Sobre Florescer em Pleno Inverno

Tem pouco mais de dois meses que não apareço por aqui. Tanta coisa aconteceu em aparentemente tão pouco tempo. Quem me acompanha em outros canais (principalmente no Instagram e na newsletter) já sabe que o meu pai faleceu em junho. Outras dificuldades também apareceram e eu fiquei quietinha por um tempo.

Em algum momento eu vou colocar os assuntos do blog em dia, como ter participado de um bate papo maravilhoso no stand da Burda na Mega Artesanal com mulheres maravilhosas deste nosso mundo costurístico. Esse evento me fez lembrar de como é bom estar em contato de novo com o meu propósito após uma pausa necessária. Então agora chegou a hora de contar novidades e um tiquinho de história, rs.  

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Quando eu resolvi voltar a trabalhar no ano passado, eu me sentia muito perdida. Então, me propus a mergulhar de cabeça nos traumas do meu passado. Fiz o Decola Lab e comecei a fazer terapia. Precisava destravar, ainda que tivesse aberto minha cabeça para muitos novos conhecimentos e habilidades nos últimos anos. Aprendi a costurar, tricotar, retomei o crochê e o bordado, me formei modelista e consultora de estilo. Eu tive o privilégio de poder flanar por alguns anos por entre os crafts e pelos estudos, sem grandes compromissos. Fui contando por aqui inclusive, mas não sabia o que fazer com tudo isso. 

Só depois de abrir a caixinha das minhas memórias e mexer nela até chegar ao fundo é que consegui por fim me reconhecer como uma pessoa criativamultipotencial e capaz (xô síndrome de impostora!) e as mudanças e (r)evoluções foram maiores do que eu pensei.  

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Florescendo 

Hoje sou uma pessoa que sente que finalmente está florescendo para o mundo, aos 38 anos. E que bom que isso está acontecendo agora. Não sei se suportaria as dificuldades que estou passando se eu não me sentisse tão forte internamente tão completa como me sinto agora. Ainda estou triste e frágil em alguns momentos sim, mas não me sinto menos capaz de viver minha vida. 

Esse florescimento fez com que eu passasse também a amar o meu corpo do jeito que ele é, parei de achar defeitos e “poréns” nele, tão enraizados em nossa cultura que transforma a baixa auto estima em potencial de consumo para coisas que não precisamos. Passei a me amar inteira.  

Passei a amar ser duplamente sagitariana (Sol e Lua em Sagitário, é muito fogo pra uma pessoa só, minha gente!). Vi que estava tudo bem abraçar de verdade as minhas convicções. Ao me amar como a mulher que eu sou, entendi o que era ser feminista, reconhecendo os meus privilégios e também amando e apoiando outras mulheres em suas singularidades. Vi que tinha novos obstáculos a vencer. 

Eu não sou de levantar bandeiras à toa. Defendo há tempos o minimalismo, a autoestima e a vida com mais significado através do feito à mão. Se hoje falo de feminismo abertamente, é porque acredito também. Precisamos nós todas florescer como mulheres, apoiando umas às outras em suas lutas. E, nessa jornada toda, fui abraçada, acolhida e levantada por mulheres incríveis a quem só tenho a agradecer e dizer que esse negócio de rivalidade por aqui não rolou não. 

 

Uma nova marca

Tinha que contar tudo isso pra dizer que o resultado desse mergulho é o nascimento de uma nova marca, com um visual que eu estou apaixonada! 

A criação foi da ilustradora Amanda Mol, mulher maravilhosa que captou direitinho o que eu quero transmitir: leveza, autenticidade e força ao mesmo tempo.  

E já que a assinatura é vida – estilo – handmade, eu quis tornar tudo isso mais tangível, transformando em um bordado, assim como eu fiz há um tempo atrás com o logo do blog. Fazer esse bordado com a marca nova, com a orientação especial da Renata Dania (em um curso do Clube do Bordado que fiz no MAM) foi muito importante para mim. Eu acabei me conectando ainda mais.

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Fiz um vídeo com o desenrolar do bordado, feito com muito amor e com um desafio grande de fazer aquarela em tecido pela primeira vez e também de deixar o ponto matiz bem alinhadinho e formando um discreto degradê! Amei o resultado! 

Uma homenagem a meu pai

Eu demorei muito para colocar o projeto no ar pois eu mesma me boicotava, sendo levada por uma sensação de conforto que agora vejo que era irreal. De qualquer forma, sempre entendi que o projeto era uma forma de expressão pessoal mas que podia contribuir positivamente na vida de outras mulheres e que todas nós somos únicas. 

Hoje, apresentar a marca nova e ter feito um bordado com ela me faz entender que também faz parte do meu processo de cura, já que tem meu nome e o sobrenome do meu pai, que sei que todos os dias manda uma luzinha toda especial lá de cima para mim, para minha mãe e meu irmão.  

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Meu pai Heinrich ganhou a vida através da marcenaria, fazendo lindas peças, uma a uma e com perfeição, sempre será uma referência para mim. Espero assim estar levando adiante o nome de nossa família com a mesma dedicação e empenho que ele sempre teve. Trago comigo todos os dias a lembrança do sorriso fácil e da leveza dele diante da vida, sei que meu pai quer que eu tenha muita vida pela frente e que esta vida seja abundante em todos os sentidos. E para que isso aconteça, é hora de dar este primeiro passo. Que bom que o dia de hoje chegou. 

 

Antes mesmo da primavera chegar, o inverno aqui é de florescimento! Vamos florescer juntas? 

Me conta o que achou? 

Formação em Consultoria de Estilo!
Enfim, Modelista!
Armário Handmade todo dia – autoconhecimento e amor próprio!

