Como foi o Me Made May 2021 – Mês de maio com roupas feitas por mim

Maio foi mais um destes meses loucos vivendo em pandemia. E eu ainda não acredito que estou escrevendo sobre mais um Me Made May estando na pandemia. Por aqui foi um mês intenso de cuidados e participar mais uma vez foi, de certa forma, uma forma de me cuidar também. Foi um empurrãozinho para não vestir pijama nos dias de trabalho em casa, de passar um batonzinho e até arrumar o cabelo.

Quando maio começou, quase que resolvo não participar. Tive uma recaída da depressão em abril, voltei a tomar antidepressivo e estava começando a me reerguer. Será que eu queria aparecer todo dia durante um mês? Por mais que eu entenda que o “desafio” não é sobre mim, mas sim sobre o que eu fui capaz de construir com as minhas próprias mãos ao longo do tempo, aparecer num momento como esse não é tarefa fácil.

Mas eu apareci sempre que deu. “Furei” alguns dias em que não vesti algo feito por mim ou que até estava usando algo, mas não estava bem para aparecer. Metade do mês foi difícil também porque Leia, minha pequena, está com problemas na coluna e chegou a parar de andar. Fiquei com o coração muito apertado e também num estado de alerta para cuidar dela que teve dia em que não pensei em outra coisa.

E, quando ela melhorou, eu percebi que estava exausta por uma série de fatores. Eu precisava demais descansar porém não tinha como parar totalmente de trabalhar e me dar férias. Resolvi então me dar um descanso de duas semanas, adiar alguns projetos e emendar o feriado de Corpus Christi no começo de junho. Voltei a andar de bicicleta, a costurar para mim por uma hora diária, a ler mesmo que só um pouco. Mantive uma parte da agenda de aulas mas consegui levá-las de um jeito leve.

Terminei o mês melhor, ufa! Tenho muitas ideias para colocar em prática e eu precisava demais tomar um fôlego antes de acelerar de novo.

Os looks de 2021

Aqui vão os looks deste ano. Teve repeteco de anos anteriores, teve combinações novas com peças que eu já tinha, teve a chegada de algumas novidades também. Se você quiser conferir lá no Insta, é só clicar aqui.

(Clique em uma das fotos da galeria para ver em tela cheia!)

Uma live para falar sobre meu armário handmade

Terminado o mês de maio, resolvi fazer uma live para contar sobre construir um armário feito à mão ao longo dos anos, como ele está alinhado ao meu estilo pessoal e como isso tudo me faz tão bem.

Foi super gostoso responder as perguntas e interagir, acho que gravo melhor assim do que sozinha, rs.
O papo todo está no vídeo, mas como uma primeira dica para começar eu deixo: registre sempre os seus looks, faça uma pequena biblioteca do que te agrada e tudo tende a fluir!

Os looks de 2017 e 2018 ainda me representam?

Neste último final de semana montei um look com uma saia que tenho desde 2017 e a blusa de veludo que fiz mês passado. Vi que o look representava exatamente o que eu coloquei nas imagens de “gostaria de ser assim”que reuni em 2017. Aconteceu naturalmente e essa era exatamente a intenção!

Fica aqui a inspiração de 2017 x realidade de 2021: um look confortável, com brilhos, texturas, tênis, saia midi e algo feito por mim! Que alegria!

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Expectativa (2017) x realidade (2021)

Fico feliz em ter participado mais uma vez do Me Made May, sempre rende novos looks para meu acervo e também proporciona sempre uma visão mais aprimorada do meu estilo pessoal!

Como foi o Me Made May 2020 (#mmmay20)
Armário Handmade todo dia – autoconhecimento e amor próprio!
Meus 10 anos de costuras: as costuras de 2012 e início de 2013!

2012 foi um ano muito difícil para mim. Uma crise no casamento iniciada no Natal de 2011 que levou a muitos meses de brigas. Eu descontava a minha tristeza na comida. Engordei muito e, ao não me reconhecer ao me ver no espelho (muito mais pela tristeza do que pelos quilos a mais) acabei cortando meu cabelo chanelzinho (que não funcionou pra mim, logo deixei crescer de novo. Hoje entendo que o problema não era com o que eu via no espelho.). Tinha lampejos de alegria e euforia principalmente nos shows, festivais e viagens (lembra que já falei de euforia aqui?), mas por dentro eu estava triste, me sentindo vazia e sem perspectiva. Fui estudar alemão, aprender a tocar guitarra, fazer aula de dança e segui na costura, agora pensando em fazer algumas roupas novas já que não tinha muito o que me servisse. Eu precisava ocupar o vazio que eu sentia com algo produtivo.

Foi quando eu vi que o que era mais terapêutico disso tudo pra mim era costurar, nutrir as boas relações que o universo craft já estava me trazendo e também estudar alemão como uma forma de estar mais próxima das minhas origens paternas e também de me manter próxima do lugar que roubou meu coração em 2011 (e até hoje sei que um pedaço do meu coração nunca deixou de pertencer à Alemanha, mas naquele momento eu não me sentia capaz de levar o corpo e a alma pra lá de vez).

Então, eu costurava bastante até por já ter uma máquina em casa, aprendia mais, deixava o ateliê com mais cara de ateliê. Foi um ano de contrastes: de muitas tristezas cotidianas e alegrias em alguns momentos, principalmente em viagens para Buenos Aires, Berlin (chorei por um mês direto depois de voltar) e Paris, assim como os shows de música e exposições que eu sempre amei frequentar.

