Look do Dia: Slip Dress de Seda!

 

Depois de alguns anos, consegui retomar mais uma tradição minha que eu tinha e amava: fazer a roupa para usar na virada de ano! Resolvi fazer um slip dress de seda, com um tecido que eu comprei em 2017 exatamente para isso e que ainda não tinha acontecido…

Ainda no pique de ter feito a roupa que usei no meu aniversário (confira aqui), resolvi fazer este vestido durante o meu recesso de fim de ano. O recesso começou com uma última comemoração do meu aniversário (usando uma blusa feita por mim), o Natal em família (quando repeti a roupa do meu aniversário) e, depois de uns dois ou três dias dormindo ou descansando vendo TV em casa, me vi morrendo de vontade de costurar o look do Réveillon. A última vez que fiz isto foi na virada de 2019 para 2020, quando fiz um outro slip dress, só que de paetês (veja aqui).

Ter costurado este novo vestido me fez muito bem e me fez pensar por que eu demorei tanto para fazê-lo, já que ele sempre esteve nos meus planos. Enquanto eu não queria nem me olhar no espelho (contei mais aqui) eu realmente não considerava fazer um vestido bem com energia de gostosa, ainda mais em uma cor vibrante e com uma estampa super festiva. Hoje em dia me vejo neste lugar de novo, que bom que eu o fiz!

O VESTIDO DE SEDA

Fazer este vestido foi um processo muito gostoso, como sempre! Teve emoção porque “roubei” um pouco do tecido em questão lá em 2021, quando fiz uma blusa para estrear na festa virtual do aniversário do blog (prometo fazer um post sobre a blusa). Por isso foi difícil executar o plano de corte, já que o vestido foi cortado no viés mas, com as devidas manobras minhas, eu consegui!

Do projeto original, precisei encurtar 10cm na barra e a parte interna do decote da frente tem uma emenda, mas que não aparece ao vestir. No fim das contas, considero que saí no lucro, pois consegui espremer duas peças lindas e bem diferentes entre elas em um tecido lindo e muito especial.

O molde do Sicily Slip Dress tem duas variações: versão midi com alças fininhas e a versão na altura do joelho com a parte de cima como uma regata. Ambas são cortadas no viés e possuem este decote degagê, que forma um lindo drapeado na frente. O meu vestido virou a mistura das duas versões, já que fiz na altura dos joelhos (para fazer caber no meu tecido) e com as alças fininhas.

O tecido é um cetim de seda da Liberty que comprei quando fui para Londres em 2017. Naquela época, já não queria mais as tradicionais florzinhas no armário (apesar de ainda achá-las lindas, até hoje) e achei esta estampa de fogos de artifício muito fofa e festiva. O fundo do tecido é um azul vibrante, mais para o azul anil por ser meio arroxeado, mas lembra também um azul royal. Além do brilho habitual do cetim, o tecido também tem listras bem discretas.

(Clique em uma das imagens para ver em tela cheia)

Eu já tinha o molde impresso em casa pois uma aluna minha fez este vestido há uns anos atrás (então eu sabia que ele daria muito certo). As instruções são ótimas, principalmente pelas dicas sobre como trabalhar com tecidos no viés, que certamente serão muito úteis para quem não estiver acostumada com toda a desobediência do tecido nesse sentido do fio.

Fiz o vestido entre os dias 28 e 31/12 e ficou pronto a tempo de eu receber minha mãe, meu irmão e minha tia para passarem a virada aqui em casa. No dia 31, a única coisa é que eu passei com o vestido ainda com uma barrinha temporária, pois roupas no viés normalmente distorcem e o ideal é deixar a peça pendurada num cabide por 24 horas para “despencar” o que tiver que “despencar”, antes de fazer uma barra definitiva.

Aí fiz isso (o vestido passou foi uns dois ou três dias pendurado porque esqueci) e, uns dias depois, acertei a barra tanto por ter ficado assimétrica quanto por estar no meio do joelho (ou seja, nem midi nem acima do joelho, o que não dá muito certo). Fiz uma barra lenço caprichada e, no fim de semana passado, usei novamente para poder fazer mais fotos.

Usei uma agulha 12 novinha para costurar a peça e tudo foi alinhavado antes de ir para a máquina. As costuras laterais foram feitas com costura francesa, para dar o melhor acabamento em uma peça especial como esta. Se quiser ver todo o processo de fazer este vestido, salvei neste destaque do meu instagram. Levei entre 7 e 8 horas para fazê-lo.

