Olá!
Eu contei dia desses (aqui) que eu comprei um apetrecho vintage para a minha Velhinha, um aparelho para fazer ziguezague. Eu sempre tive curiosidade como é que uma máquina que só costura reto passaria a costurar “para os lados”, sabe?
Pois bem, dia desses, a imagem da caixinha me saltou aos olhos no Instagram do Superziper. Eu já tinha ouvido falar do aparelhinho antes, mas naquela hora me deu um estalo de ir atrás (detalhe, no mesmo dia que comprei minha máquina de overloque). A Andrea me deu o contato, liguei lá e pedi para reservar.
Comprei feliz da vida em uma loja de antiguidades na Lapa, pertinho do Senac de lá. Fui super bem atendida e acabei trazendo também duas caixinhas extra de discos-matrizes:
Em casa, antes de sair costurando com as pecinhas lindas, li o manual de como instalar e como manusear os discos.
Como máquinas bem antigas originalmente só costuram reto, elas só possuem ajuste de comprimento do ponto. O aparelho passa a oferecer a regulagem de largura do ponto (entre W, M e N, que compreendi como sendo Wide, Medium e Narrow – Largo, Médio e Estreito). A outra variação é o desenho formado pelo ponto, que você consegue ao trocar os discos.
O encaixe do aparelho lembra muito o encaixe do pé para quilt reto, que usamos para que camadas grossas deslizem por igual. Prende-se no parafuso que segura a agulha (à direita) e no parafuso que prende o pé calcador (à esquerda).
O manual veio super explicado (#ficaadicasinger #volteaosbonstempos), tanto para montar o aparelho na máquina de costura e trocar os discos quanto para mostrar os pontos que cada disco faz e em que tipo de costuras podem ser usados.
À medida que você acelera a máquina para costurar, a engrenagem comandada pelo disco direciona o pé calcador de forma a montar o desenho pretendido. Por isso o disco vai girando enquanto o pé calcador desloca para a esquerda e para a direita. Uma engenhoca muito interessante!
Nos primeiros testes, usei um tecido de algodão bem fininho. Como a minha máquina trepida um pouco por ter motor elétrico, achei difícil controlar e deixar os pontos bonitinhos e sem franzir o tecido mais delicado.
Depois, retomei os testes dos discos em um pedaço de linho, um pouco mais grosso. Consegui um resultado um pouco melhor, que dá para ver nesta amostra:
Numa terceira rodada de testes, que eu fiz com a intenção de gravar um outro vídeo, só que com a câmera, mas não tinha ângulo para segurar a câmera ou prendê-la enquanto pilotava a máquina…. Produzi um “catálogo”com amostras (onde anotei as combinações de largura e comprimento de ponto), caso eu queira repetir. Ficou assim:
No fim das contas, não queria deixar esse post sem alguma coisa além das amostras para mostrar. Peguei um quadrado de linho, colei uma entretela atrás e fiz a volta com o disco do “ponto dominó”. Acabou virando um porta copos, rs!
Minha Velhinha foi comprada pela minha mãe e meu avô em 1962. Será que eles imaginavam que ela estaria em pleno funcionamento em 2014, com peças legais como essa e com motor?
Como admiradora de certos tipos de antiguidades, inclusive as que estejam ligadas à costura, fiquei bem feliz por encontrar este aparelho em ótimo estado, praticamente novo (se não estava sem uso) com manual de instruções e até os certificados de compra do ano de 1959!
Muito legal, né?!
Eu amei!
Beijos!