Minha colcha de retalhos – Patchwork Hexagonal

Olá!

Ontem eu contei que comecei a fazer minha colcha de retalhos na semana passada. Fiquei encantada por um projeto do livro da Liberty e não sosseguei até que eu o começasse. Sei que vai levar tempo para ficar pronta, mas quem sabe não consigo tê-la prontinha na minha cama nas minhas Bodas de Prata (em 2032)!? Brincadeira…

Uma das coisas mais interessantes do Patchwork para mim é que existem técnicas tão antigas em uso, mas com aplicações diferentes e contemporâneas. Este tipo de coisa atrai muito a minha atenção.

Lendo um pouco, esta técnica de unir hexágonos manualmente usando uma base de papel é uma tradição inglesa que parece ter mais de 200 anos (!!!).

Fazendo uma busca no Pinterest (segue lá, /katialinden), eu encontrei muitos projetos pequenos usando a técnica, como clutches, almofadas, descansos de copo e bolsas. Mas também tem bastante imagem de colchas prontas, então pelo jeito eu não sou a única doida do mundo a querer ter e fazer uma lindeza dessas, rs! Dá pra ver o quanto os hexágonos são tradicionais mesmo, pois eles sempre aparecem nos projetos vindos da terra da rainha.

Eu tive o “estalo” a respeito de fazer uma colcha quando assisti o filme “Colcha de Retalhos”, lembra? Mas consegui decidir como queria que ela fosse quando folheava o livro “Costure!” da Cath Kidston. Lá tem um projeto de colcha com outra técnica, de aplicação de flores e corações em blocos grandes.

No caso do livro da Cath Kidston os hexágonos foram usados para fazer uma bolsa para levar materiais de tricô, feita com os tecidos combinando. Aí depois vem uma página dupla com o zoom de uma colcha vintage de retalhos de padrões aleatórios, com tecidos que parecem ser de várias peças de roupas, linda!

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Colcha de retalhos “old school” – imagem do Livro “Costure!”

No livro da Liberty também tem outra proposta de colcha, com cara bem contemporânea e feita de retângulos dispostos como uma parede de tijolos em tons de azul. Bem lindo e certamente mais fácil para fazer uma colcha grande.

No livro “130 Blocos de Patchwork“, esta técnica é usada no “Jardim da Vovó” e no livro da Liberty chamam este trabalho assim também. A proposta do primeiro livro é de montar “rosetas” com os hexágonos e depois aplicar as figuras formadas em um quadrado de tecido, formando o bloco. Ficou uma graça, imagino poder aproveitar para fazer as capas de travesseiro, por exemplo.

Lógico que optei pelo mais difícil para fazer a minha colcha, rs! Pela comodidade do meu livro da Cath Kidston estar em português, foi de lá que eu peguei as instruções para montar os hexágonos, mas a composição da colcha e o tamanho do hexágono veio do meu livro da Liberty, com rosetas em tecido estampado e entremeios de hexágonos de tecido liso.

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Jardim da Vovó na colcha.
Imagens do livro “The Liberty Book of Home Sewing”

Lá as medidas e quantidades estão colocadas para uma colcha de berço de 83 x 126cm (dá 1,30m2), então tive que calcular para aumentar e rezei pra não desanimar, rs!

Vamos aos números para você ter uma ideia de como o projeto é realmente grande:
Para uma colcha queen size (2,40 x 2,65m – ou 6,36m2), eu calculei:
– 1022 hexágonos estampados (que vão virar 146 rosetas)
– 821 hexágonos brancos (que serão os entremeios da colcha)
– Total: 1843 pecinhas para cortar e unir, ufa!

O que eu achei mais legal é que vou procurar gastar o mínimo possível comprando tecidos para a colcha. Estou usando meus retalhos mais bonitos e que se coordenem de alguma forma, só se não forem suficientes que eu vou comprar tecido para completar.

É provável que eu compre o tecido do forro, pois terá que ser bem grande, a manta e o tecido liso do entremeio, mas como o foco agora é montar os hexágonos estampados, vou deixar para pensar nisso mais adiante.

Como está lá na dica do livro da Cath Kidston, “Na época em que o parchwork apareceu, materiais novos eram caros e de difícil acesso. Mantenha a tradição – e sua credencial verde – guardando todas as sobras de tecido e peças de roupa velhas de sua família, para fazer seus hexágonos”.

Estou usando para a base os retalhos de papel craft que tenho guardado. Geralmente guardo os pedaços não muito pequenos pois são úteis para moldes menores, para fazer emendas em moldes grandes e também para embalar presentes, como contei aqui. Os livros sugerem também usar envelopes velhos de papel para fazer a base!