(Clique em uma das imagens para ver em tela cheia)

LOOK DO DIA – REVEILLON E UM SÁBADO ESCALDANTE DE VERÃO

Na virada do ano, não consegui me maquiar nem fazer nada de diferente no cabelo pois tinha uma pequena ceia para fazer. Usei o vestido com uma barra provisória com pontinhos à mão, meu tênis preto nada básico e brincões nos mesmos tons do vestido.

Fiz um tender com molho de laranja, batatas ao murro temperadas com tomilho fresco, entradinhas leves e frescas por conta do calor e um pudim de leite condensado. À meia noite comemos romã e tomamos um espumante!

Eu estava me sentindo maravilhosa e potente, uma grande gostosa, kkkkk!

 

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Sábado passado usei o vestido de novo! Fui dar aula na parte da manhã e, à tarde, eu e minha amiga Rosângela fomos no CCBB ver uma linda exposição do Flávio Cerqueira, que está imperdível. A luz no térreo do CCBB estava linda e fizemos as fotos ali mesmo!

Neste dia usei minhas argolas rosê e tênis branco. Até levei um casaquinho branco caso algum ar condicionado estivesse muito gelado, mas isso não aconteceu, kkk!

Mais uma vez, me senti linda com este vestido. É uma das peças mais lindas que já fiz e me sinto orgulhosa de ter usado este tecido como eu tinha imaginado anos atrás. É sinal de que algumas características são nossas mesmo e não se perdem com o tempo. E também é um fato que fico linda de azul!

(Clique em uma das imagens para ver em tela cheia)

Slip Dress em Cetim de Seda: molde Sicily Slip Dress, da Sewing Patterns by Masin, feito em cetim de seda Liberty comprado em 2017.
Brincos: Luiza Dias 111
Tênis: Adidas

A era da energia de gostosa está definitivamente de volta, ainda bem!
Me conta o que achou nos comentários!

Look do Dia: Slip Dress de Veludo!
Look do Dia: Um vestido de paetês para saudar 2020 e brilhar na quarentena
Look do dia – Macacão transpassado de malha!

No ano de 2024, num movimento de recuperar a minha energia de gostosa (contei sobre esse movimento na estreia do meu Substack, confere aqui), resolvi voltar a costurar para mim. Vestir bem hoje o corpo que eu tenho hoje.

Resolvi retomar a tradição de fazer a roupa que usaria no meu aniversário, independente do que eu faria no dia. Retomei também um projeto que estava na minha cabeça há anos: fazer um Kielo Wrap Jumpsuit, da Named Patterns.

UM MACACÃO E MUITAS REVIRAVOLTAS

Fazer esta peça foi concluir uma baita de uma novela. Explico: comprei o molde pela primeira vez no final de 2018, provavelmente empolgada por ter feito um vestido lindo de seda para meu aniversário de 40 anos (que ainda não ganhou um post aqui, me desculpe). Comprei em um marketplace de moldes e, na época, não baixei os arquivos.

Quando voltei a pensar no que eu queria vestir nos tempos pós pandemia, em 2023, o macacão seguia fazendo sentido pra mim. Fui lá atrás do molde e… o site não existe mais! Perdi o que paguei por descuido de não ter feito logo o download dos arquivos. Pior é que tinha comprado um molde de uma blusa junto, que prejuízo…

No fim das contas, em abril de 2023, comprei o molde novamente, agora no site da própria marca e logo fiz o download de tudo, para garantir. Comprei online também o tecido, uma malha que parece um suede, com bastante elasticidade, como pedia o projeto. Apesar do tecido ter o nome da cor de CARMIN, eu tentei me convencer que era mais puxado pra um magenta. Lógico que não era, a malha era vermelha mesmo. Enquanto eu tentava me convencer de que comprei um tecido de cor linda, mas que não fica boa para mim, deixei o projeto de lado de novo, aff.

Nisso, fui passando outros projetos na frente, como a minha saia de tule, uma nova blusa com tecido que eu tinha guardado há anos… e, de tempos em tempos, o macacão voltava nos meus pensamentos. De fato eu tinha que fazê-lo. Enfim, em outubro do ano passado, comprei outro tecido: um moletinho de viscose. A cor que vi no site, para mim, estava entre um verde e um azul, tanto faz para onde “puxasse”, eu ficaria feliz.

