Consultoria de Estilo: (Re)encontrando as minhas cores com a Ana Soares!

Olá!

Tem um assunto que vez ou outra eu abordo por aqui, até porque tem muito a ver com o que eu faço (ao costurar as minhas próprias roupas): análise de cores. Este é um passo importante para uma peça ficar um arraso, além da escolha do modelo e do tecido.

Quando conseguimos fazer as três etapas direitinho – escolher o modelo a ser costurado, o melhor tecido para ele e a cor ideal – a chance de usarmos bastante a peça depois de pronta é muito maior, concorda?

Eu já arrisquei montar cartela de cores para mim (a tentativa mais recente está aqui), mas depois das várias mudanças de cor de cabelo que me deixaram em crises momentâneas (rs) ao longo deste último ano, resolvi contar com uma ajuda profissional.

Já falei da Ana Soares, que tem o blog Hoje Vou Assim Off, várias vezes. Sou fã do estilo dela, de como ela lida com as questões sobre a moda e o consumismo e também de como ela conduz o trabalho de consultoria de estilo. Numa passagem dela por SP no final de julho, combinei de fazer com ela uma análise de cores.

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Ana Soares, maravilhosa, sou fã!

Como funciona?

Assim como a própria Ana me contou: “A análise da coloração pessoal é um importante guia na hora das compras e para direcionar melhor coordenações de cores e estampas das suas roupas. O objetivo da análise de cores é perceber as melhores cores para você. O sentido é encontrar quais tonalidades específicas vão servir melhor de moldura para o quadro que é o seu rosto. As cores não têm que chamar mais atenção do que quem usa, mas coordenar com os tons que a gente já tem naturalmente. Suas cores acompanham, valorizam e harmonizam tudo que você é: cabelo, pele, olhos e personalidade!”

A Ana me pediu para ir ao encontro dela sem nenhuma maquiagem. Lá, com o colo e cabelos cobertos por um tecido bem neutro, ela estudou quais cores ficavam mais harmoniosas com o meu tom de pele, cabelo e olhos.

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Dois momentos da análise de cores: com uma das cores que contrastam muito comigo (vermelho) e com algumas das cores que combinam mais com minha pele, olhos e cabelo (tons mais frios). Fotos da Ana Soares.

As cores que funcionam bem para nós geralmente nos deixam com a aparência mais descansada, saudável, leve e até disfarça ou atenua imperfeições como manchinhas.

O método usado pela Ana possui 12 cartelas, baseadas nas cores encontradas na natureza e nas estações do ano, muito legal!

No meu caso, eu sou bem branquinha e a minha pele é de fundo rosado. Juntando esta característica com os olhos e os cabelos claros (minhas sobrancelhas e meus cílios são ainda mais claros), dá para notar que eu não sou uma pessoa de contrastes e as minhas cores naturalmente são mais frias. Após uma observação bem cuidadosa, a Ana concluiu que eu sou da paleta verão puro/verão frio, composto de cores mais frias e menos contrastantes.

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Achei esta cartela de cores tão elegante, que sorte a minha! (Fonte)

De cara, isso certificou a minha preferência pelo azul e pelo cinza. Confirmei também que preto e branco não faziam maravilhas por mim, assim como acessórios dourados. Outras questões de cores foram muito bem resolvidas também, pois existem muitas opções, como dá para ver acima!

De tempos em tempos eu conto um pouco disso tudo aqui, porque não é algo estático ou definitivo. O processo de vestir para quem é amador (porque não estudei moda, não sou stylist, nem consultora de estilo, mas amo pensar nas minhas produções) é sempre de tentativa-erro-estudo-acerto.

Desta vez, foquei em entender como as cores participam desse processo e, assim, investir no que funciona pra mim. Desde então, tenho pensado mais nas peças que amo, nas que uso pouco mas que agora enxergo mais potencial, nas combinações que eu posso abandonar para outras novas e melhores tomarem lugar.

Coloquei abaixo alguns looks do ano passado e deste ano, que já apareceram aqui no blog, para dar uma olhada mais crítica. Felizmente não me arrependo de nada, hehehehe, mas que em alguns deles tinha coisa para melhorar, ah… tinha sim!

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Preto na blusa e nas unhas, suavizado pelo azul do jeans e pelo rosa do batom.

