A louca dos tecidos

Já faz um tempo que eu percebi isso, mesmo assim não consegui controlar por completo: comprar tecidos em velocidade maior do que eu consigo costurá-los. Alguns foram comprados em viagens recentes nas quais eu não queria perder a oportunidade, mas outros são nacionais e mais acessíveis.

O mais engraçado é que ao separar dois tecidos novinhos para um projeto que estava parado (e eu tenho vários, que medo!), eu comecei a perceber que não só eu tenho muito tecido parado pro meu gosto como eu sigo alguns padrões:

* A mania do azul, cor clássica, linda e eterna, me perseguiu por 2012 inteiro e ainda deixa resquícios:

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Algodão estampado Liberty, algodão japonês estampado comprado na Paulínia e popeline com estampa de Paisley da Liberty

* Pra deixar de comprar tecido azul, passei a comprar tecidos vermelhos e vermelhos com pink (na foto parece tudo vermelho, nhé…):

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Algodão para Patchwork com estampa floral vermelha da FabriQuilt, algodão com estampa floral da Liberty, algodão vermelho liso nacional, algodão com estampa de sakuras da Liberty.

* Não contente, juntei uns verdes pelo caminho:

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Chiffon verde/azul petróleo da GJ, algodão verde estampado importado, crepe verde da GJ e algodão estampado de plantas Liberty

O que me aliviou é que ao olhar pra todos eles mesmo depois de um tempo que foram comprados, nenhum causou arrependimento. Outra coisa boa foi ver que eles podem ser coordenados entre si, o que pode ajudar a aproveitá-los melhor.

O verde com motivos pequenininhos ia pra um dos vestidos que tenho o molde esperando. Por causa da largura menor (1,15m) não vai rolar. Procurei outra opção e o pink e vermelho com sakuras passou raspando, mas usando o vermelho liso no mesmo projeto, vai dar certo!

Alguns foram comprados pra serem usados quase que imediatamente, então não me preocuparam.
O crepe verde liso já está virando vestido na aula de costura e o verde (ou azul?) petróleo já foi cortado e vai virar uma blusa.

Como tenho planos de começar a fazer aulas de Patchwork em breve, comecei a juntar aqueles conjuntinhos de pequenos cortes de tecidos coordenados:

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Conjuntos comprados no 7o Brazil Patchwork Show

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Acima, conjunto de retalhos English Roses da John Lewis e conjunto de lona de algodão Cath Kidston, comprados em Londres. Abaixo, conjunto de tricoline do Fernando Maluhy

Estou com dó de cortar os tecidos dos conjuntinhos que comprei em Londres (por quê, meu Deus?!). Mas é só eu encontrar o projeto certo pra cada um eles que a tesoura vai trabalhar bastante!

Detalhe: note que a pessoa só compra praticamente motivos florais. Hahahaha!

Os tecidos novos cabem todos em uma caixa organizadora grandinha, os conjuntos para Patchwork estão lá também. Os retalhos estão em duas caixas menores. Pra uma pessoa só costurar, eu acho bastante, mas tenho pensado bastante em forma de conseguir dar conta deles antes de comprar outros.

Continuar a procurar uso para os tecidos e projetos parados em 3… 2… 1!!!

Beijos e ótimo final de semana!

Como é o meu vestir em 2023
10 anos de blog – O que vem depois?
As costureiras contemporâneas

Um dia você aprende a costurar e a sua mãe (referência maior do assunto) acha legal, mas não parece se relacionar tanto logo de cara, pois as costuras de cada uma são bem diferentes.

Você não entra num curso de corte e costura tradicional, mas chega num ateliê onde aprende um tanto sobre máquinas e técnicas, perde o medo de usar uma máquina de costura e logo se aventura a presentear as amigas queridas com organizadores de bolsa, faz capa com matelassê pro iPad, encontra um molde fofo na internet pra fazer vestido pras pequenas da família (usando tecido comprado numa loja virtual dos Estados Unidos).

Você percebe que o método de usar uma máquina e o mais básico da costura permanece o mesmo como saber identificar frente e verso de um tecido, o fio do tecido, as ferramentas, mas nota que a cabeça das costureiras de hoje parece ser muito diferente. A gente quer fazer muito mais e fazer diferente, mas sem perder os aspectos “de sempre” que valem muito a pena.

Tempos atrás, eu não sabia de mais ninguém que tinha um cômodo da casa só para costurar, não só pela questão do espaço disponível em si, mas pela prioridade em reservar um espaço da casa para uma máquina de costura e seus apetrechos.

Ao passear pelo meu pequeno quarto de costura, dá pra ver que convivem harmoniosamente o telefone de disco (que hoje funciona só pra receber ligações, graças à linha da Net que é só digital), a máquina de costura de 51 anos de idade, o Grande Livro da Costura de 1979 e também o iPad, o Dock do iPhone, a câmera digital, e os achados proporcionados pela internet e viagens de uns anos pra cá.

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A amiga de costura proporciona belas desculpas para uma saída de casa com moldes e tecidos dentro da mochila. Outras amigas de costura te dão a deixa para viajar e conhecer lugares novos e, sim, costurar fora de casa.

Todas essas amigas têm casa pra cuidar, responsabilidades do trabalho, cuidar de filhos, bichos e maridos e ainda assim costuram sempre que dá um tempinho. Felizmente, algumas delas conseguiram transformar o hobby em trabalho, o que eu acho incrível.

