Meus 10 anos de costuras – um giro por 2018

Eu andei “folheando” o blog para saber onde eu tinha parado de contar as coisas que aconteciam na minha vida craft. Comecei a retrospectiva contando partes que nunca tinham sido mostradas aqui, do que fiz antes do blog nascer. Se você não viu ainda, clique aqui.

Depois do furacão pessoal de 2018, foi difícil manter a constância nos posts. Quase 4 anos depois, consigo voltar a este período tão dolorido pra mim sem que eu fique ressentida (só com saudades do meu pai, mas isso não tem jeito, levarei comigo o resto da vida).

Viagens

As viagens daquele 1o semestre não chegaram a ser contadas aqui, só a do Carnaval no Rio. Fui a Montevideo de novo, fui pra Alemanha e tinha ido para Londres e Paris no fim de 2017. Como os posts de viagem sempre tomavam muito tempo para serem feitos, já que eu sempre coloquei muitos detalhes dos lugares onde fui e também fotos, estes posts ficaram para trás. Hoje em dia, não tenho vontade de escrever sobre estas viagens pois estão muito fora da minha realidade atual, além de terem sido feitas em companhia de alguém que não está mais aqui. Pra mim, não faz sentido retomar estes conteúdos.

Como já tínhamos destaques nos Stories naqueles tempos, vou deixar alguns links aqui, assim dá para pegar algumas informações da minha última viagem para a Alemanha!

Rothenburg ob der Tauber (Alemanha)

Hotel Craft (também em Rothenburg ob der Tauber, onde fiquei hospedada, cada cantinho do local tinha algo craft com história)

Museu Têxtil (na verdade a parte têxtil de um museu enorme em Berlin, o Deutches Technik Museum)

Eu também fui a um museu têxtil incrível em Augsburg, mas não podia filmar ou fotografar lá. Recomendo muito também!

 

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Sinto muita saudade de viajar com este olhar craft, espero que eu consiga fazer de novo em breve!

O fim do cabelo rosa

Revendo os posts e também as fotos para preparar este post aqui, não tinha como não notar aquele meu cabelo rosa maravilhoso. Lembro de não querer mais a cor depois de perder o meu pai e depois do que restava do casamento descer ladeira abaixo.

Era lindo mas, hoje em dia, eu vejo que ele era uma forma de pedir socorro ou de pedir para ser notada. Desde 2016 eu me sentia invisível dentro da minha própria casa e o cabelo rosa foi o gesto corajoso ou rebelde para mostrar que algo não ia bem.

Look combinou com o céu!

Tanto que, passado o furacão das perdas, decidi cortar o cabelo curto e permanecer mais loira, sentindo que condizia mais com quem eu era naquele momento. Também condizia com um passado que eu queria deixar pra trás. Hoje em dia, já sinto vontade de mudar o cabelo de novo, rs

Produção craft

2018 foi um ano em que costurei pouco, foram só as almofadas para a sala recém renovada. Acabei bordando mais e fazendo mais tricô também. Eu fiz alguns posts contando aquiaqui.

Eu também retomei a minha manta de hexágonos, mostrei bastante nos Stories e teve um post com live e tudo aqui.

Eu nem fazia ideia que, em 2021, eu estaria dando aula ensinando a técnica dos hexágonos, que alegria ver esse desenvolvimento!

A volta ao trabalho

Desde outubro de 2018 eu estou dando aulas de costura regularmente e tem sido bom demais dar esse rumo à minha trajetória. Um post sobre o meu curso no Sesc Ipiranga, desse feliz recomeço, está aqui.

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Eu achei que tinha coisa pra contar sobre 2018 mas, a trancos e barrancos, eu tinha contado sim. Então este post acaba sendo mesmo um resumão de tudo. Logo menos volto aqui para contar sobre 2019!

Um beijo!

Como é o meu vestir em 2023
10 anos de blog – O que vem depois?
Um manifesto para 2022

Faz tempo que escrevi esse texto. Em 2020 eu fiz um curso que colocava as mulheres como protagonistas das manualidades e eu me encantei (e me revoltei também, pois a história patriarcal fez com que as manualidades produzidas por mulheres perdessem o valor, algo que estamos retomando).

Em uma das aulas, fui escrevendo um rascunho deste manifesto, que ficou guardadinho aqui. E foi incrível revisitar, sigo acreditando em cada palavra. Enfim, este é o meu manifesto por uma vida cercada de manualidades e de mulheres que se apoiam!

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Manualidades, um saber feminino e ancestral

Retomar o fazer manual como algo feminino e ancestral e trazê-lo para o protagonismo da vida cotidiana, proporcionando autonomia para as mulheres e tirando proveito de todos os recursos da tecnologia para isso.

Conhecer o processo manual do começo ao fim, contrariando a fragmentação trazida pela industrialização e pela produção em massa e assim poder transmitir este conhecimento a outras mulheres, aproximando todas nós.

Trazer de volta o hábito dos círculos de mulheres que compartilham seus fazeres manuais, para produzirem juntas de novo. O resultado desta troca será de mais conhecimentos compartilhados, de vivências terapêuticas e, por que não, financeiro também.

Colocar em evidência nossas qualidades femininas intrínsecas de atenção aos detalhes, de ver a beleza nas coisas comuns, do conhecimento dos processos artísticos, do apreço pela arte. Voltar para as manualidades faz com que a gente coloque tudo isso em movimento de novo, ainda mais se abandonamos ao longo dos anos em que as mulheres buscaram o mercado corporativo ou mesmo abandonaram o fazer manual como algo prazeroso por ter sido imposto para que elas fossem “mulheres prendadas” e aprisionadas nos afazeres domésticos, há muito tempo desvalorizados.

