Minha faxina no armário e costuras mais conscientes

Olá!

Eu contei no post de 2a feira que fiz uma bela faxina no meu guardarroupas na semana passada. Adiei este momento durante o ano passado inteiro, pois no primeiro semestre eu estava mais gordinha que o habitual e não dá para tentar arrumar o armário vendo roupas lindas que não servem e ficar com a cabeça tranquila ao mesmo tempo.

Momentos de baixa auto-estima não são bons para fazer arrumação no armário, pelo menos para mim. Então o jeito foi esperar uma fase de cuca mais fresca para fazer isso.

Umas oito horas depois, o resultado foi de 18,3 quilos de roupas a menos no armário, divididos em 5 sacolas grandes para doação. Tanta roupa muuuito pequena e tanta coisa que já não combinava mais comigo! O melhor foi passar adiante um tanto de roupas que foram bem utilizadas por mim mas que ainda poderão ser aproveitadas por outras pessoas, já que estava tudo em bom estado. Foi um alívio ver tudo pronto para o novo ciclo de um ano!

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Tchau!

Mais gostoso ainda foi ver que eu tenho hoje em dia um guardarroupas colorido e estampado, do jeito que eu gosto! E que tem um tanto de roupas que eu mesma fiz e que são o meu xodó!

Eu acho legal compartilhar isso por aqui por ser um blog de costura e por “abrigar” as minhas próprias costuras. São poucas as peças que eu fiz que ficam paradas, só se for por algum motivo como ser uma roupa de festa ou ser uma roupa mais para o frio.

E as regras que aprendi com as meninas da Oficina de Estilo também continuam valendo:
– Para cada parte de baixo que a gente tem, três partes de cima têm que combinar com ela, para que todas sejam bem aproveitadas. E que combinar cada parte de baixo com cinco partes de cima é o mundo ideal!
– Daqui em diante eu volto para a tática de só entrar uma peça nova se uma usada/antiga sair do armário. Porque o armário é pequeno e permaneceu bem recheado. Então, precisar de roupa nova realmente eu não preciso, mas eu sou realista e sei que vai acabar acontecendo… ainda mais costurando em casa, fazendo aulas de costura e tendo amiga estilista de mão cheia, rs!
– Priorizar tecidos naturais (sinal verde para o monte de peças em algodão que eu tenho!)
– Atender minhas prioridades de vida e de alma (de vestir o que tem a ver com a gente e com a vida que a gente leva, resumindo).

Alguns exemplos do que essa arrumação e reflexão renderam:
Eu tenho dois shorts de algodão (um deles fui eu que fiz), um shorts jeans recém comprado e um macacão de verão (que eu conto como parte de baixo). Por isso, um novo shorts de algodão vai ser benvindo. Está nos meus planos fazer uma jardineira em sarja verde, que já comprei o tecido. E esta parte por enquanto creio estar ok.

Falando ainda de partes de baixo, eu tenho atualmente duas calças jeans (uma skinny e uma reta), a pantalona azul de malha que eu fiz e uma calça preta de veludo cotelê. Ou seja, não são muitas peças (ufa!) e nenhuma delas serve para tempos mais quentes.

Lembra da história do linho que foi premiado com cocô de pombo (rs) que eu contei dia desses? Pois bem, ele viraria mais um vestido, só que eu tenho muitos. Eu sempre soube disso mas ignorava totalmente o fato, rs! Depois da limpeza do armário eu resolvi transformar este linho em mais uma calça e, se sobrar tecido, eu monto mais alguma peça. Aí terei uma calça mais fresquinha para usar.

Não esqueci que tenho mais duas malhas para fazer pantalonas. Depois destas três calças novas, acho que estarei bem abastecida nesta parte.

O pulo do gato será fazer boas coordenações destas partes de baixo com as de cima. O ideal é combinar com 3 partes de cima que sejam diferentes umas das outras para criar looks bem diferentes entre si. O “mundo perfeito” é ter 5 partes de cima que coordenem bem com as partes de baixo, estamos trabalhando para isso.

