Reaprendendo a bordar com o Clube do Bordado

Eu aprendi a bordar faz tempo, em 1998 (eita, 20 anos já!). Naquela época a gente bordava panos de prato riscados pela professora e, ao final, fazíamos uma barrinha de crochê para arrematar o trabalho. Foi assim que eu aprendi alguns pontos do bordado livre, como o correntinha.

Nessa mesma época também aprendi ponto cruz (com o avesso perfeito, tenho amor verdadeiro), ponto cruz duplo (que a gente fazia num tecido xadrez duplo, então a linha ficava embutida entre os dois tecidos. Aprendi também o vagonite.

Foi um ano intenso de manualidades, quando resolvi fazer aulas num armarinho perto da casa dos meus pais pois encarar apenas o cursinho pré-vestibular me pareceu chato demais, rs!

Foi o ano em que aprendi também a fazer crochê, essa manualidade eu nunca deixei totalmente de lado. Já o bordado aconteceu em momentos bem ocasionais ao longo destes anos todos.

A última vez que eu peguei um bordado livre para fazer foi em 2015, quando fiz o logo do blog para colocar na porta do meu ateliê. Fiquei feliz com o resultado, apesar dos defeitos e do avesso bem feinho, rs!

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Naquela época eu já acompanhava o Clube do Bordado. Adoro como as meninas mostram como é legal bordar, além de conhecerem a técnica muito bem! Também gosto demais da estética dos trabalhos, as ilustrações e escolhas de cores.

E aí que em 2018, 20 anos depois, resolvi reaprender a bordar. Precisava desenferrujar este conhecimento guardado lá no fundo da minha memória craft e aprender mais. Acredito que este evento foi o primeiro de mais alguns que pretendo participar nesse ano.

Curso Módulo 1 – Bordado para Iniciantes

E assim eu recomecei a bordar em 2018, numa aula super gostosa comandada pela Renata e pela Dini. Vimos os pontos haste, atrás, nó francês e cheio. Este aqui é o projeto:

Fonte: site Clube do Bordado

Lógico que os meus pontos não estão perfeitos como este bordado delas mas, acredito que voltando a praticar, eles ficarão mais bonitinhos!

Voltei para casa feliz e com o kit para terminar o trabalho: risco e instrução com sugestão de preenchimento, um bastidor fofo de borracha – nunca tinha usado um destes – agulha e linhas de meada.

Levei a minha tesourinha japonesa garimpada pela Claudia, apesar que nem precisava levar, mas queria estreá-la numa ocasião especial!

(Clique em uma das fotos para abrir a galeria!)

Finalizando o Bordado

Levei o trabalho para terminar em casa, quer dizer, na minha viagem de aniversário de casamento em Montevideo. Foi um fim de semana ótimo e, enquanto o marido não chegava lá, eu bordei em companhia de um vinho branco, uma torta de pêra e a vista linda do Lavender! 

 

Ao voltar para casa, fui fazendo um pouquinho por dia, substituindo a hora diária do tricô e na mesma semana, terminei! Eu me cobro muito por ser detalhista (por exemplo, não estava muito feliz com o meu ponto cheio) mas ao final fiquei muito feliz!

Decorando o meu quarto

Logo que terminei o bordado, fiz o acabamento do tecido em volta e fui rapidinho colocá-lo no meu quarto. Para quem viu o post sobre a decoração dele, eu vou mudando a decoração de tempos em tempos! Amei como o bordadinho destacou na parede cinza!

Outros Bordados: Ponto Cruz

Além de ensinar a minha afilhada a bordar ponto cruz nesse Natal (meu melhor presente), eu fiz esse quadrinho aqui em 2011, para enfeitar meu ateliê recém conquistado. Depois, acabou ganhando lugar de destaque no meu quarto até o ano passado. Agora, quero encontrar um novo local pra ele!

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Sashiko

Aliás, já que estou falando em bordado, para não dizer que não bordei nos últimos anos, não posso esquecer que em 2014 eu aprendi a bordar com a técnica japonesa do Sashiko e acabei produzindo algumas peças que adorei! Teve uma almofada, a colcha do Noah, o saquinho para a manta do Hiro!

Em 2018 eu quero fazer os outros módulos, além de conferir outras aulas com pessoas que adoro, então me aguardem com mais bordados!

Meu quarto: quando uma colcha em Patchwork enfeita um cômodo muito craft e atual!
10 anos de blog – O que vem depois?
Loja de Tecidos TexPrima

Quanto tempo né? Que saudade de escrever aqui!!!!

Foram muitos posts planejados e pouco tempo para escrever, mas conheci uma loja e me senti na obrigação de dividir com vocês, por isso aqui estou!