As mulheres artistas trabalham coletivamente, sempre. Mesmo que precisem dividir a sua presença em seus múltiplos papéis.

Em tempos de distanciamento social, as manualidades acabaram sendo uma forma de produzir arte dentro de casa, com as próprias mãos, para proporcionar aconchego em tempos difíceis e criar uma conexão com outras mulheres artesãs. E agora, podemos estar reunidas também presencialmente de novo.

Mulheres não costumam jogar nada fora. Nem seus materiais, nem seus conhecimentos, nem sua ancestralidade feminina. É tempo de fazer manualidades por escolha própria, não por obrigação. É tempo de se conectar de novo com outras mulheres através do fazer manual. É tempo também de transformar as manualidades em instrumento de autonomia, seja pela roupa feita pelas próprias mãos do começo ao fim, o bordado subversivo que enfeita a casa, a almofada que acolhe na hora de ver uma série tomando uma taça de vinho.


Eu me apropriei deste conhecimento todo adquirido em um ambiente muito feminino ao longo de quase 11 anos para ensinar a costurar. Entendi que o meu trabalho é valorizado por outras mulheres e que ele pode reverberar em outras tantas mulheres.

O amor-próprio através do fazer manual é uma realidade, vai aparecendo ali a cada etapa realizada, a cada peça pronta. Por isso estou aqui compartilhando este manifesto, para aumentar este círculo.

Vamos juntas?

Feliz 2022!

11 Anos de Blog!
Como é o meu vestir em 2023
Participe do encontro virtual de aniversário de 8 anos do blog!

Os primeiros aniversários deste blog foram devidamente comemorados com posts especiais. Veja os posts do 1o ano (em três partes, aqui, aqui e aqui – que detalhista, hahaha), do 2o ano e do 3o!

Em 2017, no 4o aniversário, consegui organizar um encontrinho festivo no Centro Cultural São Paulo, foi delicioso!

Eu não lembrava de cabeça se tinha feito algum post em 2018 para comemorar os 5 anos do blog. O período pré-tsunami pessoal que vivi naquele ano vez ou outra parece ter sido apagado da minha mente. Mas fiz um post sim, tá aqui, inclusive levantando a questão de eu ainda ter um blog, já que muito do conteúdo que antes passavam pelos blogs já tinha migrado para as redes sociais.

Em 2019 o blog passava por um recesso de posts por conta da adaptação a uma nova vida pós divórcio, por eu ter voltado a trabalhar, por eu não estar costurando na época, por eu ainda estar vivendo com a depressão e tudo mais. Em agosto, eu fiz este post, celebrando que o blog seguia no ar depois de 6 anos e também que eu tinha voltado a costurar, que alegria reler!

No ano passado, a pandemia já era um assunto relevante entre nós. O post de aniversário de 7 anos abordava coisas que eu ainda julgo importantes, como manter um arquivo que pode ser revisitado sempre e que segue à prova de algoritmos e também de respeito à Katia que foi crescendo e amadurecendo ao longo dos anos.

Chegamos em 2021, a pandemia está pior do que nunca e, infelizmente muito do que nos assustou no ano passado segue acontecendo. Nesse intervalo de um ano as chamadas de vídeo se tornaram algo bem mais corriqueiro e, por isso, vai ter festa pelo zoom sim!

Apesar da tristeza pela pandemia não ter acabado, de ver tanta gente perdendo a vida para o vírus, estou me apegando às coisas boas que estão ao meu alcance e comemorar virtualmente os 8 anos do blog é uma delas!

Tenho pensado muito em como é importante celebrarmos as nossas próprias histórias e esse é o grande motivo da festa! Encontrar virtualmente quem sempre esteve por aqui ou mesmo quem chegou há pouco tempo!

Abri um evento lá no Sympla pra você se inscrever. No seu ingresso (que pode ser acessado via site, app ou pelo email cadastrado na hora da inscrição), vai o link para acessar o Zoom (via Sympla) no dia do evento. Deixei uma duração longa para dar vez também a quem só puder entrar mais tarde ou pra quem se empolgar e quiser ficar junta por um tempão. Bora encontrar, bater papo e celebrar nossas vidas de manualidades?

Participe do encontro de aniversário de 8 anos do blog!

É momento de encontrar, mesmo que virtualmente, e celebrar nossas histórias com as costuras e manualidades!

Vamos também contar com a participação de Ingrid Huller, psicoterapeuta e artesã (https://www.instagram.com/ingrid.huller.terapias/), para falar dos benefícios das manualidades e do contato com outras mulheres!

Vou fazer uma breve retrospectiva do blog e falar sobre como o processo da escrita me ajudou a construir caminho que me trouxe até os dias atuais!

Traga sua manualidade preferida, sua taça de vinho (ou o que você quiser) e venha comemorar!

É a oportunidade de brindar, também de batermos papo e termos um contato mais próximo!

Inscreva-se gratuitamente aqui!

Te espero no dia 10!

7 Anos de Blog e uma vida toda pela frente!
A volta às costuras depois de um ano
Katia Linden
Sou de São Paulo, publicitária de formação, professora de costura por paixão e escolhas da vida. Sou também várias outras coisas por convicção: feminista, mãe de cachorros, tatuada, amante de música, viciada em Grey's Anatomy, costureira, modelista, consultora de estilo e (também, ufa) autora deste blog.
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Um manifesto para 2022
Vencendo a minha maior resistência: vender!