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Nossa, como eu gosto deste look!
As cores da blusa, do batom e do vestido (usado como saia) deram muito certo!
O preto da meia calça e das botas, por não estarem perto do rosto e por não serem contrastantes com a peça mais próxima, que é a saia do vestido, não impacta tão fortemente.

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Blusa vinho-rosada e saia cinza escura: muito amor!
Mais uma vez, o preto da meia calça (e das botas que não aparecem nesta foto) não pesou tanto por não estar na parte de cima do corpo.

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Tanto amor por esse look: cores clarinhas que funcionaram super bem juntas, com um rosa mais forte no batom e na estampa da blusa cinza! Usar tudo mais clarinho me agrada muito!

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Um look que eu amo (e continuo usando) apesar de agora me parecer meio “polêmico” por causa da camiseta amarelona, rs! Mas acho que as cores do lenço, do macacão e do batom suavizaram!

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Eu adoro a composição das peças do look, mas dá para ver como eu fico muito pálida usando preto na parte de cima do corpo, não dá?

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Outro look do amor, no último Reveillon: as cores da estampa ajudaram muito!
(Ah, se esse cabelo cinza tivesse funcionado no dia-a-dia, eu gostei tanto…)

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Tem preto no look? Tem! Mas tem estampa rosa, jeans azulão e batom rosado!
Eu sabia que a fase do cabelo mais pro dourado não ia durar muito e lidei bem com ela, pois queria outra cor para mim!

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Um dos meus últimos looks ainda ruiva e um dos meus preferidos, porque está quase monocromático, com bastante rosa (seria este um sinal? Rs!)

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Sim, o cabelo ruivo era lindo, mas hoje eu acho que eu ficava muito pálida com essa cor.
Minhas sobrancelhas mal aparecem também.
Já todas as outras cores todas do look me agradam, continuo usando tudo!

Lidando com as novas informações de cores

No dia da análise, o meu choque foi saber que vermelho e amarelo “gema” não eram boas cores para mim. Logo eu que andei experimentando vestir mais amarelo e eu que adoro um batom vermelho. É fundamental lembrar que estas não são regras fixas e, quando a gente gosta e quer usar uma cor fora da cartela, tem como dar um jeito: usando combinada com uma cor da cartela ou usando-a mais longe do rosto.

Na maquiagem, por exemplo, não uso delineador preto faz tempo. Troquei por um tom de beringela e notei o quanto ele pesa bem menos na minha fisionomia. Para o dia-a-dia, uso um lápis desta cor esfumado perto dos cílios, bem mais rápido de fazer que o traço de delineador, funciona muito bem para mim.

Por outro lado, não vivo sem rímel preto, mesmo sabendo agora que um rímel marrom seria mais indicado. Primeiro porque eu amo rímel preto e também porque não gosto de usar rímel muito carregado, então não acho que atrapalhe o resultado final da maquiagem.

E o batom vermelho? Dá para usar sim, mas tenho me sentido muito melhor com batons rosas, corais ou cereja. Vejo que hoje em dia uso bem menos maquiagem e aparento estar mais corada com as cores ideais.

Quando procurei a Ana, confesso que o fiz porque estava bem perdida em relação a que cor usar em tudo, mas principalmente no cabelo e nas roupas. Estava me sentindo bem apagada, sabe? Que bom que isso já mudou!

A polêmica da cor do cabelo ideal

E aí eu chego num assunto meio polêmico: o cabelo. Digo polêmico porque ouvi de tudo um pouco no último ano quando resolvi deixar de ser ruiva e precisei me manter firme no meu propósito para não me abalar durante o processo.
Eu amei ser ruiva por cinco anos, mas simplesmente um dia enjoei, não queria mais. No dia da análise da Ana, foi um choque ver que o vermelho/alaranjado/cobre não era bom para mim. Foi um choque, mesmo! Por um minuto achei que tinha feito tudo muito errado por muito tempo, rs!

Mas alguns dias depois, revendo fotos antigas, vejo o quanto eu ficava pálida com tanto contraste em relação às minhas cores naturais: cabelos ruivos, delineador preto, batom vermelho. Eu usava um monte de maquiagem em cores muito fortes para mim e tudo isso aparecia mais do que eu mesma!

Essa constatação minha agora é fácil de contar, pois já passou um tempo e eu já absorvi tudo isso, mas tive pequenas crises neste aprendizado também, como se eu tivesse feito tudo muito errado por bastante tempo, como eu disse acima. Mas aí é que está, não tinha nada tão errado, nada disso é imutável e aqui estou eu buscando a minha melhor versão.

