Minha Máquina de Costura – Singer Facilita Pró 4423 – 4 Anos Depois

Mais um ano se passou costurando com a minha querida máquina Singer Facilita Pró 4423. Parece que foi ontem que ela chegou em casa! Por outro lado, ao ver toda a minha produção destes últimos 4 anos, penso que o tempo parece ter passado rápido porque as costuras foram muito produtivas!

Foto: Sharon Eve Smith

A cada ano eu fiz uma avaliação da máquina: aqui foi do primeiro ano de uso, aqui do segundo e aqui do terceiro. Em todos estes posts e comentários estão informações bastante úteis!

Mais um ano de uso

Apesar destes posts anuais terem feito muito sucesso, eu decidi que este será o último desta série, pois a Singer Facilita Pró 4423 não está mais à venda há um tempo e as suas sucessoras são diferentes.

Assim como comentei no ano passado, não tive problema algum com a minha máquina neste ano. Costurei materiais variados, dos delicados aos mais pesados, sem problemas! Se ainda estivesse à venda, permaneceria recomendando muito este modelo! Por isso, buscarei com a Singer as opções que substituem a 4423 à altura e vou preparar um post em breve!

Então, para ajudar neste momento, além das avaliações dos primeiros anos que linkei acima, aqui estão os pontos da minha máquina de costura (que são comuns a outras máquinas também) e um post mais recente sobre a escolha de uma máquina de costura.

Bora aproveitar bastante a nossa companheira de costura?

A Escolha da Máquina de Costura – um novo post
Minha máquina de costura – Singer Facilita Pró 4423 – 3 anos depois
A Escolha da Máquina de Costura – um novo post

Eu comecei este blog mais ou menos na mesma época em que comprei a minha máquina de costura, a Facilita Pro 4423 da Singer. Um dos posts mais antigos é também um dos mais acessados, onde conto como foi o processo de escolher a minha máquina.

Quase quatro anos se passaram e eu percebi que podia fazer um novo post a respeito, aproveitando para atualizar algumas informações sobre as máquinas que estavam entre as minhas opções.
Continuo achando que o processo de escolher uma máquina de costura é bastante pessoal, mas que algumas partes são objetivas. Vamos começar?

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Foto: Sharon Eve Smith

Industrial x Doméstica

Eu acredito que a escolha comece entre máquinas industriais e máquinas domésticas. As máquinas industriais normalmente possuem funções específicas (como a de costura reta, a de overloque, a galoneira, máquinas bordadeiras e etc), são grandes e mais potentes. Geralmente possuem um gabinete próprio para elas, que ocupa bastante espaço e são melhor aproveitadas quando é preciso fazer uma produção de várias peças em sequência.

As máquinas domésticas costumam “acumular” uma série de funções: costuram reto, fazem casa de botão, pregam elásticos, fazem pontos de acabamento, pontos decorativos e assim por diante. Com uma só máquina é possível, por exemplo, fazer uma peça de roupa com todos os detalhes e acabamentos, só mudando os pontos conforme necessário.

Por essas razões e pelo fato de eu não costurar em grandes quantidades é que eu escolhi ter uma máquina doméstica.

Mecânica x Eletrônica

Partindo para as opções de máquinas domésticas é preciso escolher entre ter uma máquina mecânica (com seletores para pontos, por exemplo) e uma máquina eletrônica (geralmente com um painel eletrônico para selecionar os ajustes da máquina).

As maiores diferenças entre as máquinas mecânicas e as eletrônicas costumam ser: a potência do motor e a variedade de pontos. Máquinas mecânicas normalmente são mais potentes ou seja, costuram mais rápido e suportam trabalhos mais pesados, ao passo que as máquinas eletrônicas possuem muito mais pontos que as máquinas mecânicas.

Mais uma vez, é necessário considerar que uso pretende fazer da máquina. Costuras de materiais mais leves ou com poucas camadas podem ser feitas em máquinas mecânicas ou eletrônicas. Materiais mais pesados como jeans ou montagens de peças em Patchwork, com muitas camadas, demandam máquinas mais potentes, que costumam ser as mecânicas.

Se a variedade de pontos decorativos é mais importante, a máquina eletrônica é uma boa escolha. Por exemplo, o ponto caseado, muito usado em aplicações, nem sempre está disponível em máquinas mecânicas.

