Meu ateliê: Mesa de Corte (e pesos para tecidos)

Olá!

O post de hoje é sobre um item essencial para costurar, mas que eu acho que pouco é falado sobre ele: a mesa de corte.

Mesmo quando temos um espacinho reservado para costurar, nem sempre temos um móvel dedicado para este fim. Acredito que a maioria das pessoas que costuram em casa cortam as suas peças na mesa da cozinha/sala de jantar ou então no chão. Eu mesma fazia isso até julho e já explico por quê.

Eu cheguei a cortar algumas peças no chão, principalmente quando consumiam muito tecido, ficava parecendo uma passadeira no meio da sala, rs! Eu achava difícil cortar assim pois ficava com muita dor nas costas, fora que tinha medo que o cachorro pisasse e espetasse a patinha com alfinete ou acabasse tirando do lugar tudo o que estava ajeitado. Então, em 99% das vezes, eu ia para a mesa da cozinha.

Na mesa da cozinha eu conseguia cortar com mais tranquilidade, mas sentia que a altura da mesa não era a mais adequada e também ficava com dor nas costas no final.

Só que eu tinha uma mesa de corte, feita sob medida pelo meu pai há algum tempo. O problema é que eu pedi para fazê-la alta demais, então não conseguia trabalhar nela quando os cortes eram maiores, como no caso das roupas. Por isso acabava indo cortar tudo na cozinha. Ainda por cima, a mesa de corte vivia cheia de coisas em cima, por desorganização minha e por não ter lugares adequados para guardar toda a quinquilharia de costura. Ela sempre estava assim antes da reforma:

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Quando eu precisei esvaziar o ateliê para a reforma e pintura em julho, aproveitei para pedir para o meu pai diminuir a altura da mesa, cortando 15cm dos pés dela. A mesa agora está bem em frente a janela do ateliê, para eu aproveitar bem a claridade!

Como a mesa é feita de madeira maciça, aproveitei a madeira que saiu dos pés e fiz novos pesos para papel e tecido, revestindo cada pedaço com retalhos de tecido e botões. Embrulhei cada parte como se estivesse fazendo um pacote de presente e colei tudo com cola para tecido. Ficaram uma graça e estão sendo muito úteis! Aqui nada se perde!

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Mas o principal motivo para eu escrever este post é a parte de medidas. Não acho que existam medidas padrão para este móvel, então as pessoas que fazem uma vão bolando sua bancada conforme a necessidade e o espaço disponíveis.

Eu adoro a minha mesa, até porque ela também serve para armazenar meus tecidos e meus moldes corretamente. Mas foi com base no espaço que eu tinha antigamente (e com a disposição antiga das coisas) e no que eu achei que fosse uma boa altura que decidimos o tamanho dela. Vou contar aqui sobre as dimensões da minha mesa para dar uma ideia!

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Vamos lá:
1. Largura: 1,50m
Gosto muito desta largura, dá conta do recado para trabalhar com moldes inteiros e também com tecidos até este tamanho. Quando são tecidos maiores que 1,50m, eu dobro o que resta e apóio no móvel que fica logo ao lado (que é a Velhinha fechada em seu gabinete, com a impressora em cima).

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2. Altura: 95cm
Depois de baixar os 15cm que contei agora há pouco, a mesa ficou com esta altura. Tomei como base a mesa grande de corte lá da Fonfinfan, onde eu sempre trabalho confortavelmente. Tenho 1,68m de altura, mas vejo que é uma boa altura para todo mundo que passa por lá!

3. Profundidade: 70cm
Hoje em dia eu teria feito esta medida um pouco maior, considerando que os nossos tecidos têm normalmente entre 1,40m e 1,50m de largura, eles dobrados ao meio não cabem direitinho em cima da mesa. Tenho então que alfinetar bem e ir deslocando um pouquinho na hora de cortar. Mesmo com a mesa em outra posição atualmente, ainda é uma boa medida para não atrapalhar a circulação no ateliê, o que é muito importante. Como é um bom móvel, vou ficar com ele assim, mas se fosse para fazê-lo hoje em dia, eu faria com pelo menos 75cm de profundidade.

