Olá!
Tudo bem?

Espero que este post chegue até você em um bom momento! Este texto foi escrito e enviado inicialmente na minha newsletter na semana passada, mas achei por bem colocá-lo aqui também para poder encerrar o ano de alguma forma aqui no blog também!

O primeiro semestre deste ano não foi fácil: entrei em 2022 vivendo o luto da perda do meu doguinho Luke, tive covid em janeiro e aí convivi com a tal covid longa por alguns meses.

O ritmo diminuiu sem que eu tivesse escolha, o corpo simplesmente não acompanhava. A cabeça também não andava bem por conta da dificuldade de me concentrar e também estive com os pensamentos perdidos neles mesmos quando as pendências da vida foram acumulando…

Fiquei com problemas de circulação, um inchaço enorme nos tornozelos e muita dor nas pernas. Eu achava que era o cansaço por conta do covid, mas ao final vi que eram varizes que tinham se tornado sintomáticas. Lá fui eu tratar.

Tenho me sentido um tanto melhor, apesar de nunca ter me sentido devagar fisicamente por tanto tempo. Nesses meses mais lentos eu não parei de trabalhar, segui dando aulas. Só que tive dificuldade de fazer coisas novas e também de acelerar o ritmo no geral.

Aí, em julho, machuquei o joelho. Tratei direitinho e procurei seguir com a vida o mais normal possível. Fiquei desesperada no dia em que me machuquei, foi uma entorse boba mas que doeu demais por ter virado uma baita inflamação. Nos dias seguintes, o desespero foi passando. Ali em setembro, vi que ficaria tudo bem quando recebi alta do fisioterapeuta.

Ao ter que adotar mais uma vez um pouco de lentidão, me vi exercitando a paciência por não ter como ser rápida e por não estar dando conta de tudo, mais uma vez. A frustração muitas vezes tomou conta. Só que, ao adotar essa desaceleração forçada, me dei o direito de observar com carinho o que estava em minha volta, procurei não me cobrar em ser produtiva o tempo todo. Voltei a ler mais e a deixar o celular um pouco de lado.

Desde então, me organizei para resolver as muitas pendências pessoais. Consegui fazer muitas coisas importantes, apesar desta fila nunca terminar, pois é assim que funciona a vida adulta, rs. Aí comecei a dar conta de pendências do trabalho, das coisas que quero colocar no mundo. Voltar a mandar minha querida newsletter e postar aqui no blog estão no topo da lista, inclusive.

Sigo cuidando da saúde e acho que os piores dias ficaram para trás. Coloquei como prioridade resolver tudo o que posso fazer por mim mesma para me ajudar a ter dias mais tranquilos no futuro: exames, tratamentos, melhorias no trabalho, tempo pro lazer, tempo pra voltar pra academia, tempo pra cuidar da minha espiritualidade, tempo de qualidade com quem eu gosto.

A foto aí em cima foi de um momento de contemplação, num domingo de sol em que eu fiquei deitada na grama debaixo desta árvore, admirando a Leia roendo um graveto enquanto um ventinho gostoso passava pelo meu rosto. Um momento simples e que eu não vivia há muito tempo, sempre tomada pela aflição de ter tantas coisas pra dar conta. Ao voltar pra casa renovada, fiz um tanto do que tinha me proposto fazer, mas com uma energia totalmente diferente.

Aí que me dei conta que, mesmo que o meu corpo já não seja mais o mesmo depois do covid, minha cabeça nunca esteve tão em paz. Um sentimento de completude que nunca tinha passado por mim: não me falta nada emocionalmente, finalmente. Assim fica mais fácil fazer planos pro futuro, mesmo que a gente esteja no Brasil, levando praticamente um susto ou uma porrada por dia.

O sentimento de pertencimento é algo que permeia todos os meus dias. Estou em lugares e em relacionamentos onde eu sou eu mesma 100% do tempo. E ter esta constatação há uns dois meses atrás foi algo incrível para mim também.

Sigo encantada pelas pessoas que passam pelas minhas aulas, com suas histórias de vida e com as razões individuais que as fizeram querer costurar. Porque nunca é só sobre a técnica de costura, têm sempre mais coisas envolvidas nessa escolha.

Assisti uma série na Apple TV+ chamada Ruptura e lá tratava de separação da pessoa do trabalho da pessoa fora dele (na série, uma distopia, havia uma separação real no cérebro das pessoas). Me colocou muito pra pensar e eu vi que um tanto de força que eu arranjei pra lidar com os problemas sucessivos de saúde veio da energia que eu recebo nas aulas e de quem convive comigo fora do trabalho. Se eu vivesse uma separação assim, talvez eu nunca experimentasse a sensação de completude que tenho agora. Um tanto do encanto durante o trabalho alimenta a vida fora dele, e vice-versa.

Quatro anos atrás eu cuidava – de maneira nada planejada, já que um divórcio rápido porém dolorido aconteceu na época – de chegar a esse ponto e eu me sinto feliz por esse momento tranquilo ter chegado e por eu ter essa consciência hoje. Isso porque ninguém imaginava ainda ter uma pandemia no meio, pra desafiar a gente ainda mais.

Quando comecei a pensar em novidades no trabalho, foi logicamente por questões estratégicas, práticas e financeiras também. Mas quando eu estava afundada em questões de baixa autoestima, carência e culpas antigas e descabidas que eu carregava, não havia espaço para nada de novo, só de tocar adiante (mesmo que sempre com muito carinho).

Então, conciliando isso tudo conforme dá, tenho pensado em algumas coisas e estou trabalhando para colocá-las em prática. Quando for possível, contarei as novidades por aqui!

Mas, por hora, queria contar como estão as coisas por aqui e também lembrar que os comentários estão  sempre abertos para um bom papo!

Sempre fico muito feliz quando consigo vir aqui mandar um oi pra quem me acompanha e te agradeço muito por estar sempre presente!

Desejo para você Boas Festas e que 2023 seja um ano de muita paz, tranquilidade, saúde, alegrias e coisas bonitas!

Um beijão e até janeiro!