Às vezes a gente bate o olho num molde e quer fazer do jeitinho que ele foi criado. Tem vezes que a ideia está certinha na nossa cabeça, mas falta algo para executar (um molde legal ou o tecido ideal, por exemplo). Outras vezes, as inspirações vão aparecendo em momentos diferentes e se acumulando. Ao juntar tudo, vem a ideia do projeto ideal. Pois é, para fazer esse vestido de moletom foi desse último jeito.

Tenho visto alguns looks legais com vestidos de moletom, principalmente da Carla Lemos, do Modices. Eu adorei a ideia de usar assim e fugir do moletom que a gente só usa para ficar em casa, sabe?

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(Fontes: esta e esta)

E faz tempo, eu acho que há uns quatro anos atrás, comprei apliques de renda creme na região da 25 de março e apliquei à mão numa camiseta cinza mescla da Hering. Até hoje é uma das camisetas que eu mais uso. Tem foto dela no Me Made May deste ano aqui.

Tempos depois, mais precisamente do ano passado pra cá por conta de ter comprado a overloque, praticamente engatei uma costura de malha atrás da outra.

Veio o projeto do top cropped de moletom, que eu uso muito, e o que sobrou de tecido daria fácil para fazer algo maior, como um vestido. Segurei a ansiedade e deixei a mente viajar um pouco para chegar a um bom projeto.

Aí vem o pessoal com quem estudei nos tempos do colégio agitar um reencontro e eu topei na hora! Era a desculpa ideal para fazer algo para vestir no evento, sabendo que seria um churrasco e que não precisaria ser algo mega arrumado.

Eu fui adolescente nos anos 90, uma época em que a gente vestia moletons largos e roupas meio detonadas. Algumas coisas até voltaram a estar na moda hoje em dia, o que me causa alegria mas também estranhamento, pois cheguei a um ponto em que o vintage e o retrô “da vez” alcançaram uma época que você já viveu. Até isso acontecer, é legal experimentar vestir coisas de tempos que você não viveu porque acaba sendo uma grande novidade. Por isso mesmo é legal e ao mesmo tempo nostálgico voltar a vestir algo que você usou 20 anos atrás porque voltou a ser legal.

Devaneios à parte, sei que se não fosse por este post, ninguém ficaria sabendo que a minha mente viajou tanto para chegar a este vestido de moletom. Coisa linda a imaginação fértil da gente, né?! Só sei que o resultado ficou exatamente como eu queria! E o melhor, eu me sinto muito bonita quando eu o uso, mesmo sendo algo que pode ser visto como extremamente simples aos olhos dos outros.

A modelagem desta peça foi uma grande variação do top cropped da Colette – que eu acho que veste muito bem como um todo – com a modelagem a partir da cintura toda feita por mim. Para remeter às blusas de moletom, coloquei a barra mais larga tanto na parte de baixo do vestido quanto nas mangas 3/4, meu vício mais recente, rs!

Depois de costurado, apliquei as rendas à mão, feliz da vida porque o vestido que eu tanto queria e tanto tinha imaginado agora fazia parte das peças mais queridas que costurei!

Aproveitei para testar um look monocromático, coisa que quase nunca faço, já que meu tênis favorito é cinza mescla também. Para dar uma corzinha no rosto, batom mais aparecido. Com o ventinho frio do fim do dia, quebrei a cor única do look com a minha amada jaqueta bomber. Olha só como ficou!

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Vestido: Moletom cinza mescla comprado na Mediterrâneo (Bom Retiro – SP), apliques de renda comprados na região da 25 de março (faz tempo, não lembro a loja exatamente). Molde feito por mim.
Jaqueta Bomber Quiltada: tecido de algodão Liberty (comprado em Paris). Molde da Papercut Patterns – Rigel Bomber Jacket – e adaptação para ser forrada e quiltada do blog da Liberty.
Tênis: Adidas
Brincos e Anel: Camila Klein
Batom: Flat Out Fabulous (MAC)

Aqui, uma foto junto com a galera, incluindo os filhotes da turma!

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Antes de concluir, preciso colocar uma trilha sonora, até porque realmente mergulhei mesmo na nostalgia dos anos 90 enquanto fazia o vestido. Então lá vai uma das músicas que embalaram o projeto para quem quiser relembrar ou sentir um pouquinho do mood da época, se for o caso!

“1979” – Smashing Pumpkins Curiosidade e nostalgia: Eu sempre amei essa música porque o título dela é o ano em que eu nasci. Quando eu e o Ricardo começamos a namorar em 1996, essa música fez muito sucesso e ouvíamos muito este álbum inteiro!

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Beijos!