Falando de aproveitamento de papel, no livro da Cath Kidston ela não costura o papel ao tecido, como vi nos outros livros. Então, ao terminar, os papéis podem ser retirados inteiros e reaproveitados para outro projeto com hexágonos. Eu estou fazendo assim.

Neste momento, os materiais ainda são poucos e estou guardando tudo numa caixa plástica com tampa. Assim levo pra sala e faço enquanto vejo televisão sem que o Luke, meu cachorro mais novo, abocanhe algo (ele é fascinado pelo alfineteiro, tenho que cuidar pra ele não usar como brinquedo, que perigo!).

Para não me perder nas contas dos hexágonos estampados, vou contar pelas rosetas formadas, de quebra não corro o risco de desanimar com os números grandes, hehehe!

Por enquanto, eu só fiz a mesma composição que coloquei no post de ontem, quando começar a mexer com outros retalhos eu vou fazendo novos posts para mostrar.

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Relembrando: centro com retalho de tecido que usei para uma blusa e bordas com retalhos de tecido que usei para um vestido.

No momento, a minha colcha se resume a isto aqui (tem um pouquinho de cada etapa, inclusive):

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Papéis e tecidos cortados, “sanduíches” de papel e tecidos alfinetados, hexágonos costurados, hexágonos unidos. E virão muitos outros!

E, pra encerrar, esse projeto não tem a desculpa de não ser feito por falta de máquina de costura, né?! Que tal adotar a técnica para começar com pequenas peças?

Beijos!

Livros consultados:

The Liberty Book of Home Sewing (em inglês)
Lucinda Ganderton (fotos por Kristin Perers e ilustrações por Richard Merritt)
Quadrille Publishing Ltd.

Costure! – Designs Exclusivos de Cath Kidston para fazer mais de 40 projetos simples de costura
Cath Kidston (fotos por Pia Tryde)
Ambientes & Costumes Editora (em português)

130 Blocos de Patchwork – Requintados blocos de Patchwork e aplicações para enfeitar sua casa e criar lindos acessórios.
Susan Briscoe
Ambientes & Costumes Editora (em português)

Reflexões durante o covid, Get Back e um coração em paz.
5 Anos de Blog – Minha Manta de Retalhos está de volta!
Costuras da Semana!

Olá!

Essa semana passou rápido, nossa! E teve bastante coisa rolando por aqui!

Primeiro, conto pra você que São Pedro colaborou comigo semana passada e eu consegui estrear meu vestido Crepe. Usei para ir para a aula de costura, já que o tempo estava mais quente e ensolarado naquele dia. Professora adorou o vestido e ele está aprovado oficialmente! Fiquei muito feliz!

Tentei tirar uma foto quando cheguei em casa, mas meu cachorro fofo resolveu que a foto seria dele, então vai ficar pra próxima, rs!

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Astor, fofura em forma de cachorro!

Meu vestido verde ficará pronto nos próximos dias, estou nos detalhes finais. Só vou colocar aqui depois da aprovação final da professora e com fotos decentes!

Enquanto a aula de Patchwork de 6a feira não chegava e eu já estava livre da prova de alemão, respirei fundo e iniciei um projeto que eu considero “ousado” pelo grau de complexidade, pois envolve uma grande quantidade de peças pequenas e também muito trabalho manual envolvido: comecei a fazer a minha colcha de retalhos, usando os tecidos da minha caixa de retalhos “ricos” importados e a técnica dos hexágonos, toda manual.

Sei que é algo que levará um bom tempo para ser concluído, mas terminar de montar a primeira “roseta” ontem à noite me deixou animada!

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Montagem dos 7 primeiros hexágonos da colcha, de um total de mais de 1800. #oremos

O marido também gostou (temos que lembrar que a cama também é dele, né?!) e à medida que o progresso se mostrar visível, eu conto por aqui. Vou fazer um post sobre o que eu tenho aqui em casa a respeito desta técnica. Estou apaixonada!

O primeiro projeto do livro mais lindo que comprei recentemente foi realizado. Estava namorando fazer o “Keepsake Board” (ou “quadro de lembranças”) do “The Liberty Book of Home Sewing” desde que comprei o livro, mesmo que este fosse o único projeto que não tivesse costuras.

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Detalhe do Keepsake Board do livro.

Aproveitei uma lousa antiga aqui de casa, colei uma cortiça grossinha em cima da parte verde e o restante eu segui como estava no livro: uma camada de manta acrílica, uma camada de feltro verde (o que restou da primeira costura da Novinha), tiras de tecido Liberty na estampa Elysian e tachinhas bonitas.