(E bora descontrair: tem muito mais coisa errada acontecendo no mundo do que a cor da roupa, da maquiagem ou do cabelo, concorda? Rs!)

Sem esse estudo todo por trás, quase que intuitivamente, mas por questões práticas também, cheguei ao cabelo rosa, que eu nunca imaginei ter, mas que hoje me faz absurdamente bem. Eu não precisava deixar de ter cores coloridas no cabelo, só precisava encontrar a uma nova cor bacana.

Eu tinha pintado o cabelo de rosa pela primeira vez alguns dias antes da análise e fiquei com receio de que eu tivesse dado um outro passo errado. Mas eu estava me sentindo linda desde então, o que era um bom sinal. E assim como foi chocante saber que vermelhão ou amarelão não ficavam bem para mim, foi chocante positivamente ter acertado na minha cor nova de cabelo, que eu não pretendo mudar por enquanto.

Look do Dia

Na primeira oportunidade que eu tive de colocar isso tudo em prática, eu pedi para o marido registrar. Fiquei um tempão escolhendo roupas, pensando loucamente nas cores. Fiquei com medo de me sentir engessada, mas agora já passou. Nesse (re)início, o marido disse até que eu estava meio que obcecada com o assunto, rs!

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Todas as cores trabalhando a meu favor.
Dá para notar que pareço até mais corada?
O branquinho do tênis não está na minha cartela, mas está bem longe do rosto, então continuo usando!

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Percebi que até as minhas sobrancelhas voltaram a aparecer, sem tanto contraste perto do rosto!
E a jaqueta jeans com o Patch de New Orleans que eu não tinha mostrado ainda em um look?

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O olhar de quem está se sentindo feliz consigo mesma! Rs!

Neste dia fomos na Feira na Rosenbaum, cheia de designers interessantes e super bem selecionados, para procurar algumas coisas para casa. Para quem é de São Paulo, recomendo muito a visita, algumas coisas que comprei lá em outra edição ficaram ótimas no meu quarto (post aqui).

Mas para a minha surpresa, nesse dia, uma senhora muito estilosa (que acho que era uma expositora da feira) me fez um elogio que me deixou nas nuvens: “suas cores todas são tão lindas!”. Missão cumprida ou não?

Novos caminhos para o armário handmade

E, desde então, voltou a ser legal pensar no processo de me vestir e, consequentemente, de costurar, tricotar ou crochetar. Não me sinto presa, me sinto mais livre pois tem uma porção de cores que eu nem dava bola e que agora me permito testar, experimentar, combinar com outras.

A hora de tirar uma peça antiga do armário também ficou mais fácil, pois o critério de cor passou a ser tão importante quanto se a peça estava sem uso, se ela me veste bem ou se ela serve para a minha vida atual.

Várias peças pretas já saíram do armário nos últimos meses, sem dó. Já uma camiseta amarela clarinha e divertida que já estava quase saindo da gaveta, por outro lado, ganhou uma nova chance.

Eu recomendo muito este serviço de análise da Ana mas, se não for possível para você, pense com carinho naquelas peças que você mais usa e se sente linda, veja de que cores são. Olhe no espelho e veja como estas cores trabalham para ressaltar suas qualidades naturais. Aposto que você já vai dar um passo certo nesse sentido!

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Amando as cores mais que nunca!

Aliás, a Ana fez recentemente um post super legal sobre combinações de cores que serve para todo mundo, este aqui! E a Thais Godinho, parceira da Ana em alguns workshops (que eu ainda quero fazer), também fez a análise de cores e conta aqui como foi (com o ponto de vista de ser sobre outra cartela de cor).

A partir do próximo post, as costuras que fiz já têm esse novo direcionamento. Também me ajudou a escolher os materiais para os próximos projetos de tricô e de crochê. Tem sido muito legal desengavetar tecidos que antes eram dúvida, pensar em uma boa solução para a cor não tão favorável para não desperdiçar um bom tecido. Não está sendo sofrido, aliás, tem sido muito gostoso!

Fico feliz de compartilhar essa descoberta tão importante para mim por aqui, espero que seja útil!

Beijos!

Como é o meu vestir em 2023
10 anos de blog – O que vem depois?
Uma nova paleta de cores para uma nova fase

Olá!