Ao finalmente recebê-lo, um azul turquesa mais escuro. Gostei. Aí, finalmente fui fazer o macacão. Esta deve ser a peça mais enrolada de todas, só não ganha da minha manta de hexágonos, kkk

 

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Achei no meu armário do ateliê o molde e as instruções impressos junto com o tecido que comprei errado. Nessa última olhada, é fato que esse primeiro tecido será parte de algum desapego que eu venha a fazer, pra alguém dar um fim bem melhor do que eu daria para ele.

Ao longo de alguns dias (de 31/10 a 23/11), levei 11 horas e meia pra fazer meu macacão. A peça ficou pronta 24 dias antes do meu aniversário. Foi bom eu ter feito antes, com calma, para garantir. Eu sempre chego em dezembro muito cansada e não quis arriscar.

Este dezembro foi tão puxado que nem montar árvore de Natal em casa eu não montei. Não fiz nenhuma festa de aniversário em casa. No dia, comemorei no trabalho, entre as aulas da manhã e da tarde, quando todo mundo cantou parabéns para mim com um bolo delicioso (obrigada Novelaria). À noite, saí para jantar com a minha mãe e meu irmão num restaurante que gostamos muito. No sábado seguinte, saí com minha amiga Rosângela (tem post da blusa que usei no dia aqui).

 

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Não me culpei por não ter feito as mil comemorações que sempre faço. Acho que a maturidade me fez entender que, mesmo que à distância, quem quer se fazer presente vai se fazer presente. Não preciso dar um monte de opções de comemoração para torcer que as pessoas compareçam em ao menos uma delas, sabe? Faz pouco tempo que enxerguei isso, mas sempre usei o fato de ser sagitariana festeira como desculpa… O cansaço também me fez pensar em fazer o que estava ao meu alcance e, neste ano, foi isso que eu pude fazer.

O MACACÃO DE MALHA

O molde oferece algumas variações: tem a versão vestido midi e a versão macacão, com ou sem mangas. Escolhi fazer o macacão sem mangas. A modelagem é super bonita, eu gostei bastante. A única coisa que não gostei foi que todas as variações estão em um arquivo só, o que me fez traçar com uma caneta fininha o que eu queria fazer. Assim mesmo, cheguei a copiar a cava da frente errado, mas deu para resolver pois eu queria a mais aberta e tinha copiado a mais fechada. Preferia que as versões estivessem separadas, no fim das contas.

Usei um moletinho de viscose com bastante elastano e fechei a peça na overloque. Encantada, como eu costumava chamar minha overloque lá no começo, estava encantada mesmo. Ela estava um pouco desregulada e pedindo por uma revisão. Consegui costurar a peça, mas passei um tantinho de raiva, rs. Nada que a peça pronta e uma revisão logo no começo do meu recesso de fim de ano que não tenham resolvido, hehehe.

Costurei e rebati o revel interno todo na máquina de costura e também fiz a barra com agulha dupla nela. Mostrei todo o processo nos meus Stories ao longo dos dias e salvei neste destaque.

Foi meio complicado fotografar a peça sem estar no corpo mas acho que consegui, rs,

(Clique em uma das imagens para ver em tela cheia)

Os aspectos que eu mais gosto: A possibilidade de ajustar ao corpo através da amarração, tendo a área da cintura mais larga (tanto que no molde indicam pegar a principal medida como sendo a do busto, já que a parte de cima é mais ajustada) e a abertura das costas com apenas um botão em cima que, além de eu gostar muito, faz com que o vestir seja mais simples (ninguém merece zíper no centro das costas, ainda mais se for invisível).

LOOK DO DIA: MEU ANIVERSÁRIO E NATAL EM FAMÍLIA

Saí feliz da vida para trabalhar no dia do meu aniversário, sendo que eu dei uma aula de manhã e outra à tarde. Cantamos parabéns com bolo na hora do almoço, foi um dia muito gostoso!

À noite, saí para jantar com minha mãe e meu irmão e eles morreram de vergonha quando pararam tudo no restaurante para cantar parabéns pra mim. Eles são bem mais tímidos que eu, hehehe.

Usei com este tênis verde que eu amo e trouxe o verdinho pro colar e para as tiras do top que apareceram discretamente pela abertura das costas. Eu amei! Como não consegui fazer fotos no dia, repeti o look no almoço de Natal com a família e pedi pra minha afilhada Ellen tirar as fotos!

(Clique em uma das imagens para ver em tela cheia)

Macacão em malha: molde Kielo Wrap Dress & Jumpsuit, da Named Patterns, feito em moletinho de viscose (92% Viscose e 8% Elastano) na cor Metaverse, da Texprima.
Colar: Caterina foi Passear
Tênis: Adidas

Eu amei ter retomado esta tradição de aniversário e ter concretizado a vontade antiga de fazer esta peça! Eu amei o resultado e vou usar muito!