Eu tinha um retalho grande da mesma estampa sugerida no livro só que em outra composição de cores, vai ver por isso eu queria tanto fazer o quadro…

Nas costas do quadro usei grampos para prender cada camada. Para deixar bem acabado, colei um pedaço de papel craft no fundo e prendi com tachinhas.

Adorei o resultado e já comecei a usar para colocar minhas anotações costurísticas e afins, separando das anotações, fotos e coisas pessoais que eu tenho em outro quadro no quartinho (logo acima).

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Mais um projeto concluído, mais tecidos utilizados!

Na aula de Parchwork, terminei de montar os blocos que serão usados nos jogos americanos, que vão começar a tomar forma na próxima aula. Amei a combinação de cores e dos blocos que eu escolhi! Depois de terminados, vou aproveitar o tecido que sobrar para fazer mais 4 unidades e montar um conjunto completo aqui pra casa. Assim eu exercito mais um pouco também.

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No sábado, marido ajudou em algumas melhorias do quartinho, como instalar as luzes novas e mais fortes*, o relógio fofo que não fazia sucesso na cozinha (sempre acabávamos olhando as horas no microondas) e aquela placa que mostrei no post sobre a minha mãe. De detalhe em detalhe eu vou adorando ainda mais o meu cantinho!

Nesta semana eu costurarei algumas peças velhas conhecidas minhas que fazem muito sucesso na hora de presentear, mas que são novas aqui no blog. Semana que vem eu mostro!

Beijos e ótima semana com feriado!

* A troca das luzes foi ótima para eu poder costurar melhor, principalmente à noite, mas elas estão deixando as fotos meio avermelhadas, pelo menos aqui pra mim… Não sou boa em retoque de imagens, mas vou ver o que posso fazer para as fotos ficarem com a cor mais certinha, ok?

Meus 11 anos de costuras – um giro por 2019 (parte 1)
Lendo Bell Hooks: “Ensinando a Transgredir – A Educação como Prática da Liberdade”
Costura – um Hobby levado a sério

Eu lembro bem das minhas primeiras aulas de costura em 2011 com a querida Patricia, quando ainda eram na casa dela e depois no ateliê que ela montou. Eu ficava tão tensa por mexer em uma máquina de costura que chegava em casa com os ombros doendo, rs, mas o tanto que os ombros doíam correspondia também ao tanto que eu estava feliz em aprender a costurar!

Dois anos depois, tenho um quartinho de costura que é a minha cara, duas máquinas de costura e, já que não trabalho com isso por opção, posso dizer que tenho um Hobby que realmente levo a sério. E esta frase é redundante, explico já o porque:

Eu sempre achei meio confuso este termo hobby, porque pra mim era como um passatempo, sei lá. Até que outro dia, na aula de alemão, a professora explicou que os alemães costumam “classificar” as atividades de lazer como Freizeit Aktivität (atividades no tempo livre) ou como Hobby. As primeiras são ir ao cinema, ouvir música, sair com os amigos, passear no parque, ou seja, as coisas que você gosta de fazer quando não está trabalhando. Já o Hobby é aquela atividade para a qual você se dedica de verdade, que leva à sério, quase que em nível profissional. Um exemplo que ela deu foi que se você disser para um alemão que seu Hobby é ir ao cinema, ele vai considerar que você é um cinéfilo e que estuda a respeito e etc. Se você gosta de usar o seu tempo livre indo ao cinema, não é Hobby, é o tal Freizeit Aktivität.

Legal isso, né? Pra mim isso foi tão esclarecedor! Eu considero hoje em dia que os meus Hobbies são a costura, este blog e o ciclismo. Sempre acho que não faço nenhum dos três tanto quanto eu gostaria, mas a eles eu dedico muito do meu tempo, atenção, estudo e vou atrás de equipamentos mais adequados para estas práticas (minha bicicleta – Mercedes – e meu quartinho de costura que o digam!).

Então, se alguém perguntar sobre meu trabalho, hoje eu consigo definir rapidamente: Eu tenho a costura como um Hobby. Consequentemente, este blog. O “levado a sério” é redundante, mas nunca definiu tão bem a minha ocupação.

Beijos!

11 Anos de Blog!
Como é o meu vestir em 2023
Katia Linden
Sou de São Paulo, publicitária de formação, professora de costura por paixão e escolhas da vida. Sou também várias outras coisas por convicção: feminista, mãe de cachorros, tatuada, amante de música, viciada em Grey's Anatomy, costureira, modelista, consultora de estilo e (também, ufa) autora deste blog.
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Um manifesto para 2022
Vencendo a minha maior resistência: vender!