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4. Prateleira inferior: Fica a 15cm do chão.
Abaixo da prateleira inferior, no chão mesmo, ficam os pacotes de papel de seda e craft, além dos envelopes onde guardo os moldes (logo vai ter post sobre organização dos moldes). Acima, apoiadas na prateleira, ficam as caixas com meus tecidos, a caixa com revistas e os moldes que estou eventualmente usando.

Ah, eu já fiz um post detalhado de como organizo os meus tecidos, está aqui!

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Dá para ver que no cantinho da prateleira também ficam o ferro de passar, o cheirinho de lavanda e o “passe bem” caseiro (também tem post sobre isso tudo aqui).

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Ao lado, pendurei o bolsão que fiz nas aulas de Patchwork com ganchos e lá ficam guardadas a base de corte, minhas réguas e curvas. Atrás do bolsão, encostada na mesa, fica a minha tábua de passar “portátil”, que eu sempre uso quando a peça a ser passada é pequena, assim não preciso abrir a tábua normal.

Desta forma, faço aproveitamento máximo deste móvel, o que me agrada demais, já que meu ateliê é bem pequeno!

Espero que tenha gostado do post!

Beijos!

Como foi meu ano de 2021 e como tem sido empreender
Costuras na Quarentena, Máscaras de Tecido e Recomeço do Ateliê
Minha máquina de costura – Singer Facilita Pró 4423 – 2 anos depois

Olá!

Há alguns dias atrás, a minha Novinha (chamada oficialmente de Singer Facilita Pró 4423) completou dois anos de uso aqui em casa. Como passou rápido e quantas coisas legais eu produzi com ela! Assim como eu fiz uma avaliação dela após o primeiro ano de uso (post aqui), estou agora aqui contando como foi o segundo ano.

Aproveitei para ver os comentários nos posts sobre máquinas de costura daqui do blog para ver se tem algo que eu possa complementar. Parte das coisas que dão errado na hora de costurar eu resolvo repassando todas as linhas na máquina, testando depois num retalho do mesmo tecido a ser costurado se o ponto está certo (tanto de ele está bem feito quanto se escolhi o ponto certo para fazer o que eu queria), além de limpar e lubrificar a máquina periodicamente.

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Minha Novinha, dois anos depois, com os mesmos bilhetinhos da primeira semana, rs!

Vou usar os mesmos critérios do ano passado, para poder comparar, ok?

Instalação:

Eu mudei a máquina de lugar na bancada ao longo do ano, depois que eu comprei a overloque. A instalação continuou simples.

Manuseio:

– Sobre encher bobinas e fazer a passagem das linhas na máquina, continua tudo ok. A única coisa é que a máquina tem aquele passador automático de linha na agulha e (não sei como) eu entortei um ferrinho bem fininho. Agora o passador não funciona mais, pois o ferrinho que entortou é exatamente o que entra no buraquinho da agulha levando a linha através dele… Já tentei desentortar mas não consegui. Como eu não quis levar numa assistência só por conta disso, eu comprei numa viagem no ano passado um passador avulso de linha adequado para usar em máquina de costura, da Bohin. Ele tem resolvido bem, ou vai no jeito tradicional mesmo (ou seja, passando a linha “na mão”).

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Passador automático entortou e não encaixa mais na agulha, snif!

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Mas veio este passador francês avulso e resolveu o problema!

– Sobre o uso dos seletores: todos permanecem funcionando normalmente e eu continuo usando a minha cola sobre os pontos quando necessário (post aqui).

– Quanto a posição da agulha, já tive dificuldades de chegar à medida de margem de costura de 0,75cm usada normalmente em Patchwork. Fiz alguns testes e cheguei a esta medida de “pé de máquina” com 0,75cm deixando o seletor de posição de agulha no centro e a largura do ponto em “0”. Quando eu não estou montando blocos de Patchwork, a largura do ponto reto fica entre “2” e “3”.