E você? Tem alguma tradição no seu aniversário?

Look do Dia: Macacão de Moletom (da revista Burda Style)!
Look do Dia: Macacão comprido!
Refiz uma das minhas golas de tricô!

Em julho do ano passado, saí de casa para dar aulas num sábado e depois eu fui com minha mãe e meu irmão no Festival do Japão. Aos sábados eu tenho o costume de ir trabalhar de Uber, basicamente por conveniência e para poder dormir um pouco mais, rs.

Saí de casa agasalhada pois estava bem frio, carregando na mão uma das minhas golas preferidas, feita em 2017. Mas, ao chegar na loja, poucos minutos depois, me dei conta de estar sem ela. Devo ter deixado cair na minha rua ou na rua da Novelaria… Olhei lá na rua e nada. Entrei em contato com a Uber, mas falaram que não tinha ficado no carro. Até pedi pra minha mãe e meu irmão passarem na minha casa para ver enquanto eu trabalhava e nada também…

Enfim, eu tinha perdido uma das minhas golas mais lindas, que tristeza. Mas, pensando por outro lado, se quem achou precisava se aquecer, que tenha vindo em boa hora.

A parte boa é que eu estou “na fonte”, né?! A Novelaria tinha duas últimas meadas nesta mesma cor e eu logo as comprei. Tricotar esta gola foi como viajar no tempo, de quando eu frequentava a loja apenas como aluna e passava 4as feiras inteiras tricotando. 2017 foi um ano muito importante para mim, quando estudei muito para voltar a empreender, comecei a fazer terapia e seguia com as minhas manualidades também.

Tricotei a gola rapidinho, pois a lã Rasta é grossa e as agulhas 14 também. Só não lembrava mais como costurar de maneira invisível. Ao terminar as minhas aulas em um dos dias de trabalho, pedi uma ajuda para a minha eterna professora Solange (agora também minha colega de trabalho) e ela costurou pra mim… Esta é uma das minhas contradições que eu dou mais risada: a professora de costura que tem dificuldade para costurar os tricôs, hahahaha!

matando a saudade dos tempos de tricotar em aula

A NOVA VELHA GOLA COM DUAS VOLTAS

A gola ficou idêntica à primeira, o que me deixou muito feliz! Ela dá duas voltas no pescoço, sem apertar, mas protegendo bem. É muito boa para usar quando está bem frio. Se quiser ver o post sobre a estreia da primeira gola, clique aqui.

LOOK DO DIA

Alguns dias depois, lá estava eu estreando a nova gola, num look quentinho e bem ton sur ton: a saia é cinza, mas puxa para o esverdeado, a jaqueta bomber que eu amo (post sobre ela aqui) também é na cor azul/verde petróleo e a gola ficou linda junto!

Gola com duas voltas e ponto barra inglesa: Lã Malabrigo Rasta, agulhas retas tamanho 14. Receita da professora Solange, nas aulas da Novelaria. Primeira versão da gola neste post.
Jaqueta Bomber Quiltada: tecido de algodão da Liberty (comprado em Paris), forro de algodão egípcio da GJ (Centro de SP), manta de algodão do antigo Armarinhos Metrópole (Centro de SP) e punhos de malha comprados no Bom Retiro. Molde da Papercut Patterns – Rigel Bomber Jacket (fora de catálogo)– e adaptação para ser forrada e quiltada do blog da Liberty (post fora do ar). Primeira aparição da jaquela neste post.
Saia de tricô: Marisa Ribeiro
Tênis: Nike, customizado pela Montageart

QUE BOM QUE CONSEGUI, DE ALGUMA FORMA, RECUPERAR A MINHA GOLA!

VOCÊ TAMBÉM TEM ALGUMA PEÇA ASSIM, MUITO QUERIDA?

Acessórios para o Inverno: Gola de Tricô!
Acessórios para o Inverno: Gola em lã super grossa!
Katia Linden
Sou de São Paulo, publicitária de formação, professora de costura por paixão e escolhas da vida. Sou também várias outras coisas por convicção: feminista, mãe de cachorros, tatuada, amante de música, viciada em Grey's Anatomy, costureira, modelista, consultora de estilo e (também, ufa) autora deste blog.
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Um manifesto para 2022
Vencendo a minha maior resistência: vender!