Olá!

Aqui estou eu para contar como foi o segundo ano de uso da minha máquina de overloque. Os posts sobre máquina de costura são sempre bastante acessados aqui no blog, então resolvi manter esta avaliação periódica!
Estou com a minha Encantada em uso há um pouco mais de dois anos (o post sobre os primeiros meses de uso é este e sobre o primeiro ano de uso é este), sendo que o nome oficial dela é Ultralock 14SH754, da Singer.

Aproveitei para dar uma olhada geral nos comentários destes primeiros posts sobre a overloque e também reunir algumas informações por aqui!

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Minha Singer Ultralock 14SH754

Manuseio

Neste segundo ano de uso, peguei o jeito de passar as linhas e acertar a tensão, que varia conforme os tecidos e também quantas camadas estão sendo passadas ao mesmo tempo. Nas fotos abaixo, o tricoline de algodão (azul claro florido) está duplo e a flanela de algodão (xadrez e vermelha) está com uma camada só. Continuo testando tudo com um retalho antes de passar a peça definitiva na máquina, para garantir e acertar algo quando preciso.

Eu diria que o maior “pulo do gato” deste segundo ano foi não usar mais fios de overloque e substituí-los por cones grandes de linha, já que consomem bastante. Os fios quebravam muito e, de vez em quando, eu tinha problemas para acertar a tensão deles quando passava tudo de novo.

Eu acredito que, para uso doméstico, os fios vêm em muita quantidade, aí eles acabam ficando velhos e sem resistência. No ano passado, eu já havia me queixado dos fios vermelhos que quebravam o tempo todo. E, para dar uma ideia, em praticamente dois anos de uso, eu nunca usei um cone de fio até o final. Imagina se estes fios que tenho em casa já não estão velhos?

Desde que passei a usar linha no lugar dos fios (que algumas amigas das costuras já faziam e me recomendaram, inclusive), tudo ficou mais fácil e sob controle!

Quando eu fazia aulas de corte e costura com a Lurdes, eu levava quatro retrózes pequenos de linha na cor do tecido para usar a overloque do ateliê, assim não corria o risco de não ter fios e linhas na cor correta. Quando você achar que a cor é muito específica, é algo que você pode fazer!

Já se é uma cor que você vai usar um pouco mais, você pode colocar dois cones grandes de linha nos lugares onde se passam os fios e dois retrózes pequenos de linha onde já se usam linhas.

Agora, para as cores bem básicas, como preto e branco, por exemplo, você pode colocar quatro cones grandes de linha!

Para o overloque em preto, até alguns dias atrás, eu estava usando dois cones grandes de linha no lugar dos fios e dois retrózes pequenos onde já usava linha. Mas isso foi até as linhas pretas que eu tinha acabarem, pois agora ficarão com quatro cones grandes.

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Overloque em uso só com linhas.

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Ficou mais fácil de deixar os pontos certinhos!

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Aqui dá para ver a frente e o verso do tecido com acabamento apenas com linhas.

As dicas básicas de uso, passagem de linhas, limpeza e lubrificação da máquina que mencionei nos outros dois posts continuam valendo!

A Overloque Substitui uma Máquina Reta?

Esta pergunta já apareceu nos comentários e eu resolvi dar uma atenção para ela aqui. Existem três itens que respondem a esta questão:
1. Para costurar malhas, você pode unir partes diretamente com a overloque. Ou seja, a overloque vai costurar e arrematar ao mesmo tempo, mantendo a elasticidade da malha.
2. Para tecidos planos, o ideal é usar a overloque apenas para o acabamento das bordas. Então, neste caso, ela não substitui uma máquina reta.
3. Para dar acabamento nas peças de malha, é necessário ter outra máquina para costurar as barras (uma galoneira, se o uso for industrial) ou uma reta/doméstica com agulha dupla.

Avaliação Geral

– A máquina é resistente, forte e muito estável, não apresentou nenhum problema desde que a comprei.
– É uma máquina mais barulhenta que as concorrentes, mas só me dei conta depois de usar uma outra overloque em aulas em outro ateliê. De qualquer forma, o barulho não interfere no desempenho da máquina.
– Tive problemas com o uso de fios, mas depois que passei a usar linhas, não tive mais problemas.
– Costurei malhas variadas neste período, com uma ou mais camadas e deu tudo certo!
– O ajuste de tensão das linhas continua sendo feito conforme cada projeto, não há uma regra ou tensão “padrão”. Então o teste antes de passar a peça definitiva é fundamental. Se alguma das linhas não está certinha, o jeito é ir ajustando aos poucos, até o ponto ficar correto.
– Usei a máquina para fazer acabamentos de tecidos planos, normalmente passando uma camada só de tecido e deu tudo certo também. O tecido mais grosso que passei foi o jeans, mas também fiz acabamento em veludo, por exemplo.
– A manutenção e a limpeza têm sido fáceis e a máquina atende bem o que eu costumo costurar.

Espero que a minha Encantada continue cumprido bem a sua função aqui no ateliê!

Beijos e boas costuras!