Minha máquina de costura – Singer Facilita Pró 4423 – 2 anos depois

Olá!

Há alguns dias atrás, a minha Novinha (chamada oficialmente de Singer Facilita Pró 4423) completou dois anos de uso aqui em casa. Como passou rápido e quantas coisas legais eu produzi com ela! Assim como eu fiz uma avaliação dela após o primeiro ano de uso (post aqui), estou agora aqui contando como foi o segundo ano.

Aproveitei para ver os comentários nos posts sobre máquinas de costura daqui do blog para ver se tem algo que eu possa complementar. Parte das coisas que dão errado na hora de costurar eu resolvo repassando todas as linhas na máquina, testando depois num retalho do mesmo tecido a ser costurado se o ponto está certo (tanto de ele está bem feito quanto se escolhi o ponto certo para fazer o que eu queria), além de limpar e lubrificar a máquina periodicamente.

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Minha Novinha, dois anos depois, com os mesmos bilhetinhos da primeira semana, rs!

Vou usar os mesmos critérios do ano passado, para poder comparar, ok?

Instalação:

Eu mudei a máquina de lugar na bancada ao longo do ano, depois que eu comprei a overloque. A instalação continuou simples.

Manuseio:

– Sobre encher bobinas e fazer a passagem das linhas na máquina, continua tudo ok. A única coisa é que a máquina tem aquele passador automático de linha na agulha e (não sei como) eu entortei um ferrinho bem fininho. Agora o passador não funciona mais, pois o ferrinho que entortou é exatamente o que entra no buraquinho da agulha levando a linha através dele… Já tentei desentortar mas não consegui. Como eu não quis levar numa assistência só por conta disso, eu comprei numa viagem no ano passado um passador avulso de linha adequado para usar em máquina de costura, da Bohin. Ele tem resolvido bem, ou vai no jeito tradicional mesmo (ou seja, passando a linha “na mão”).

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Passador automático entortou e não encaixa mais na agulha, snif!

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Mas veio este passador francês avulso e resolveu o problema!

– Sobre o uso dos seletores: todos permanecem funcionando normalmente e eu continuo usando a minha cola sobre os pontos quando necessário (post aqui).

– Quanto a posição da agulha, já tive dificuldades de chegar à medida de margem de costura de 0,75cm usada normalmente em Patchwork. Fiz alguns testes e cheguei a esta medida de “pé de máquina” com 0,75cm deixando o seletor de posição de agulha no centro e a largura do ponto em “0”. Quando eu não estou montando blocos de Patchwork, a largura do ponto reto fica entre “2” e “3”.

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“Ajuste fino” para chegar à margem de costura ideal para projetos de Patchwork. Seletor de posição da agulha no centro, seletor de largura do ponto no “0”.

– Sobre o uso de linhas, permanece quase tudo igual. Para cones grandes eu deixo atrás da máquina e passo a linha em um ganchinho preso em uma prateleira logo acima da máquina (truque neste post). O pino inclinado que fica no centro da parte de cima da máquina eu uso apenas em conjunto com o cone grande ou com o pino removível (quando é um retrós pequeno de linha) quando uso agulha dupla, já que aí é preciso passar duas linhas por cima.

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Duas linhas para costura com agulha dupla.

– Continuo a usar bobinas plásticas e também de metal, desde que sejam das bobinas mais altas. Não vejo diferença entre elas.
– A troca de agulhas e sapatilhas continua acontecendo normalmente, sempre que necessário.

Acessórios:

– Ainda não usei a sapatilha para bainha invisível. Eu até tentei, mas não consegui acertar como usar. Também nunca usei a sapatilha para pregar botões.

– Usei a guia de costura para quiltar alguns projetos (como a jaqueta bomber), mas só consigo usá-la em conjunto com a sapatilha de uso geral, ambos vieram com a máquina. Caso eu troque o pé calcador pelo pé para quilt reto (comprado separadamente), a guia fica frouxa e não dá para ser usada. Por conta disso, praticamente não tenho usado o pé para quilt reto.

– Sobre a sapatilha para costura na vala que eu comprei, no ano passado eu contei que não tinha me acertado com ela. Mas hoje em dia tem se mostrado muito útil. A última vez que usei foi para quiltar os jogos americanos feitos com a técnica de Foundation (post aqui). Era uma questão de adaptação minha mesmo.

