Ferramentas de Costura: Marcadores de Margem!

Nada como voltar a costurar para movimentar o blog, né?! Depois de retomar as costuras com o vestido de malha com nesgas que mostrei semana passada, vi que era a oportunidade de estrear algumas ferramentas de costura que estavam esperando para aparecerem por aqui.

Uma barra curva e reta ao mesmo tempo

Com um vestido com barra um tanto quanto extensa para fazer, curva por conta das nesgas alternadas com as partes retas do vestido. Achei que era uma boa hora de testar duas réguas para marcar margens de costura!

Desafio: barra com curvas e retas para marcar.

Marcadores de margens

Eu trouxe estes dois marcadores de margens da última viagem aos EUA. Comprei ambos na Amazon.

Marcador Clover (verde, de plástico) e marcador Dritz (preto, de metal).

O marcador da Clover é de plástico, com escala apenas em polegadas, guias mais largas e extremidade vazada para fazer circunferências.

O marcador da Dritz é de metal, com escala em polegadas e centímetros, guias mais estreitas (e uma delas é de plástico).

Marcador da Clover

O marcador da Clover, mesmo sendo de plástico, é bem firme. Gostei bastante. Por ter a escala apenas em polegadas, acabo ajustando a medida com a fita métrica ou uma régua em centímetros.

Por outro lado, a vantagem de ter as guias mais largas ajuda muito para o uso em faces retas. Para fazer as marcações mais curvas que eu precisava, já não se mostrou tão prática, como é possível ver na segunda imagem.

Acabei usando mais esta régua nas partes retas que eu precisava marcar.

Quando comprei na Amazon americana, paguei US$ 8.39 (cerca de R$ 29,00 atualmente. Encontrei como “Clover 5 In 1 Sliding Gauge with Nancy Zieman” no site). Acredito que o valor seja maior que o da Dritz, mesmo sendo de plástico, por ter mais funções e também por levar a assinatura de Nancy Zieman, que parece ser famosa no meio das costuras nos EUA.

OBS: Existe um marcador muito similar a este à venda no Brasil, da marca Westpress. Você pode encontrá-la como “Régua multi funcional 5 em 1”. Quando pesquisei na última Mega Artesanal, o valor girava em torno de R$ 50,00.

Marcador da Dritz

O marcador da Dritz é de metal, portanto é muito estável. Tem a escala em centímetros e também em polegadas, o que ajudou a ajustar mais rapidamente na medida que eu precisava.

As guias são bem mais estreitas que na régua da Clover, o que ajudou muito a marcar as partes mais curvas da barra. Mesmo tendo a guia ajustável de plástico, achei o material bem firme, não prejudica em nada o uso.

Também possui algumas fendas a cada polegada, o que pode ajudar em outras marcações, mas ainda não usei desta forma.

Quando comprei na Amazon americana, paguei US$ 5.00 (cerca de R$ 17,00 atualmente. Encontrei como “Dritz Sewing Gauge” no site). Eu ainda não vi este marcador à venda por nossas bandas, mas se eu encontrar em algum momento, atualizarei o post!

Qual é o melhor?

Ambos marcadores são ótimos e serão adequados a diferentes funções! Normalmente eu prefiro os materiais mais duráveis como o metal, mas as funções do marcador feito de plástico compensaram o investimento também!

Gostou do post? Logo menos vai ter mais ferramentas de costura por aqui!

Ferramentas de Costura – Fita métrica e réguas
Ferramentas de Costura – Guia de Costura
Look do Dia: Vestido com Nesgas (da Burda Style)!

Eu passei alguns dias sumida daqui do blog. E quando isso acontece, dói loucamente. Mas preciso confessar que foi preciso.

A minha newsletter está pertinho de nascer e eu precisei deixar que as questões tecnológicas dela fossem resolvidas.

Eu também precisava muito costurar, ter aquele momento só meu lá no ataliê. Para ter uma ideia, a última peça que fiz para mim foi aquela blusa de seda maravilhosa com estampa de insetos, em maio.

E eu tinha uma semana no Rio me esperando, com direito a Rock in Rio e tudo.

De vez em quando, alguns momentos desconectada se fazem necessários para que as ideias surjam com mais clareza. Por mais que eu esteja acostumada a escrever, eu não consigo escrever algo – ainda mais em primeira pessoa – sem estar inspirada, então eu precisei deste respiro para voltar. E aqui estou eu de volta com este e mais alguns posts a caminho!