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“Ajuste fino” para chegar à margem de costura ideal para projetos de Patchwork. Seletor de posição da agulha no centro, seletor de largura do ponto no “0”.

– Sobre o uso de linhas, permanece quase tudo igual. Para cones grandes eu deixo atrás da máquina e passo a linha em um ganchinho preso em uma prateleira logo acima da máquina (truque neste post). O pino inclinado que fica no centro da parte de cima da máquina eu uso apenas em conjunto com o cone grande ou com o pino removível (quando é um retrós pequeno de linha) quando uso agulha dupla, já que aí é preciso passar duas linhas por cima.

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Duas linhas para costura com agulha dupla.

– Continuo a usar bobinas plásticas e também de metal, desde que sejam das bobinas mais altas. Não vejo diferença entre elas.
– A troca de agulhas e sapatilhas continua acontecendo normalmente, sempre que necessário.

Acessórios:

– Ainda não usei a sapatilha para bainha invisível. Eu até tentei, mas não consegui acertar como usar. Também nunca usei a sapatilha para pregar botões.

– Usei a guia de costura para quiltar alguns projetos (como a jaqueta bomber), mas só consigo usá-la em conjunto com a sapatilha de uso geral, ambos vieram com a máquina. Caso eu troque o pé calcador pelo pé para quilt reto (comprado separadamente), a guia fica frouxa e não dá para ser usada. Por conta disso, praticamente não tenho usado o pé para quilt reto.

– Sobre a sapatilha para costura na vala que eu comprei, no ano passado eu contei que não tinha me acertado com ela. Mas hoje em dia tem se mostrado muito útil. A última vez que usei foi para quiltar os jogos americanos feitos com a técnica de Foundation (post aqui). Era uma questão de adaptação minha mesmo.

Manutenção e problemas:

Como contei acima, não tive nenhum grande problema que tenha feito a máquina parar de funcionar, a ponto de ter que levar para uma assistência técnica. Só o passador de linha que está torto e eu substituí por outro avulso.
Continuo a limpar e lubrificar periodicamente, conforme eu mostrei neste post.

Sempre que a máquina não está em uso eu a deixo coberta com uma capa, para proteger do pó.
A máquina nunca fez nenhum barulho realmente estranho.

A respeito de barulho, duas coisas que eu diria para quem tem qualquer máquina de costura:
1. Lógico que quando costuramos tecidos mais grossos ou várias camadas, o barulho da máquina é um pouco diferente de quando costuramos um tecido bem fino, basicamente porque a máquina está sendo mais exigida, mas se a qualidade da costura permanece a mesma, não considero preocupante.

2. Se alguma coisa está errada com a passagem das linhas, pode ocasionar algum barulho diferente do habitual. O jeito é repassar tudo e ver se não tem nenhum restinho de linha enroscada onde não deve.

Dúvidas:

Depois de dois anos de uso eu considero não ter mais dúvidas em relação ao uso da máquina. No primeiro ano de uso eu solucionei o que surgiu, como a regulagem e utilidade dos pontos e também como limpar e lubrificar corretamente.

Avaliação Geral:

A minha avaliação geral permanece muito boa, a máquina não me deixou na mão nenhuma vez até agora, considerando que os projetos de costura aqui são um tanto variados: vão desde uma blusa levinha de seda, passando por camadas a serem costuradas e quiltadas no Patchwork e chegando a roupas com tecidos mais pesados como a lã (com forro, ainda por cima). Ano passado também passei a costurar malhas com esta máquina e deu tudo certo. Se não fosse o passador automático de linha ter entortado, não teria nenhum ponto “contra” sobre a máquina, mas considero isso algo pouco importante, já que não impede de usar a máquina. É só uma comodidade que não tenho no momento.

