veio para casa comigo foi da Inês. É um kit com duas meadas de lã italiana e um conjunto com três agulhas de tricô num formato diferente, que preciso aprender a usar logo!

Lãs italianas, um conjunto de agulhas e um contador de carreiras!

Uma tarde especial

Além do presente lindo que ganhei, a Lili presenteou a nós todas com um exemplar de seu livro! Já li todo e, mesmo não sendo mãe (de crianças, rs), sou filha, sou irmã e sou esposa, então o livro me tocou muito! Recomendo a leitura!

“Mãe, Emoções e Confissões” por Eliane Yazigi Sarcinella. Ed. Pasavento. Recomendo muito!

Quem nos recebeu foi a Patsy, que fez uma decoração tão linda que não tinha como passar despercebida!

Mesa temática mais linda!

Que outros encontros tão especiais quanto este aconteçam em 2017!

Amigo Secreto da Fon Fin Fan
Montevideo - Aprendendo a fiar lã em uma roca
Katia Linden
Sou de São Paulo, publicitária de formação, professora de costura por paixão e escolhas da vida. Sou também várias outras coisas por convicção: feminista, mãe de cachorros, tatuada, amante de música, viciada em Grey's Anatomy, costureira, modelista, consultora de estilo e (também, ufa) autora deste blog.
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