Semana passada eu fui ao shopping e não caí em algumas tentações por estar com a lembrança de todo meu armário bem fresquinha na minha cabeça. Por exemplo, eu amo casaquinhos de linha. Quase comprei um bem fofo na C&A e deixei para trás porque eu lembrei que a gaveta com estas peças continua bem cheinha depois da faxina toda. Se eu comprar um novo, um antigo terá que sair, pronto.

Aliás, a visita ao shopping foi necessária para comprar partes de baixo para eu usar nas minhas caminhadas e corridas. Se possível, faço isso todos os dias e vi que não tinha roupa suficiente para esta frequência. Aliás, não é fácil comprar bermudas ou calças corsário para quem tem bumbunzão, por isso que eu tinha poucas. Achei duas peças legais na Adidas que vão me deixar equipada na medida.

E, para manter o controle do que eu uso (ou não) para a revisão do armário no ano que vem eu colei etiquetinhas redondas – daquelas de fechar envelopes – em cada peça. Se uso, sai a etiqueta. Se encontrar a etiqueta na peça em fevereiro de 2015, é sinal que não usei o ano todo e ela sai do armário. É fácil e funciona bem!

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Este é o meu armário arrumado. Ele é pequeno mas cabe tudo (tem que caber, rs!). Mais para baixo tem mais três gavetas. Está vendo algumas das bolinhas amarelas de controle?

Agora estou na arrumação da sapateira. Um monte de sandálias antigas (lindas, aliás) com saltos altíssimos e tiras bem finas saíram do armário. Não consigo andar mais com calçados deste tipo e eles nem combinam tanto com as roupas que eu tenho atualmente. O que ficou foi o seguinte: sandálias e sapatos mais fechados (muitos de salto bem alto, porque eu não resisto), calçados de salto médio e sapatilhas que eu uso muito, botas e tênis. Saíram também praticamente todas as rasteirinhas, pois meus pés são largos e sempre ficam desengonçados com este tipo de calçado. Rasteirinha para mim hoje em dia é Havaianas, daquela unissex que não tem tiras finas, e ponto final.

Na parte de calçados eu estou bem resolvida, não compro muitos sapatos e uso bastante os que eu tenho. Mas com a arrumação que está em andamento vi que realmente só pode entrar calçado novo se mais algum sair, pois também não tenho mais onde acomodar. E ele tem que ser realmente incrível, para “competir” com algumas lindezas que eu tenho e que gosto muito.

Estou muito feliz com o resultado que alcancei até agora. Dá um trabalho considerável, mas a sensação de só ter o que a gente vai usar é muito boa e agiliza muito a vida na hora de se vestir.

Para quem quiser aprofundar o assunto, eu recomendo muito o livro das meninas da Oficina de Estilo, onde a questão de estilo é levada de um jeito bem bacana e individual e a questão de montar e administrar o guardarroupas é fácil de entender e implementar. Foi a minha inspiração maior para que isso tudo acontecesse.

E alguns pensamentos meus sobre estilo, gostos e a gente se permitir ser o que quiser estão neste post.

Espero que tenha gostado!
Beijos!

11 Anos de Blog!
Como é o meu vestir em 2023
Atualizações do Blog!

Olá!

Passei aqui hoje para avisar que atualizei o post do Rio de Janeiro com um link de roteiro para visitar a cidade que peguei na Vejinha Rio e que foi muito útil quando estive lá!

E, para quem não viu lá na página do blog no Facebook (já curtiu?), semana passada saiu mais um post meu no blog da Lascivité. O link é este aqui!

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E já que o assunto passou pelo Facebook, todo mundo que tem uma página na rede social sabe que nem todo mundo que escolheu curtir a sua página acaba vendo os posts que são publicados. Isso porque o Facebook quer forçar o pagamento para a divulgação dos posts por lá.

Como este blog não tem propósito comercial, consequentemente a página do Facebook também não tem, eu não pago para que os posts que as pessoas escolheram por vontade própria ver apareçam em suas timelines. Com alguns cliques parece ser possível aumentar a visibilidade (e vale para outras páginas que você curtiu também) dos posts do “Costura Katia, Costura!” no seu Facebook:

1. Acesse a página do Blog;
2. Passe o mouse em cima do “Curtiu” e clique em “Obter notificações”
3. Clique no botão ao lado “Seguir” e vai passar a aparecer “Seguindo” no lugar.