Um outro ponto a observar é que nem todas as máquinas eletrônicas fazem bordados. Se esta for uma função importante, é preciso aprofundar a pesquisa para encontrar modelos que também façam bordados (às vezes um software para bordado é necessário).

Quando eu escolhi a minha máquina, já estava interessada em focar na produção de roupas para mim (que poderia ser desde uma regatinha de seda até uma peça em jeans) e também em fazer Patchwork. Ter uma máquina mais potente era mais importante que ter vários pontos decorativos, por isso escolhi uma máquina mecânica.

Marcas e modelos

Existe uma certa variedade de marcas de máquinas de costura no mercado, felizmente! Eu optei por perguntar para pessoas que já costuravam quais marcas e modelos elas preferiam. Muitas pessoas gostam das máquinas da Singer, da Janome, da Elgin, entre outras.

Eu escolhi a Singer por ter uma ferramenta no site que ajuda a escolher o modelo, a assistência técnica física é de fácil acesso e a máquina que eu escolhi na época estava dentro das minhas possibilidades financeiras.

De vez em quando eu tenho vontade de conhecer mais a fundo as marcas mais premium que desembarcaram no Brasil nos últimos anos, como a Bernina ou a Pfaff. Mas como o que eu já tenho em casa atende muito bem o que eu preciso, preferi não passar por tentação, rs!

Na minha opinião, para escolher o fabricante da máquina, veja se tem assistência técnica de fácil acesso para você, tanto fisicamente quanto por internet ou telefone.

Acho que não é necessário se apegar tanto ao local onde a máquina foi fabricada, pois em tempos de câmbio favorável para importação, era bem comum que as máquinas vendidas por aqui tivessem sido fabricadas na China. Desde que seja uma empresa que esteja bem estabelecida aqui no Brasil para te dar assistência se você precisar, acho que é suficiente.

Por esse motivo é que nunca trouxe uma máquina de fora nas viagens que fiz. Há alguns anos era bem mais barato trazer uma máquina de fora e eu quase fiz isso. Mas eu não teria prazo de garantia válido aqui e também não é certo que encontraria peças se algo de errado acontecesse. Enfim, esse assunto é bem relativo.

Falando em local de fabricação, minha máquina de costura foi feita na China (e nunca quebrou) e a minha overloque foi feita no Brasil. Mas comprei da Singer brasileira, que me dará o suporte do mesmo jeito para qualquer uma das duas, por isso acho que não tem problema.

Foto: Sharon Eve Smith

Considerações

Tudo isso serve para você decidir que máquina comprar, ainda que nada disso seja uma regra absoluta e o processo de escolha permaneça muito pessoal. Aproveitei para revisar a minha opinião sobre o tema e colocar alguns pontos que apareceram em comentários de outros posts relacionados ao assunto.

Como a Facilita Pró 4423 da Singer não está mais sendo produzida, em breve colocarei um post com informações de quais máquinas podem substituí-la a altura, ok?

Espero que seja útil!

Beijos e boas costuras!

Comparativo entre as máquinas Singer – Facilita Pró 4423 e 5523
Minha máquina de costura – Singer Facilita Pró 4423 – 3 anos depois
Minha máquina de overloque – Singer Ultralock 14SH754 – 2 anos depois

Olá!

Aqui estou eu para contar como foi o segundo ano de uso da minha máquina de overloque. Os posts sobre máquina de costura são sempre bastante acessados aqui no blog, então resolvi manter esta avaliação periódica!
Estou com a minha Encantada em uso há um pouco mais de dois anos (o post sobre os primeiros meses de uso é este e sobre o primeiro ano de uso é este), sendo que o nome oficial dela é Ultralock 14SH754, da Singer.

Aproveitei para dar uma olhada geral nos comentários destes primeiros posts sobre a overloque e também reunir algumas informações por aqui!

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Minha Singer Ultralock 14SH754

Manuseio

Neste segundo ano de uso, peguei o jeito de passar as linhas e acertar a tensão, que varia conforme os tecidos e também quantas camadas estão sendo passadas ao mesmo tempo. Nas fotos abaixo, o tricoline de algodão (azul claro florido) está duplo e a flanela de algodão (xadrez e vermelha) está com uma camada só. Continuo testando tudo com um retalho antes de passar a peça definitiva na máquina, para garantir e acertar algo quando preciso.