Não faz muito tempo que perguntaram para mim se alguma coisa havia mudado depois que eu tinha mudado radicalmente a cor do meu cabelo. Na hora eu respondi que não, nada havia mudado. As roupas eram as mesmas, por exemplo.

Aí caiu a ficha que um tanto de coisas mudou sim. Tenho usado menos maquiagem e troquei os batons rosas pelos vermelhos. As roupas já vinham mudando, mas agora vejo que algumas cores me interessam mais do que outras. Continuo usando muito azul marinho, até por aquisições/reaparições recentes de jeans, mas não tenho mais tanta vontade de usar rosa/pink ou verde. Até uso, mas não me deixam tão contente quanto antes.

Eu já estava pensando em bolar uma nova paleta de cores, dando continuidade aos meus experimentos para vestir mais a cor amarela, quando apareceu no Modices esse post super legal, mostrando como usar amarelo para tons de pele e cores de cabelo diferentes.
Duas partes deste post foram determinantes:

“O truque é simples: quanto mais frio for o seu tom de cabelo (platinados, por exemplo) mais quente deve ser o amarelo que você usar, principalmente se for próximo ao rosto, e vice-versa. Loiros platinados ficam ótimos com mostarda, por exemplo.

“Existem combinações clássicas que dão certo como amarelo + cinza ou amarelo + azul/jeans (azul é a cor oposta ao amarelo na roda de cores). Amarelo com preto, por exemplo, não é uma combinação que sempre funciona e é melhor deixar para quando você já estiver bem segura com a cor.”

Aí eu vi que estava no caminho certo. Fui colocando algumas cores lado a lado em casa e gostei muito do que vi, parecia harmonioso sabe? Essa pode ser a resposta para algumas peças lindas que temos no armário mas que raramente usamos. A peça é legal, veste bem, mas a cor não orna com a gente ou não orna com as outras peças que deveriam ser usadas junto.

Dali em diante, comecei um novo exercício: deixar de fazer vestidos novos, pois tenho muitos, pensando em fazer novas peças separadas nestas cores escolhidas, para combinarem bastante entre si. Lógico que considerando também o que já está prontinho dentro do armário. Para não ficar monótono, o jeito é também variar nas texturas dos tecidos e entre lisos e estampados.

As novas cores principais para mim são essas aqui, lógico que outras cores serão bem-vindas, mas essas serão as minhas prioridades:

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Cores principais: azul escuro, cinza (claro e escuro) e amarelo.Cores secundárias, para combinar com as principais: vermelho, vinho e roxo.

Eu já ando me vestindo assim e vou colocar uns cliques aqui:

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Vestido clarinho com estampa mostarda, azul e vermelha / Look Cinza + azul + lenço vermelho

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Uma jaqueta em azul petróleo, dois looks: um com amarelo + azul outro com cinza!

Um causo rápido: dia desses, fui ao shopping com uma camiseta verde – que estava guardada e recentemente voltou a vestir bem, mas que ando cismada com a cor – e calça jeans. Provei essa blusa branca com listras nas cores que eu tenho dado mais atenção. Comparando, achei que a blusa verde ficou tão sem graça em mim, apesar de ficar linda com o azul do jeans, olha só:

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Já estou escolhendo tecidos e projetos de costura para eles, mudei a ordem das prioridades das costuras em função dessa reflexão toda, logo menos cada novidade vai aparecer aqui no blog!

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Amarelos e mostardas passando na frente na fila!

Já parou para pensar nas cores que mais combinam com você?Eu estou adorando este exercício!
Beijos!

11 Anos de Blog!
Como é o meu vestir em 2023
Mais do mesmo ou… minhas manias na hora de vestir

Olá!
Eu estava lendo o post “Mania da Repetição”, da Ana Soares, sobre a quantidade de blusas pretas que ela tinha no armário e toda a reflexão sobre zonas de conforto e sobre a preguiça que todos nós temos em diferentes graus na hora de vestir. Super recomendo a leitura!

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Preto usado de uma forma muito linda! (Fonte)

Lá no final ela lança a pergunta: “E você, tem alguma mania no guarda-roupa?”

Antes mesmo de chegar no fim do texto, eu me peguei pensando que desde que eu comecei a costurar eu compro muitos, mas muitos tecidos estampados… E que eu tenho peças estampadas lindas individualmente, mas que eu custo a usar por ter dificuldade de combinar, de tanta estampa que existe por aqui.