O vestido desaparecido

Eu cortei este vestido há dois anos atrás e, por uma série de motivos ocorridos no ano louco de 2015, ele ficou guardado num pacotinho. Ao arrumar alguns tecidos que precisavam ser guardados, cheguei ao tal pacotinho. Nele encontrei muitos cortes de malha, em cor marrom acinzentada, ainda com os moldes alfinetados (por sorte eles não enferrujaram, ufa!).

Dia desses, arrumando o ateliê, encontrei um vestido cortado há dois anos atrás, pronto pra ser costurado. Fiquei surpresa pois dificilmente deixo um projeto sem terminar! . Decidi retomar, pois já coloquei um tanto de energia para começar esta peça e não vale a pena desperdiçá-la. . Ao costurar algumas partes e alinhavar outras para provar, momento da feliz descoberta de que o modelo me serve bem (oba!) e de que a cor é uma das neutras-coloridas da minha cartela. . Auto-conhecimento é lindo e eu estou em busca dele ao máximo neste ano. Se há dois anos atrás esta peça ficou perdida por aqui, agora vai seguir caminho direto para o armário! . #costurakatiacostura #armariohandmade #katialindenconsultoria #bloguices

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Fui resgatar a história por trás da peça e do seu esquecimento, enquanto buscava a fonte do molde. Por sorte, eu sempre anoto em cada pedacinho do molde de onde ele veio. Era um vestido de malha, com muitas nesgas, vindo da Burda de maio de 2015, que apareceu de relance neste e neste post.

Na época eu estava costurando muitas peças em malha pois estava em processo de emagrecimento, preterindo o tecido plano. Eu tinha dúvidas em relação à cor, esse marrom meio acinzentado. Também estava fazendo o curso de modelagem do Senac e encantada com as possibilidades de construir nesgas para as peças, principalmente nas saias. Minha casa estava em fase final de reforma e eu precisei empacotar todo o meu ateliê para deixá-lo do jeitinho que ele é hoje. E toda essa conjunção de fatores me fez cortar este vestido, assim como me fez deixá-lo de lado.

Como eu demoro um pouco para copiar o molde e cortar o tecido, achar este projeto era o que eu precisava para voltar a costurar! Porque era só entender a montagem da peça e acelerar na overloque, oba!

E assim eu fui tocando a costura deste vestido, cheio de recortes e 10 nesgas (sim! 8 na saia e 2 nas mangas) até que consegui terminá-lo na véspera de ir para o Rio.

Eu já fiz isso de levar peça nova para estrear em viagem, propositalmente, mas desta vez coincidiu mesmo – apesar de eu ter como mantra na minha vida que coincidências não existem, rs!

O vestido pronto

Aqui está o vestido pronto. Demorei um pouco para costurá-lo por questão de tempo escasso e aí usei meu bom e velho recurso de fazer uma hora por dia, contei sobre isso quando comecei esse exato vestido aqui.

Quebrei a cabeça para entender o encaixe dos ombros, também recortados e meu manequim de prova (a Giselle) me ajudou a visualizar após algumas alfinetadas. Alinhavei algumas partes antes de terminar para certificar que eu poderia omitir o zíper invisível traseiro e deu certo. Só ficou para melhorar a costura rebatida do decote, pois o revel insiste em virar para fora, rs!

Look do Dia

Usei o vestido logo que cheguei no Rio, no nosso primeiro programa na cidade: um show incrível no Blue Note (uma casa de jazz super famosa de NY e que abriu recentemente uma filial no Rio). Assistimos um show encantador de música brasileira, com Jacques Morelenbaum e convidados.

A ocasião pedia um look mais arrumadinho e aí o vestido cumpriu bem a função, com minhas amadas botinhas e um lenço no punho para substituir a tradicional pulseira (truque bacanérrimo para tirar os lenços do armário, né?!). Os acessórios puxaram um tiquinho para o roxo, com o detalhe do lenço, dos brincos e do batom.

(Clique em uma das fotos da galeria para ver em tela cheia!)

Apesar do volume que as nesgas acabam acrescentando, ele ficou só do joelho pra baixo. O vestido ficou sequinho na medida, sem ficar muito justo, me senti até mais magra com ele! As linhas verticais dos recortes ajudam não só a alongar como também a não marcar (ou marcar menos) o que a gente não quer, eu gosto muito deste recurso! E o movimento das nesgas ao andar? Não tinha como não dançar esta peça!

