Olá!
Eu estava lendo o post “Mania da Repetição”, da Ana Soares, sobre a quantidade de blusas pretas que ela tinha no armário e toda a reflexão sobre zonas de conforto e sobre a preguiça que todos nós temos em diferentes graus na hora de vestir. Super recomendo a leitura!
Lá no final ela lança a pergunta: “E você, tem alguma mania no guarda-roupa?”
Antes mesmo de chegar no fim do texto, eu me peguei pensando que desde que eu comecei a costurar eu compro muitos, mas muitos tecidos estampados… E que eu tenho peças estampadas lindas individualmente, mas que eu custo a usar por ter dificuldade de combinar, de tanta estampa que existe por aqui.
Quando eu estou em uma loja de tecidos, no meio de um monte de estampas lindas, é quase impossível eu pensar “nossa, que tecido preto liso incrível!”. Eu sou assim, confesso! Só compro o tal tecido preto liso quando eu realmente preciso, como aconteceu recentemente no caso do forro da jaqueta bomber. Pois é, para usar em um forro ainda por cima.
Eu também tenho mania de usar vestido direto há uns 6 anos. Quando eu era mais nova eu não tive muitos vestidos, mas os poucos que tive sempre me deixavam com a auto-estima lá em cima. Hoje em dia, que eu posso praticamente controlar o que eu visto – ou eu compro ou eu mesma faço – eu não passo vontade nenhuma. Aí tem vestido até não poder mais no meu armário.
Eu concluí que os vestidos viraram a minha “muleta”. Se eu não sei o que vestir, pego um vestido que eu sei que fica bom em mim, coloco um calçado que combine (sem pensar muito, provavelmente repetindo pela milésima vez a mesma combinação) e vou embora resolver a vida. Ou seja, a “muleta” de muita gente que é o jeans ou a roupa preta, para mim é o vestido.
Por isso de tempos em tempos eu procuro fugir de comprar um vestido novo ou de costurar mais um. Mas numa ocasião mais especial, num dia mais festivo, é nele que eu penso, não tem jeito!
Outra zona de conforto que eu estou procurando sacudir é a das cores para as quais eu não dou muita bola. Essa coisa de quase não vestir preto é até tranquilo. Eu não costuro quase nada em preto já que dificilmente compro tecidos pretos, mas tenho algumas peças compradas no armário que acabam resolvendo. Enfim, eu resolvi que em 2015 vou usar uma cor que eu simplesmente não tenho nada: o amarelo.
Quando eu era loira eu usava amarelo numa boa, depois que fiquei ruiva eu não consegui mais, não sei por que. Até que um dia, tomando café em Berlin, passou uma moça ruiva com uma roupa de cor mostarda, com um jeitão bem anos 70, e eu amei muito. E me vi querendo usar a mesma cor. Não tenho vontade ainda de usar outras tonalidades do amarelo, só o mostarda. Isso se refletiu nas últimas compras de tecido, onde a cor apareceu um tiquinho (como em algumas folhas da malha de algodão que virou vestido e entre outras cores no lenço) ou apareceu como a cor principal em dois tecidos estampados e um liso. A muleta do tecido estampado ou do vestido está lá, mas com um desafio de ter uma cor nova.
Aí veio lá do fundo da memória uma página da revista Elle com a cor mostarda como tema, combinada lindamente com azul marinho e com vinho, cores que eu amo. Pena que eu não achei a imagem para colocar aqui, mas são combinações que eu quero muito fazer. Para quem se interessar pelo tema “como combinar a cor mostarda”, este post aqui, da Oficina de Estilo, tem dicas e imagens inspiradoras!
Ainda não costurei estas peças pois estou adiando um pouco a costura de roupas novas, mas estas serão as primeiras da fila! O vestido em malha com as folhas coloridas e o lenço com toques de mostarda já estão prontos e em uso!
E assim eu estou procurando não ficar nas minhas manias de sempre para me vestir (e consequentemente, para costurar também).
Eu termino este post repetindo a pergunta da Ana Soares: Quais são as suas manias? Já pensou a respeito delas?
Beijos!