Essa loja se chama TexPrima e fica localizada no bairro da Casa Verde, aqui em São Paulo.

Uma amiga que também costura me convidou para conhecer a TexPrima por conta de um anúncio que ela viu no facebook sobre uma promoção de tecidos (irresistível para nós, não é mesmo?) E lá fomos nós.

Eu moro no centro e foi bem fácil e rápido de chegar, não enfrentamos trânsito.

A loja

Pelo lado de fora, a TexPrima nem parece loja; tem mais cara de fábrica. Mas quando você entra se surpreende, a loja é linda!

No térreo fica a sessão de tecidos pesados, para tapeçaria e decoração. Apesar dos mostruários, se parece mais com uma sala moderna e bem decorada.

As paredes tem lindos grafites com tema de costura, não consigo pensar em nada mais amor que isso!

No piso inferior você encontra a sessão de tecidos para vestuário. Os mostruários ficam em ganchos na parede onde você encontra além da amostra, a composição e o preço do tecido. Grande parte dos tecidos estava na promoção de 50% que funciona assim: você paga o preço da etiqueta, mas por 2 metros, ao invés de 1, não é sensacional?

(A promoção vai até o final desta semana!)

Tem muito tecido diferente, muita coisa bonita! Comprei dois cortes de linho risca de giz, um corte de flanela, um linho verde água e outro rosa. Comprei também um moletom feito de tecido reciclado e um tecido acoplado, bem estruturado para fazer um colete de matelassê para a Julia (volto para mostrar, fiquem tranquilas!)

Trouxe muito tecido e gastei muito pouco… pela qualidade e preço acho que vale muito a pena conhecer!

Ateliê

E, para fechar com chave de ouro, nos fundos da sessão de tecidos encontramos uma sessão de aviamentos, uma banquinha de retalhos e um ateliê com máquinas, moldes, mesa de corte e tudo mais que você precisar para costurar lá mesmo! É todo amor da vida!

Conversando com a vendedora (super querida e atenciosa chamada Núbia) ela contou um pouco sobre a loja, essa ideia de ter um pequeno ateliê para atender os clientes e sobre o conceito de não desperdiçar nada (os tecidos são reciclados ou vendidos aos retalhos para estudantes de moda pois, como bem ressaltado por ela, são de produção muito cara, cujo processo gera muita poluição). Bióloga e ecochata que sou, só deu pra gostar mais ainda da loja!

Espero que gostem e se forem conhecer, não esquece de comentar o que achou, tá?!

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Informação:

TexPrima Loja e Oficina
Rua Atílio Piffer, 759, Casa Verde
Aberto de Segunda à Sexta, das 8h às 17h.
Site

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Resgatando uma paixão antiga: a fotografia

Livro “Roube como um Artista”, de Austin Kleon. Foto: eu!

Enquanto eu estava na faculdade de publicidade, eu tive uns dois ou três semestres de fotografia. Em meio a tantas matérias interessantes, eu descobri a fotografia como uma paixão.

Na época, aprendíamos a manusear câmeras analógicas totalmente manuais, aprendíamos a revelar filmes (e antes de revelar, cada clique tinha que ser bem pensado, pois o filme tinha no máximo 36 poses) e a ampliar as imagens para o papel fotográfico.

Lembro que aprendemos também a fotografar com cromo (um filme maior, quadrado e que já saía com a imagem positiva) e a disciplina de fotografia digital se resumia a escanear estes cromos e trabalhar as imagens nos programas de edição de imagem. Não sou novinha, como dá para perceber, mas já existia Photoshop na virada para os anos 2000, rs!

Enfim, eu fiquei tão encantada com tudo isso a ponto de querer mudar de curso. Mas já estava no meio do caminho, em uma super faculdade, acabei seguindo até o final dos quatro anos de publicidade.

A paixão pela fotografia nunca me abandonou, apesar de eu nunca ter retomado os estudos. Antes que os celulares tivessem ótimas câmeras, eu sempre tinha uma câmera comigo.

Nesses tempos de faculdade e de descoberta da fotografia, me apertei um pouco financeiramente e comprei uma Canon EOS500n. Em qualquer minutinho livre, eu saía clicando por aí e me dava muito bem com essa amiga.

Aproveitava os dias de folga do trabalho que caíam durante a semana para passar a tarde no laboratório da faculdade revelando os filmes e ampliando as fotos. Quanto mais amareladas ficavam as minhas unhas e quanto mais as mãos cheiravam forte das químicas utilizadas, mais eu ficava feliz! Adorava também ir à Conselheiro Crispiniano, no centro, comprar materiais nas lojas especializadas.