Manutenção e problemas:

Como contei acima, não tive nenhum grande problema que tenha feito a máquina parar de funcionar, a ponto de ter que levar para uma assistência técnica. Só o passador de linha que está torto e eu substituí por outro avulso.
Continuo a limpar e lubrificar periodicamente, conforme eu mostrei neste post.

Sempre que a máquina não está em uso eu a deixo coberta com uma capa, para proteger do pó.
A máquina nunca fez nenhum barulho realmente estranho.

A respeito de barulho, duas coisas que eu diria para quem tem qualquer máquina de costura:
1. Lógico que quando costuramos tecidos mais grossos ou várias camadas, o barulho da máquina é um pouco diferente de quando costuramos um tecido bem fino, basicamente porque a máquina está sendo mais exigida, mas se a qualidade da costura permanece a mesma, não considero preocupante.

2. Se alguma coisa está errada com a passagem das linhas, pode ocasionar algum barulho diferente do habitual. O jeito é repassar tudo e ver se não tem nenhum restinho de linha enroscada onde não deve.

Dúvidas:

Depois de dois anos de uso eu considero não ter mais dúvidas em relação ao uso da máquina. No primeiro ano de uso eu solucionei o que surgiu, como a regulagem e utilidade dos pontos e também como limpar e lubrificar corretamente.

Avaliação Geral:

A minha avaliação geral permanece muito boa, a máquina não me deixou na mão nenhuma vez até agora, considerando que os projetos de costura aqui são um tanto variados: vão desde uma blusa levinha de seda, passando por camadas a serem costuradas e quiltadas no Patchwork e chegando a roupas com tecidos mais pesados como a lã (com forro, ainda por cima). Ano passado também passei a costurar malhas com esta máquina e deu tudo certo. Se não fosse o passador automático de linha ter entortado, não teria nenhum ponto “contra” sobre a máquina, mas considero isso algo pouco importante, já que não impede de usar a máquina. É só uma comodidade que não tenho no momento.

Honestamente, com base no uso que eu tenho feito nesse período, eu imagino ficar com essa máquina por um bom tempo, já que até o momento ela funciona super bem e não tive limitações com ela. Continuo recomendando!

OBS: Recentemente eu vi no site da Singer novas versões desta máquina e da 4411. Quanto às funções dos modelos mais novos eu não notei diferença nenhuma, me pareceu apenas uma mudança no visual da máquina, que agora está branquinha. Estou dando essa dica caso interesse comprar uma máquina como esta aprofundar a comparação e ver se reflete no preço também!

Ufa! Espero que este post seja útil e estou feliz que a máquina está funcionando super bem!

Beijos e boas costuras!

Minha Máquina de Overloque – Singer Ultralock 14SH754 – Primeira vez na Assistência
Os Melhores Posts de 2017!
Minha máquina de costura – Singer Facilita Pró 4423 – 1 ano depois

Olá!

Quem acompanha o blog desde o começo sabe que em março do ano passado eu comprei uma Singer Facilita Pró 4423. Portanto, já fez um ano que a minha Novinha está aqui em casa. Depois que ela chegou, um bocado de costuras aconteceram em função de coisas que ela consegue fazer e que a minha Velhinha não conseguia.

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Singer Facilita Pró 4423

Decidi fazer este post contando como tem sido o uso dela e tudo mais, fazer uma avaliação mesmo. Acredito que possa ser útil para quem estiver procurando uma máquina como esta e também para pensarmos a respeito de alguns aspectos na hora de escolher e comprar uma máquina de costura (o post que fiz sobre como escolhi a minha máquina é este aqui).

Instalação

– A instalação foi bem simples e não tive nenhum problema nessa parte. No meu quartinho de costura eu deixei uma tomada exclusiva para a máquina.

Manuseio

– Quanto a encher bobinas e passar as linhas na máquina o manual explica bem. Minha máquina tem passador automático de linha e funciona direitinho.

– Eu tinha dúvida sobre o uso dos seletores, mas era falta de hábito mesmo. No começo eu colei post its para lembrar qual era o seletor de largura e qual era o de comprimento do ponto, já que estava em inglês e eu vivia confundindo. Agora já sei tudo de cabeça. Também não tive problemas para usar os seletores de tensão da linha e de posição da agulha.

– Tenho usado cones grandes de linha deixando atrás da máquina e usando um ganchinho na prateleira acima da máquina para a linha desenrolar do cone sem que ele caia (truque neste post). Nunca uso o pino inclinado que fica no meio da máquina para os carretéis pequenos, acabo usando o pino removível na vertical mesmo. Eu acho que essa parte é questão de gosto e adaptação.