Quando eu estou em uma loja de tecidos, no meio de um monte de estampas lindas, é quase impossível eu pensar “nossa, que tecido preto liso incrível!”. Eu sou assim, confesso! Só compro o tal tecido preto liso quando eu realmente preciso, como aconteceu recentemente no caso do forro da jaqueta bomber. Pois é, para usar em um forro ainda por cima.

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Para garantir, preto no forro. Porque a parte de fora já é bem estampada, porque eu amo preto com azul. Minha zona de conforto total.

Eu também tenho mania de usar vestido direto há uns 6 anos. Quando eu era mais nova eu não tive muitos vestidos, mas os poucos que tive sempre me deixavam com a auto-estima lá em cima. Hoje em dia, que eu posso praticamente controlar o que eu visto – ou eu compro ou eu mesma faço – eu não passo vontade nenhuma. Aí tem vestido até não poder mais no meu armário.

Eu concluí que os vestidos viraram a minha “muleta”. Se eu não sei o que vestir, pego um vestido que eu sei que fica bom em mim, coloco um calçado que combine (sem pensar muito, provavelmente repetindo pela milésima vez a mesma combinação) e vou embora resolver a vida. Ou seja, a “muleta” de muita gente que é o jeans ou a roupa preta, para mim é o vestido.

Por isso de tempos em tempos eu procuro fugir de comprar um vestido novo ou de costurar mais um. Mas numa ocasião mais especial, num dia mais festivo, é nele que eu penso, não tem jeito!

Outra zona de conforto que eu estou procurando sacudir é a das cores para as quais eu não dou muita bola. Essa coisa de quase não vestir preto é até tranquilo. Eu não costuro quase nada em preto já que dificilmente compro tecidos pretos, mas tenho algumas peças compradas no armário que acabam resolvendo. Enfim, eu resolvi que em 2015 vou usar uma cor que eu simplesmente não tenho nada: o amarelo.

Quando eu era loira eu usava amarelo numa boa, depois que fiquei ruiva eu não consegui mais, não sei por que. Até que um dia, tomando café em Berlin, passou uma moça ruiva com uma roupa de cor mostarda, com um jeitão bem anos 70, e eu amei muito. E me vi querendo usar a mesma cor. Não tenho vontade ainda de usar outras tonalidades do amarelo, só o mostarda. Isso se refletiu nas últimas compras de tecido, onde a cor apareceu um tiquinho (como em algumas folhas da malha de algodão que virou vestido e entre outras cores no lenço) ou apareceu como a cor principal em dois tecidos estampados e um liso. A muleta do tecido estampado ou do vestido está lá, mas com um desafio de ter uma cor nova.

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Fórmula “antiga” do vestido, com um toque novo da cor “diferente”.

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Olha a seda mostarda que veio pra casa e está esperando a vez de ver a tesoura para virar uma blusa!

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E este tecido mostarda com estampa de origami? Gostei tanto que trouxe até em preto! O tecido mostarda vai virar uma blusa e o preto vai virar uma saia!

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Tecido mostarda com pontinhos azul marinho, ficou muito fácil de amar à primeira vista! Quero fazer uma saia com ele.E o lenço (na época da foto eu ainda não tinha feito) que combinou muito?

Aí veio lá do fundo da memória uma página da revista Elle com a cor mostarda como tema, combinada lindamente com azul marinho e com vinho, cores que eu amo. Pena que eu não achei a imagem para colocar aqui, mas são combinações que eu quero muito fazer. Para quem se interessar pelo tema “como combinar a cor mostarda”, este post aqui, da Oficina de Estilo, tem dicas e imagens inspiradoras!

Ainda não costurei estas peças pois estou adiando um pouco a costura de roupas novas, mas estas serão as primeiras da fila! O vestido em malha com as folhas coloridas e o lenço com toques de mostarda já estão prontos e em uso!

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E eu amei!

E assim eu estou procurando não ficar nas minhas manias de sempre para me vestir (e consequentemente, para costurar também).

Eu termino este post repetindo a pergunta da Ana Soares: Quais são as suas manias? Já pensou a respeito delas?

Beijos!

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Como é o meu vestir em 2023
Katia Linden
Sou de São Paulo, publicitária de formação, professora de costura por paixão e escolhas da vida. Sou também várias outras coisas por convicção: feminista, mãe de cachorros, tatuada, amante de música, viciada em Grey's Anatomy, costureira, modelista, consultora de estilo e (também, ufa) autora deste blog.
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