Mas a tal “vida adulta” de trabalho o dia inteiro e estudos à noite veio pouco tempo depois, junto com o advento das câmeras digitais e eu fui deixando esse encantamento todo no passado. Até o tripé bacana que eu tinha eu acabei doando depois de um tempo. É como se eu tivesse jogado uma parte minha fora, como diz o livro da foto do começo do post.

Fotografia Digital

Nos meus tempos de fazedora de cupcakes eu precisei retomar as atividades de fotografia, já que eu mesma fazia tudo, inclusive a divulgação dos meus produtos. Uma Cibershot que o Ricardo comprou para registrar a nossa lua-de-mel em 2007 não entregava o resultado que eu precisava e aí uma Nikon D90 entrou na minha vida.

Nunca consegui me adaptar aos controles manuais dela como sabia fazer com a câmera analógica, logo vi que eu é que tinha perdido o jeito. O negócio era usar tudo no automático.

Andei com esta câmera pra lá e pra cá por alguns anos, inclusive gerando briga nas viagens porque ninguém queria carregá-la por conta do peso, mas rendiam lindas fotos mesmo no automático.

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San Francisco, 2014, com a minha D90 (pouco antes da aposentadoria).

Quando fui para San Francisco pela primeira vez, em julho de 2014, já na era deste amado blog, estava decidida a comprar uma câmera nova que fosse mais moderna e mais leve.

Minha amiga Mari, que manja muito de equipamentos, me ajudou a escolher uma Canon G16 e com ela tenho sido muito feliz, desde que ela não dê erro no cartão de memória, rs!

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Inhotim, em Minas Gerais, 2016, com a G16.

Nas últimas férias, agora em abril, estava decidida a comprar uma nova câmera, pois não dava para mandar esta que eu tenho para o concerto sem ter outra para registrar as imagens do blog e, muito importante, registrar momentos da nossa vida e das viagens que fazemos.

Não é que tudo se resolveu foi com um novo celular? Os cliques que a Ane fez com um iPhone 7 Plus e que estão neste post me fizeram ir no mesmo dia a uma loja da Apple e comprar um pra mim (sério!).

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Um registro com um iPhone 7 Plus da minha G16, que anda sempre comigo. Tá com defeito, mas ainda é muito querida!

E aí, desse jeito inesperado, tantos anos depois, o bichinho da fotografia me mordeu de novo. Com um celular. Tenho registrado mais, me dedicado mais (quem me segue no insta deve ter notado algumas composições, coisa que eu nunca fazia).

Percebi que tantos outros assuntos ganharam importância na minha vida e a fotografia sempre ficou num cantinho, sendo coadjuvante, esperando a hora de voltar com tudo. É como se a parte de mim que eu tinha jogado fora tivesse sido resgatada.

Oficina de Foto e Texto com Celular

No último sábado, participei de uma Oficina de Foto e Texto com Celular, das maravilhosas Mayara e Carla e posso dizer que cumpriu a missão de me atualizar e me apaixonar mais um pouco, podendo tirar melhor proveito dos recursos que eu já tenho.

A oficina é voltada aos empreendedores criativos e eu fui até lá pensando em desenvolver melhor os trabalhos aqui do blog e também das redes sociais. Mas consegui mais: a felicidade de voltar a aprender algo sobre fotografia depois de tantos anos! É um daqueles momentos em me sinto mais viva, sabe? Foi um dia super gostoso, com muita gente bacana e empenhada em desenvolver seus negócios e mostrar suas ideias do melhor jeito possível.

A parte do texto da oficina é igualmente importante e igualmente bem estruturada, vejo que tenho pensado com mais carinho ainda sobre o que escrevo! A foto que postei como resultado dos trabalhos do dia foi esta:

Então, em meio a tantas ideias que têm passado pela minha cabeça atualmente, abri um espacinho para algo que voltei a amar e que quero voltar a praticar, pois não quer dizer que já reaprendi tudo, né?!

E você? Tem a sensação de já ter deixado algo que era importante para você no passado?

(Antes de encerrar este post preciso fazer menção honrosa a dois outros equipamentos subutilizados que temos em casa: uma Diana F da Lomo – esta da foto do início do post e que clicou no máximo um filme – e a Instax que amo mas sempre esqueço de usar!)

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Katia Linden
Sou de São Paulo, publicitária de formação, professora de costura por paixão e escolhas da vida. Sou também várias outras coisas por convicção: feminista, mãe de cachorros, tatuada, amante de música, viciada em Grey's Anatomy, costureira, modelista, consultora de estilo e (também, ufa) autora deste blog.
Sobre o Blog ⟩
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