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Eu adorei este post aqui, do Just Lia, a respeito deste assunto.

Um desabafo rápido: Isso tudo de restringir o que cada um optou voluntariamente em ver me faz pensar seriamente em mudar de rede social. Que tal irmos para o Google+?

Beijos e até amanhã!

Meus 10 anos de costuras – Mantendo este blog desde 2013!
Participe do encontro virtual de aniversário de 8 anos do blog!
Moldes Colette Patterns

Olá!
Aproveitando o assunto do vestido que fiz usando um molde da Colette Patterns, esse post iria entrar no ar depois que o “livro do mês” da mesma editora entrasse no ar. Mas como um projeto ficou pronto antes do outro, vou começar por aqui mesmo…

No site da Colette Patterns estão à venda alguns moldes em versão PDF (assim você pode imprimir em casa logo em seguida da compra) ou na versão impressa, que eles mandam por correio.

Você pode filtrar por projetos para iniciantes, intermediários ou avançados ou por tipo de peça (Vestidos, Lingeries, Masculinos, etc).

Eu e a Ana compramos esses dois moldes aqui, o vestido Crepe (transpassado e com um laço atrás, que eu fiz recentemente) e o vestido Laurel (mais retinho e básico, que acompanha um suplemento com sugestões de variações do modelo. Este vestido ainda não fizemos), ambos em PDF para impressão.

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Vestido Laurel
Dificuldade: Iniciante
Preço: US$ 18 para envio do molde impresso por correio ou US$ 14 para receber um PDF e imprimir em casa.

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Vestido Crepe
Dificuldade: Iniciante
Preço: US$ 18 para envio do molde impresso por correio ou US$ 14 para receber um PDF e imprimir em casa.

Na barra à esquerda do site tem um item “free downloads”. Eu já baixei todos os disponíveis, quem sabe um dia eu não me animo em fazer a calcinha vitoriana “Madeleine” ou a regata 60’s “Sorbetto”?

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A vantagem de comprar moldes assim é que a gente não fica naquela ansiedade esperando o correio passar e deixar um envelope lindo na caixinha. Por outro lado, a gente tem que imprimir todas as folhas (no meu caso, a impressão é feita em gráfica rápida, já que faz tempo que não tenho impressora em casa) e depois uní-las, o que dá um certo trabalho e quase vira um tapete para a sua sala (brincadeira):

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Antes: Molde do vestido Crepe, enfeitando o chão da minha sala.

Para facilitar na hora de guardar, eu separei todas as partes do molde (resumindo: corta, cola, corta, cola, corta, cola, admira o molde montadinho no chão da sala, corta, corta, corta, dobra, guarda).

Mas acontece que eu comprei o molde em janeiro, imprimi logo na gráfica rápida e emendei tudo no dia seguinte. E fui mexer no tal vestido em maio. Ou seja, já que eu não fiz logo em seguida, eu poderia ter comprado a versão impressa e o correio com certeza já teria entregue de lá pra cá. Bom ponto para pensar, né?

Os modelos das peças são muito bonitos, e os moldes acompanham instruções bem explicadas.

Por exemplo, o molde do Crepe veio em um PDF com 83 páginas, tamanho A4, sendo que da página 21 em diante são as “pecinhas do quebra-cabeça” do molde a ser montado.

Nas 20 páginas iniciais, estão:
– Apresentação do modelo com fotos,
– Versões que você pode montar do vestido (são duas opções de decote e aplicação de um tecido diferente na faixa da cintura)
– Materiais e ferramentas necessários para executar o projeto
– Tabela com medidas para você encontrar o seu tamanho entre os 10 disponíveis
– Tabela para calcular quanto de tecido você vai precisar (para as larguras de 1,15m e 1,40m),
– Tabela para demonstrar qual o tamanho da peça terminada para cada tamanho da grade,
– Tecidos recomendados,
– Instruções de montagem do molde,
– Como encontrar e tirar o seu tamanho de molde,
– Plano de corte para as duas larguras de tecido e versões da peça,
– Instruções de montagem do vestido, com ilustrações,
– Glossário com os termos usados para costurar esta peça.