As nesgas das mangas ajudaram a dar um voluminho charmoso de tecido e assim as mangas não ficaram justas nos meus bracinhos gordos. Ou seja, também funcionaram muito bem!

E a cor é maravilhosa para mim, está super dentro da minha cartela, por se tratar de um marrom mais frio. Hoje em dia eu a vejo com outros olhos!

Vestido de malha com nesgas: tecido ponto roma comprado na Tissus Reine (Paris), molde da revista Burda de maio de 2015.
Botas: Schutz
Lenço: Liberty London, vintage, comprado na L’oiseau.
Brincos: super antigos, não lembro o nome da loja!

Logo eu, que nunca deixo um projeto sem terminar, resgatei este perdido em ótima hora!
Estou super feliz com ele! O que você achou?

Como é o meu vestir em 2023
10 anos de blog – O que vem depois?
Acessórios para o Inverno: Gola em lã super grossa!

Uma das minhas compras nas férias de abril (post aqui) foi uma lã bem grossa, rosinha, que pedia para virar uma gola! No movimento de usar o que eu tenho em casa, antes de comprar outras lãs e fios, lá fui eu tricotar mais uma gola de tricô.

Tricotando a gola de lã super grossa

Essa foi a lã mais grossa que eu usei até agora (existem mais grossas ainda, mas ainda não cheguei nelas, rs), tanto que precisei de agulhas 20mm para fazê-la. A vantagem é que a combinação de lã grossa e agulhas igualmente grossas tornam o trabalho super rápido!

Aprendi um ponto que é uma variação do ponto turco (algumas golas que fiz com ele estão neste post) e que ficou ótimo nesta lã! É sempre bom pensar em algo leve quando feito com uma lã mais grossa pois assim não corremos o risco de ficar com uma gola muito dura ou quente demais para o nosso clima!

Usei um pouco mais de uma meada desta lã (cada meada tem 125g) e o que sobrou vai virar uma outra peça bem especial (aproveitamento total dos materiais, a gente vê por aqui!)

Levei a gola na mala para tricotar no Uruguai e trouxe de volta para casa prontinha para costurar na aula seguinte, oba!

A gola pronta

Eu amei como a gola ficou! Fofa, quentinha e leve! Adoraria ter mais desta lã para fazer outras!

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Look do Dia

Como tivemos alguns dias frios há pouco tempo, tive oportunidade de já usar a gola. Diferente das outras que eu tenho, essa é a mais neutra de todas, pois é um rosa clarinho que quase se confunde com a cor do meu cabelo (e até dos óculos, rs). Estou achando bem fácil de combiná-la por conta disso!

Enquanto a outra gola que fiz no começo do ano (post aqui) tem a trama mais fechada e dá duas voltas no pescoço, esta tem a trama mais aberta e dá uma volta só, o que compensa a espessura da lã mais grossa. Ficou quentinha e bem confortável de usar!

Para montar o look deste dia, parti do rosa da gola e fui ver cores análogas (as vizinhas no círculo cromático) para compor um look colorido e calminho.

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Cores análogas. Fonte: app Color Wheel

Escolhi então o azul do jeans da jaqueta e da calça e o roxo da blusa. Para dar um brilho e um toque especial a mais perto da gola e do rosto, broches lindos na jaqueta!

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De pertinho!

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Look especial e handmade!

Gola com lã de merino grossa: Lã Gentle Giant da Purl Soho (New York), cor Calico Pink. Projeto das aulas com a professora Solange, na Novelaria (SP).
Blusa de tricô: lã Rios (100% Merino) da Malabrigo na cor Purpuras. Projeto das aulas com a professora Solange, na Novelaria (SP). Mais fotos da blusa aqui.
Broches: Montageart (SP)
Calça jeans: C&A
Jaqueta Jeans: Levi’s
Tênis: Farm x Adidas

Eu adorei o look todo, composto para ficar quentinho e confortável, com aquele toque de cor que eu sempre incluo nas minhas produções!

Acessórios para o Inverno: Gola de Tricô!
Novas golas em tricô!
Katia Linden
Sou de São Paulo, publicitária de formação, professora de costura por paixão e escolhas da vida. Sou também várias outras coisas por convicção: feminista, mãe de cachorros, tatuada, amante de música, viciada em Grey's Anatomy, costureira, modelista, consultora de estilo e (também, ufa) autora deste blog.
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Um manifesto para 2022
Vencendo a minha maior resistência: vender!