Eu diria que o maior “pulo do gato” deste segundo ano foi não usar mais fios de overloque e substituí-los por cones grandes de linha, já que consomem bastante. Os fios quebravam muito e, de vez em quando, eu tinha problemas para acertar a tensão deles quando passava tudo de novo.

Eu acredito que, para uso doméstico, os fios vêm em muita quantidade, aí eles acabam ficando velhos e sem resistência. No ano passado, eu já havia me queixado dos fios vermelhos que quebravam o tempo todo. E, para dar uma ideia, em praticamente dois anos de uso, eu nunca usei um cone de fio até o final. Imagina se estes fios que tenho em casa já não estão velhos?

Desde que passei a usar linha no lugar dos fios (que algumas amigas das costuras já faziam e me recomendaram, inclusive), tudo ficou mais fácil e sob controle!

Quando eu fazia aulas de corte e costura com a Lurdes, eu levava quatro retrózes pequenos de linha na cor do tecido para usar a overloque do ateliê, assim não corria o risco de não ter fios e linhas na cor correta. Quando você achar que a cor é muito específica, é algo que você pode fazer!

Já se é uma cor que você vai usar um pouco mais, você pode colocar dois cones grandes de linha nos lugares onde se passam os fios e dois retrózes pequenos de linha onde já se usam linhas.

Agora, para as cores bem básicas, como preto e branco, por exemplo, você pode colocar quatro cones grandes de linha!

Para o overloque em preto, até alguns dias atrás, eu estava usando dois cones grandes de linha no lugar dos fios e dois retrózes pequenos onde já usava linha. Mas isso foi até as linhas pretas que eu tinha acabarem, pois agora ficarão com quatro cones grandes.

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Overloque em uso só com linhas.

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Ficou mais fácil de deixar os pontos certinhos!

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Aqui dá para ver a frente e o verso do tecido com acabamento apenas com linhas.

As dicas básicas de uso, passagem de linhas, limpeza e lubrificação da máquina que mencionei nos outros dois posts continuam valendo!

A Overloque Substitui uma Máquina Reta?

Esta pergunta já apareceu nos comentários e eu resolvi dar uma atenção para ela aqui. Existem três itens que respondem a esta questão:
1. Para costurar malhas, você pode unir partes diretamente com a overloque. Ou seja, a overloque vai costurar e arrematar ao mesmo tempo, mantendo a elasticidade da malha.
2. Para tecidos planos, o ideal é usar a overloque apenas para o acabamento das bordas. Então, neste caso, ela não substitui uma máquina reta.
3. Para dar acabamento nas peças de malha, é necessário ter outra máquina para costurar as barras (uma galoneira, se o uso for industrial) ou uma reta/doméstica com agulha dupla.

Avaliação Geral

– A máquina é resistente, forte e muito estável, não apresentou nenhum problema desde que a comprei.
– É uma máquina mais barulhenta que as concorrentes, mas só me dei conta depois de usar uma outra overloque em aulas em outro ateliê. De qualquer forma, o barulho não interfere no desempenho da máquina.
– Tive problemas com o uso de fios, mas depois que passei a usar linhas, não tive mais problemas.
– Costurei malhas variadas neste período, com uma ou mais camadas e deu tudo certo!
– O ajuste de tensão das linhas continua sendo feito conforme cada projeto, não há uma regra ou tensão “padrão”. Então o teste antes de passar a peça definitiva é fundamental. Se alguma das linhas não está certinha, o jeito é ir ajustando aos poucos, até o ponto ficar correto.
– Usei a máquina para fazer acabamentos de tecidos planos, normalmente passando uma camada só de tecido e deu tudo certo também. O tecido mais grosso que passei foi o jeans, mas também fiz acabamento em veludo, por exemplo.
– A manutenção e a limpeza têm sido fáceis e a máquina atende bem o que eu costumo costurar.

Espero que a minha Encantada continue cumprido bem a sua função aqui no ateliê!

Beijos e boas costuras!

Minha Máquina de Overloque – Singer Ultralock 14SH754 – Primeira vez na Assistência
Os Melhores Posts de 2017!
Katia Linden
Sou de São Paulo, publicitária de formação, professora de costura por paixão e escolhas da vida. Sou também várias outras coisas por convicção: feminista, mãe de cachorros, tatuada, amante de música, viciada em Grey's Anatomy, costureira, modelista, consultora de estilo e (também, ufa) autora deste blog.
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