Minhas considerações:
1. As explicações realmente são muito boas, bastante detalhadas, mas é importante você conhecer um pouco de “costurês” em inglês para entender os termos (e ao que eles correspondem em português).

2. Sobre a escolha do tamanho, foi indicado considerar as medidas de quadril, cintura e busto.
No meu caso, o quadril seria tamanho 18 (o maior de todos os disponíveis), a cintura seria tamanho 14 e o busto tamanho 12. Depois de tomadas as medidas e encontrar as correspondências, é sugerido fazer o maior deles e ajustar o que for necessário. Como o meu quadril é muito largo, isso sempre acontecia comigo, de fazer o maior tamanho de todos já que é sempre melhor sobrar tecido do que faltar, mas os ajustes acabavam sendo tantos na parte de cintura e busto que eu desanimava e até desistia de terminar a peça.

Para mim o que funcionou mesmo foi usar o método da Burda – detalhado neste livro – que indica ter a medida do busto como base para fazer vestidos, blusas e casacos. Neste caso, eu fui de tamanho 12 e aumentei o molde na região da cintura para esta parte fosse do tamanho 14. Como a saia era mais rodada, não aumentei nada nesta parte. Vi que o 12 ainda ficaria grande na parte do busto, então criei um tamanho 11, intermediário, e fiz o mesmo para a região da cintura, criando um ajuste para tamanho 13. Com isso, os ajustes foram poucos. Na verdade, só precisei diminuir os ombros em 1,5cm na frente e 1,5cm nas costas, totalizando 3cm de redução.

3. As margens de costura são de 1,5cm e já estão inclusas nos moldes.

4. Precisei tirar 9,5cm de tecido da saia antes de fazer a barra, para deixar o vestido na altura dos joelhos após finalizar com uma barra lenço. Então creio que ele pode ser de bom comprimento para pessoas mais altas (Eu tenho 1,68m de altura).

5. Se você tem alguma prática para costurar curvas, tudo bem. Caso não tenha, sugiro praticar um pouco antes de iniciar este modelo ou ir com paciência, para não correr o risco de não conseguir deixar o decote bonito ou as mangas iguaizinhas.

6. Gostei muito das dicas dadas no meio das instruções de montagem da peça como, por exemplo, algumas sugestões para unir a saia com a parte de cima. Eu usei a costura francesa e, de fato, ficou ótimo e muito bem acabado.

7. Como o projeto é americano, está tudo em polegadas e jardas, é necessário um pouco de paciência e uma calculadora por perto para fazer estas conversões antes de iniciar.

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Depois: vestido Crepe pronto, esperando um dia quente para ser usado!

Quando comprada a versão PDF para impressão, tem que atentar para não usar a opção de ajuste automático de página, pois pode distorcer o molde. Para isso, existe um quadradinho de controle em uma das páginas. Você pode imprimir esta página do quadrado de controle primeiro, fazer o controle medindo o quadrado e conferindo se a medida dele bate com o indicado. Aí sim, depois imprimir o restante.

Deixo a dica pois uma vez eu mandei por email um molde para o meu irmão imprimir na casa dos meus pais e ele não viu esse detalhe. O molde era tamanho carta e o papel que tinha na casa dos meus pais era A4. Quando fui pegar com ele fui direto na página do quadrado de controle e a medida não batia (tinha virado um retângulo). Como o molde ficou distorcido, precisamos imprimir de novo e perdemos várias folhas e um tanto de tinta. Por sorte, era uma peça simples então não perdemos folhas demais, fora que eu aproveitei a parte de instruções.

Veredito final: Faria outros projetos Colette? Sim, com certeza! Apesar do preço não ser dos mais convidativos, o detalhamento das instruções e os modelos disponíveis me agradam muito!

Beijos!

Meus 10 anos de costuras: as costuras de 2012 e início de 2013!
Look do Dia: Um vestido de paetês para saudar 2020 e brilhar na quarentena
Katia Linden
Sou de São Paulo, publicitária de formação, professora de costura por paixão e escolhas da vida. Sou também várias outras coisas por convicção: feminista, mãe de cachorros, tatuada, amante de música, viciada em Grey's Anatomy, costureira, modelista, consultora de estilo e (também, ufa) autora deste blog.
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