Sim, já estamos nos encaminhando para o final de junho. Mas hoje eu estou aqui para contar que mais um Me Made May aconteceu. Esta foi a quarta vez que participo e sempre fico feliz ao final.

Ao longo do mês às vezes eu me vejo um pouco cansada dos registros diários, confesso. Porém, procuro lidar com leveza com essa situação pois sempre acho que ganho mais participando do que não. Acabo bolando novas combinações de looks, pensando em alguma peça que seria útil no armário e por aí vai.

Oba, tem vídeo!

Esse ano acabei registrando as minhas impressões em vídeo, numa live que foi meio atrapalhada por imprevistos tecnológicos, mas que rolou mesmo assim, rs! Meu depoimento está aqui:

(Link para o vídeo)

Looks que fizeram mais sucesso

Como sempre, eu compartilhei tudo no meu Insta, você pode conferir tudo aqui nessa tag.

Aqui estão os 5 looks que fizeram mais sucesso (entre likes e comentários):

Link para o post da blusa de seda, feita em 2014 e brilhando muito no meu armário até hoje!

 

Blusa Coco em malha ponto roma (blusa antiga, feita em 2014 e que até hoje que não tem um post só pra ela, rs! Tem fotos dela aqui).

Link para o post do quimono de flanela (eu não dou mais aulas no local indicado no post, mas vale pelas imagens de 2015, rs)!

Link para o post da maxi blusa de lã roxa, feita no ano passado!

Esta blusa ainda não tem post sobre ela, foi a última peça que terminei, vai sair logo menos!

Conclusões

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Como eu contei lá no Insta quando eu avisei da live que está aí em cima, cuidar da gente mesma é um exercício de amor próprio. Costurar minha própria roupa também se tornou um exercício de amor próprio. Em maio eu mostrei um tanto de mim através das minhas roupas, com as histórias delas e também do meu cotidiano. Também é muito legal contar aqui no blog e através do meu canal sobre buscar a autenticidade, sobre encontrar seu estilo pessoal e sobre deixar padrões impostos para trás para ser a gente mesma, de uma forma mais gentil!

Teve look arrumadinho, de viagem, de ficar em casa (sem maquiagem) e todos eles mostram muito quem eu sou através do que eu visto!

Estou precisando costurar algumas peças de frio e agora estou animada para tocar estes projetos! Contei mais neste post!

 

E você? Animada para vestir peças feitas por você mesma?

Armário cada vez mais feito por mim (e um exercício de empatia)
Últimos Looks do Me Made May 2016 (#mmmay16)!
Vem aí o “Me Made May” 2018! (#mmmay18)

Este ano está voando! Pelo menos está sendo muito produtivo para mim! Só tenho uma sensação que 2018 começou há uns oito meses, rs!

Preparando a agenda de posts aqui do blog na semana passada é que eu me dei conta que o mês de maio está chegando e, com ele, mais um “Me Made May”.

Para quem ainda não conhece, este é um desafio (veja que não é uma competição, viu?!) em que as pessoas se propõem a usar em todos os dias do mês de maio algo feito por elas mesmas. Tenho participado desde 2015 e acho muito legal acompanhar outras pessoas, com seus estilos e gostos pessoais. Acaba sendo inspirador!

As últimas peças que fiz para mim.

Como será o meu “Me Made May” deste ano

No ano passado eu mandei muita roupa minha embora, muita roupa mesmo. Tanto as que eu fiz quanto as que eu comprei prontas. As compradas foram doadas ou colocadas à venda no Enjoei (aliás, já conhece a minha lojinha?). Eu não tive coragem de mandar as roupas que eu fiz para o Enjoei, mas doei para amigas muito queridas que sabem o valor que dou para cada peça e espero que elas estejam aproveitando bastante (beijo Vanessa e Erika)! Contei um pouco sobre o processo da minha consultoria de estilo aqui.

Ainda não costurei nenhuma roupa nova para mim neste ano, porque tenho um armário bem mais enxuto e que deu conta sem problemas deste verão que parecia não ter fim aqui em SP. Para o restante do outono e para o inverno farei algumas poucas peças (pois continuo sendo uma pessoa que não têm calças para o frio).

Por isso, desta vez vou participar usando as peças que ficaram e as poucas que foram feitas no último trimestre de 2017. Pode ser que alguma estreia aconteça também, pois tenho um colete de lã que está esperando desde outubro por dias mais frescos para ser usado, assim como uma blusa de tricô recém terminada e uma gola de tricô também. Quero ver se eu repito cada peça pelo menos uma vez, mas usando em uma combinação diferente.

Por quê?

Porque costurar, tricotar ou crochetar novas roupas é uma delícia, isso é inegável. Mas colocar as peças em uso, combinar de formas diferentes com outras peças e usar bastante é mais gostoso ainda!

Então agora em Maio vai ter look meu todo dia (ou quase, rs) e vai ter repeteco de peças, mas em looks diferentes!

Vamos participar?

Então, se você quiser acompanhar, me segue lá no Instagram. Como nos outros anos, vou postar com a #katiamademay18, além da oficial #mmmay18.

Ah, se você quiser ver como foi a minha participação nos outros anos, é só clicar nos links abaixo:

#katiamademay17

#katiamademay16

#katiamademay15

Você vai participar?
Me conta nos comentários (e deixe o seu Instagram para eu acompanhar também)!

Armário cada vez mais feito por mim (e um exercício de empatia)
Últimos Looks do Me Made May 2016 (#mmmay16)!
Katia Linden
Sou de São Paulo, publicitária de formação, professora de costura por paixão e escolhas da vida. Sou também várias outras coisas por convicção: feminista, mãe de cachorros, tatuada, amante de música, viciada em Grey's Anatomy, costureira, modelista, consultora de estilo e (também, ufa) autora deste blog.
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