Ainda assim, com tanta coisa prontinha e resolvida em uma rápida ida ao shopping, a satisfação de ter, usar ou dar algo que foi feito por você mesma é uma delícia!

Agora que estou aprendendo modelagem feminina e tenho uma máquina com recursos mais parecidos com a máquina da minha mãe, nós duas estamos sempre trocando figurinhas sobre como usar isso ou aquilo, como fazer um ajuste naquela roupa que já é bonita pra ficar ainda melhor…

Eu considero a costura uma terapia, pois não dá pra comer enquanto se costura (sim, o regime agradece!), dá pra ocupar muito bem o tempo e sair com algo lindo no final.

A internet ajuda muito a encontrar novidades para costurar, tecidos lindos vindos de longe, dicas para deixar o projeto perfeito, mas ainda não dispenso uma boa aula, hoje em dia acontecem num ambiente com cara de casa e jeitão offline…

Também não dispenso os livros e revistas, adoro folhear calmamente e encher de post-its os que mais me agradaram e que podem ser feitos no futuro!

Enquanto eu costuro eu costumo ouvir música, geralmente Punk (Ramones, The Clash, New York Dolls), alguma artista maravilhosa de Soul (Aretha Franklin, Etta James, Amy Winehouse) ou minhas bandas de Rock favoritas (Red Hot Chilli Peppers, Foo Fighters). Mas quando o dia não está aquela maravilha eu procuro algo calminho e um sonzinho da Norah Jones ou do Eddie Vedder, junto com o barulho do motor da máquina, vai me deixando melhor.

Aí na pausa para o café, uma passada rápida nas redes sociais, uma fotinho da produção do dia pra postar no instagram e uma anotação no caderninho de uma ideia nova de post.

Pois é, as costureiras contemporâneas são assim… E eu sou muito feliz por ser uma delas!

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Ponto cruz moderninho virou quadro

Beijos e até o próximo post!

11 Anos de Blog!
Como é o meu vestir em 2023
Costuras da Semana!

Olá!
Semana passada, continuei a trabalhar na minha base de corpo, que na verdade é uma base de vestido reto, ajustada às minhas medidas e contornos. Cada corpo tem suas particularidades e assim também eu pude conhecer cada uma das minhas, hehehe!

Estou bem animada, pois agora poderei criar variações diversas que terão um bom caimento!
Dá um trabalho danado fazer, mas vale muito a pena!

Aprendi também a fazer manga (eu acho até que aquele problema da blusa com peplum que eu contei na semana passada deve ter a ver com o fato que eu nunca tinha feito uma manga na vida, rs!)

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Manga “em andamento”

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Aqui a base com corte princesa e manga, ainda em andamento, eu tinha costurado em casa e estava provando na aula para marcar os ajustes finais a serem feitos. (A roupa de baixo escura é pra dar um toque especial, só que não, hehehe!)

Na aula de amanhã começarei um vestido reto num tecido verde esmeralda (que eu amo bem antes de ter esse nome incrementado, rs)!

Acabei não conseguindo costurar mais coisas na semana que passou pois eu também estudo alemão (aprender coisas fáceis: não trabalhamos, rs!) e eu tive prova, então um fiquei um bom tempo em cima dos livros…

Mas passada a correria da prova de alemão, fui visitar o 7o Brazil Patchwork Show (por que Brasil com “z” gente?). Muita coisa bonita, muitos tecidos que eu já conhecia e alguns novos também.
Não tirei fotos de nada, a não ser do espaço lindo da Lu Gastal!

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Voltei pra casa com uma maçã perfumada da Lu Gastal, já foi direto pro cantinho vermelho da minha casa…

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…e alguns conjuntos de tecido para Patchwork que vão esperar as aulas chegarem para serem usados

Além disso, aproveitei para pegar contatos das lojas que tinham tecidos bacanas, para poder visitar pessoalmente depois.

Outra coisa que eu achei legal: ao visitar o stand da Singer, expliquei que estava tendo dificuldades com os pontos da Novinha e recebi um cartão para fazer contato com uma assistência técnica autorizada que dá um curso completo sobre o manuseio da máquina, inclusive na parte dos pontos! Quero fazer isso o quanto antes, depois conto aqui!

Não é costura, mas me deixou feliz: Desde que meu cachorro mais novo veio aqui pra casa, muitas coisas tiveram que mudar de lugar para que ele não destruísse, como as minhas orquídeas que foram morar na janela do meu quartinho de costura… Todas elas chegaram lá semi-destruídas pelo “rapaz”, rs!

As plantinhas gostaram muito dos novos aposentos e semana passada abriu uma flor em uma delas (note que ela quase não tem folhas, não sei como não morreu, mas lá está a orquídea linda)!

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Está sendo uma delícia costurar com a orquídea nova na janela

Hoje, vou tirar o molde de um projeto que estou fazendo junto com a Ana, uma blusa fofa saída de um livro mais fofo ainda (que com certeza vai render post de “Livro do Mês”!). Os materiais já estão comprados, esperando apenas que a gente coloque as mãos na massa!

Desejo a você uma linda semana!
Beijo!

Como é o meu vestir em 2023
10 anos de blog – O que vem depois?
Katia Linden
Sou de São Paulo, publicitária de formação, professora de costura por paixão e escolhas da vida. Sou também várias outras coisas por convicção: feminista, mãe de cachorros, tatuada, amante de música, viciada em Grey's Anatomy, costureira, modelista, consultora de estilo e (também, ufa) autora deste blog.
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Um manifesto para 2022
Vencendo a minha maior resistência: vender!