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Linha no pino vertical removível e bobina de metal.

– A máquina veio com 4 bobinas plásticas transparentes das mais altas. Eu já tinha várias bobinas altas de metal que eu usava na Velhinha e que também servem nesta máquina.

– A troca de agulhas e sapatilhas é fácil e vem bem explicada no manual.

Acessórios

– Dos acessórios que vieram na máquina, eu nunca usei a sapatilha para bainha invisível (eu confesso que cheguei a testar mas não entendi como usa e também porque gosto de fazer à mão). Também não usei a sapatilha para pregar botões, nem o guia de costura.

– Os outros acessórios (sapatilha para costura geral, para pregar zíper, para casear, desmanchador de costura/abridor de casas, escovinha de limpeza, chave para parafusos da máquina) eu usei normalmente e não tive problemas.

– Por conta dos projetos de Patchwork, comprei uma sapatilha para costura na vala mas não me adaptei totalmente a ela, acabo usando a sapatilha de uso geral mesmo ou o pé calcador para quilt reto.

– Comprei também um pé calcador para quilt reto, que veio com um manual de como instalar e tem sido muito útil para projetos grossos ou com muitas camadas. Em geral, juntamente com o pé, eu altero a tensão da máquina para uma ou duas a mais (posição 5 ou 6) do que uso habitualmente (posição 4).

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Pé calcador para quilt reto.

– Cheguei a comprar também uma sapatilha de uso geral mais estreita, pois sempre tinha alguma diferença entre a largura dos projetos feitos nas aulas de Patchwork e os feitos em casa. Descobri depois que um ajuste fino pode ser feito no ponto reto, colocando o seletor de largura do ponto mais para esquerda ou para direita. Faço isso deixando o seletor de posição da agulha sempre no meio.

Manutenção e problemas

– Neste primeiro ano eu não tive nenhum problema com a máquina a ponto de ter que levá-la para uma assistência técnica, o que é ótimo.

– Segui o que estava no manual e também um vídeo da Singer a respeito de limpeza e lubrificação da máquina (tem neste post). No começo eu não tirava a caixa de bobina porque estava bem dura e eu tinha receio de quebrá-la. Depois que eu consegui tirar e colocar de volta pela primeira vez, faço o procedimento completo.

– A lâmpada nunca queimou, mas no manual explica como trocar.

Dúvidas

– Eu tive muita dificuldade para saber o uso dos pontos que a máquina faz, pois o manual nesta parte é muito fraco. Só o uso dos pontos reto e ziguezague são bem explicados. Para fazer casas de botão o manual também tem boa explicação. Fiz testes e pesquisas por conta própria para descobrir para que serve e como ajustar cada um. Acabou virando o material deste post aqui.

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Pesquisando e testando os pontos da máquina.

Avaliação geral:

A máquina é resistente, forte e muito estável, não apresentou nenhum problema. Não é das mais práticas para levar de um lugar a outro por ser um pouco pesada, mas possui uma alça para transporte. Como pontos fracos eu aponto o design (vamos combinar que existem máquinas mecânicas bem mais bonitas que esta, rs) e o detalhamento dos pontos no manual que deixa a desejar. Eu uso para costurar roupas, acessórios e coisas para casa, dos tecidos mais grossos aos mais finos, e ela tem dado conta do recado. O uso e a manutenção têm sido fáceis e a máquina atende bem o que eu procurava.

Espero que seja útil!

Beijos!

Minha Máquina de Overloque – Singer Ultralock 14SH754 – Primeira vez na Assistência
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As 4 Dicas de Ouro da Costura

Como eu já falei no meu primeiro post, sou um ser perfeccionista por natureza. Eu sempre implicava com as peças que costurava por não ficarem perfeitamente perfeitas (toc total, eu reconheço).

Isso me fez desistir de aprender costura durante a adolescência e ainda hoje me frustra várias vezes. É claro que, com a prática, minhas peças melhoraram muito! É engraçado olhar para as primeiras costuras e muito estimulante porque vejo o quanto evoluí e que posso sempre melhorar!

Com isso em mente, sempre busco por dicas preciosas sobre como melhorar a costura e aproveito este espaço no blog para dividir as mais preciosas com vocês!

Apliquem essas dicas e escrevam nos contando os resultados. Ah! E sejam bonzinhos e boazinhas, dividam também suas dicas de ouro com as outras leitoras (e autoras) do blog… vamos adorar!!!