Honestamente, com base no uso que eu tenho feito nesse período, eu imagino ficar com essa máquina por um bom tempo, já que até o momento ela funciona super bem e não tive limitações com ela. Continuo recomendando!

OBS: Recentemente eu vi no site da Singer novas versões desta máquina e da 4411. Quanto às funções dos modelos mais novos eu não notei diferença nenhuma, me pareceu apenas uma mudança no visual da máquina, que agora está branquinha. Estou dando essa dica caso interesse comprar uma máquina como esta aprofundar a comparação e ver se reflete no preço também!

Ufa! Espero que este post seja útil e estou feliz que a máquina está funcionando super bem!

Beijos e boas costuras!

Minha Máquina de Overloque – Singer Ultralock 14SH754 – Primeira vez na Assistência
Os Melhores Posts de 2017!
Meu Ateliê – Organização de tecidos

Olá!

Tem tempo que eu conto aqui no blog que comecei uma arrumação profunda em meu quartinho de costura. Vai levar tempo para que eu possa mostrá-lo inteiro e pronto, mas uma etapa importante foi concluída há alguns dias: a organização dos meus tecidos.
Este assunto vai puxar mais alguns outros posts e acho que é legal mostrar no blog antes mesmo que meu ateliê fique pronto.
Depois que eu arrumei coragem para organizar todos os meus tecidos, o processo foi muito bacana. Então lá vai:

1. Definir onde os tecidos ficarão guardados
Eu já guardava os meus tecidos em caixas plásticas (todas iguais) numa prateleira da minha mesa de corte faz tempo, mas eles nunca estiveram realmente organizados.

A primeira parte foi definir quais tecidos iriam em cada caixa. Dividi em quatro caixas: algodão nacional, algodão importado, malhas, diversos. Têm mais outras quatro caixas que dividem espaço com elas: patchwork, ajustes e consertos, retalhos, revistas. As caixas de tecido também foram numeradas de 1 a 4.

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2. Catalogar os tecidos
Comecei a abrir cada caixa e medir quanto eu tenho de cada tecido. É chato no começo, mas depois é só incorporar a rotina a cada tecido novo que chega e tudo ficará mais rápido.

Recortei um quadradinho de cada tecido e colei num cartão que contêm:
* Número da caixa
* Descrição do tecido
* Altura
* Largura
* Espaço para grampear o tecido

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OBS: Aproveitei também este momento de catalogar tudo para listar as revistas que tenho na caixa e fiz uma planilha no Excel para saber o que está lá dentro.

3. Definir uma quantidade mínima
Se o tecido tem menos de meio metro e é de algodão, mandei para a caixa de Patchwork. Na caixa de retalhos, encontrei tecidos com mais de meio metro de altura, então eles foram para as caixas correspondentes.

4. Guardar os tecidos e cartões com amostras
Aproveitei esta revisão toda para tirar etiquetas (a cola pode manchar o tecido) e cortar fiapos daqueles compridos. Depois de medidos e catalogados, os tecidos estão em suas respectivas caixas e os cartões de cada caixa também são guardados juntos. Quando eu tenho um novo projeto de costura, recorro aos cartões e assim já defino o tecido para usar. No fim do projeto, se sobrar tecido, eu atualizo o cartão com a metragem atual.

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Foi trabalhoso, mas agora está muito mais fácil costurar, fora que nenhum tecido fica esquecido!
Que tal? Animou para deixar seus tecidos organizados?

Beijos!

Como foi meu ano de 2021 e como tem sido empreender
Costuras na Quarentena, Máscaras de Tecido e Recomeço do Ateliê
Katia Linden
Sou de São Paulo, publicitária de formação, professora de costura por paixão e escolhas da vida. Sou também várias outras coisas por convicção: feminista, mãe de cachorros, tatuada, amante de música, viciada em Grey's Anatomy, costureira, modelista, consultora de estilo e (também, ufa) autora deste blog.
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