Dica 1. Lave sempre o tecido antes de costurar

Você faz aquela peça linda, escolhida a dedo, usa, se orgulha! Aí, claro, coloca para lavar e o resultado é um desastre!!! Ela não serve mais, fica toda retorcida, suas costuras que antes estavam retinhas ficam tortas e você não entende o que aconteceu. Seu lindo tecido pode ter encolhido durante a lavagem e isso vai causar a alteração em todas as costuras, modificando inclusive o ajuste da peça, quando esta for de vestuário.

A solução é simples: faça uma pré-lavagem de todos os tecidos antes de costurar e nunca mais terá que se preocupar com isso! Essa regra é importante para todos os tipos de tecido e principalmente se for combinar tecidos diferentes na sua costura.

Dica 2. Passar, passar, passar!

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Uma das dicas mais bacanas da “nova costura” é o uso do ferro de passar durante a confecção da sua peça. Sim, eu sei que isso não é novo, mas nas escolas de costura de antigamente não era muito utilizado. Pelo menos essa é a experiência que eu tenho com os cursos que minha mãe, madrinha e cunhada fizeram.

Quando comecei a aprender a costurar, a dica mais valiosa que aprendi foi sobre passar as costuras. Confesso que de início rejeitei a idéia, achava simplesmente uma bobagem, perda de tempo. Além, é claro, da preguiça de armar todo o esquema (tábua e ferro) durante meus momentos costurísticos.

Depois de aplicar essa dica e comparar os resultados, finalmente me convenci que faz toda a diferença. Faz mesmo, acreditem, além de ser muito simples, basta ter o ferro sempre a mão e usá-lo para assentar suas costuras antes de partir para a próxima etapa de construção de sua peça. O investimento de tempo é mínimo e vai elevar o nível do seu trabalho para um trabalho profissional.

A Katia publicou aqui a placa de passar que ela fez e usa no ateliê dela. Aproveita a idéia, você não vai se arrepender!

E o ferro? Nada de especial meninas, vejam que ótima noticia. Eu uso o mesmo ferro de passar roupas aqui de casa e melhor ainda, quase sempre sem o vapor, de modo que o ferro mais simples vai servir bem a esse propósito! Então gente, passe, passe e passe!

Dica 3. Finalizar as costuras

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Eu sei, eu sei. Você vai dizer que isso é uma chatice, que não vai parar a confecção de sua linda peça (mal pode esperar para vê-la finalizada!) para alterar o ponto para o zigue zague e finalizar as costuras.

Mas acredite, isso é absolutamente necessário e imprescindível se você quer elevar o nível de seus projetos. A finalização das extremidades “cruas” (cortadas, sem costura) é muito importante pois além de reforçar a costura principal, impede que o tecido desfie e forme um emaranhado de fios após a lavagem. Sou muito ansiosa com minhas costuras e a vontade de pular essa etapa enfadonha é quase irresistível.

Depois de passar por experiências chatas como costuras abertas ou mesmo perder peças porque desfiaram tanto que não existe conserto possível, me convenci da importância dessa etapa. E estou tão certa disso, que tenho pensando seriamente em comprar uma overloque caseira, que entre suas principais funções propicia um acabamento excelente nas costuras.

Dica 4. Mantenha sua máquina de costura limpa e ajustada

Sobre essa dica, a Katia já falou nest post aqui. Como isso é muito importante e deve ser feito periodicamente, sempre é bom relembrar! A sujeira pode prejudicar o funcionamento de sua máquina, sujar sua peça novinha, antes mesmo que ela fique pronta, o que é muito, muito chato!

Além disso, os fios que sobram das costuras anteriores vão se acumulando debaixo da caixa de bobina e o resultado disso pode ser um enorme emaranhado de fios na parte de baixo de sua costura. Já passou por isso? Eu já e posso assegurar: melhor evitar!!!

Então gente, mãos a obra, vamos usar e abusar desses pequenos truques!

Beijoca!

Ana

Minha Máquina de Overloque – Singer Ultralock 14SH754 – Primeira vez na Assistência
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Katia Linden
Sou de São Paulo, publicitária de formação, professora de costura por paixão e escolhas da vida. Sou também várias outras coisas por convicção: feminista, mãe de cachorros, tatuada, amante de música, viciada em Grey's Anatomy, costureira, modelista, consultora de estilo e (também, ufa) autora deste blog.
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