Eu também passei a comprar demais: maquiagens, acessórios, coisas de costura. Roupas eu não conseguia comprar na mesma velocidade, pois meu tamanho que nem era Plus e nem era da grade “regular” não me deixava muitas opções, ao menos das coisas que eu tinha vontade de vestir. Eu tentava preencher o vazio tendo muitas coisas, algumas que nem cheguei a usar. Isso explica, por exemplo, porque eu passei a falar de minimalismo alguns anos depois. Eu já não precisava ter tanta coisa na minha vida, só o que realmente importava.

Por muito tempo evitei falar disso por achar que estaria sendo ingrata a respeito das boas coisas que vivi naquele ano. Hoje entendo que a contrapartida para ter essas alegrias era alta demais. Sei que hoje não aceitaria viver assim: tendo muitos dias ruins em função de esperar por determinados momentos bons. E assim, romantizei tudo, coisa que não faço mais (obrigada, maturidade!).

Eu vivi muitos anos praticamente me desculpando por ser inteligente, culta, comunicativa. Aceitava que eu não podia ter tudo e me desculpava por não ser boa o suficiente. Estava tudo bem não ter uma carreira ou não ter filhos porque tinha tantas outras coisas. Aceitei caber numa caixinha muito menor do que eu merecia. Hoje em dia eu acho que nenhuma caixinha me cabe, rs

Mais para o final do ano, a crise parecia ter sido resolvida. Mas algo no meu coração tinha mudado, sem dúvida. Eu precisava cuidar mais de mim, fazer mais por mim.

A sensação que eu tenho hoje é que, quando eu estive em Brasília para visitar a Vivi Basile e o ateliê que ela tinha na época com a Maila, eu tive um respiro para pensar no que eu queria para mim, sem o ruído da rotina da casa, do casamento e tudo mais, não com a consciência que eu tenho hoje, olhando com o distanciamento proporcionado pelo autoconhecimento e pelo tempo mas, de alguma forma, me senti livre.

Assim como eu voltei de Salvador em abril de 2011 com as minhas primeiras aulas de costura marcadas, voltei de Brasília em março de 2013 decidida a manter meu plano de explorar o universo dos tecidos (não só costurando) e também de iniciar o blog, pois eu queria compartilhar o que eu estava vivendo, os meus questionamentos e, enfim, manter um diário disto tudo.

Dali em diante, o resto é história já contada, rs.

Então, para contar como foi esse um ano e pouquinho, mais fotos!

2012 em fotos (Primeiro semestre)

(Clique em uma das fotos da galeria para ver em tela cheia!)

2012 em fotos (Segundo semestre)

(Clique em uma das fotos da galeria para ver em tela cheia!)

O início de 2013 em fotos

(Clique em uma das fotos da galeria para ver em tela cheia!)

 

Eu resolvi começar o blog também porque a minha produção estava intensa (deu pra ver como eu fiz muita coisa nesse tempo, se comparar com o post de 2011, né?!) e eu me sentia revigorada ao viver cada um desses encontros, ao fazer cada um destes projetos. Não queria que essa história se perdesse e, realmente, o blog cumpriu muito bem esta função até 2018, nos anos em que postei intensamente.

Mas eu acho que logo menos resolvo esse outro período sem registros, me empolguei, rs!

Está gostando de acompanhar esta parte da história que ainda não tinha aparecido por aqui?

Me conta nos comentários!

Meus 10 anos de costuras: uma live para contar a história e comemorar!
Meus 10 anos de costuras: as costuras de 2011!
Meus 10 anos de costuras: as costuras de 2011!

Eu já não lembrava mais de cabeça o que eu tinha costurado em 2011. Eu não tinha máquina de costura no começo, então usava a máquina da minha mãe ou costurava durante as aulas. Quando completei 6 meses costurando, a minha mãe me deu a minha primeira máquina (que também foi a primeira máquina dela). Levei a lindinha para uma revisão e pedi para colocar um motor elétrico nela. E assim, essa lindeza segue na minha família há 60 anos!

Eu estava vasculhando meu instagram (estou por lá desde 2010, rs) e vi vários registros deste tempo, com aqueles filtros todos, hahahaha! Fotinhos de fragmentos (muito conceitual a Katia de 10 anos atrás, rs) e de peças prontas.

Resolvi resgatar no meu super mega HD externo, que guarda os backups de 3 computadores inteiros e dos meus celulares. Não dizem que “quem guarda, tem”? Pelo jeito é verdade!

A Gabi Paschoalin perguntou na live de 10 anos qual foi a minha primeira peça e eu achava que era um estojinho com zíper, que acabei fazendo de necessaire para levar maquiagem na bolsa. Eu estava certa, pelo jeito. Naquela época eu andava sempre com uma maquiagem impecável (além dos saltos altíssimos), então precisava ter um kit à mão para eventuais retoques ao longo do dia.

(Tão curioso como eu fui simplificando a vida ao longo do tempo e, consequentemente, desapeguei muito de maquiagem, sabe? Eu ainda me maquio sim, hoje em dia pra gravar vídeos na maioria das vezes, já que a maquiagem meleca a máscara toda, rs. Mas, antes da pandemia, eu já tinha reduzido o kit a apenas levar o batom que eu estivesse usando para repassar e olhe lá).

As costuras do ano de 2011 em fotos

Enfim, achei as fotos originais das costuras de 2011 e vou postar aqui, foi gostoso rever esse tempo!

(Clique em uma das fotos da galeria para ver em tela cheia!)

Logo menos vou fazer esse mesmo resumo de 2012 até o começo de 2013. De março de 2013 em diante, eu passei a contar tudo em detalhes aqui no blog, então a história está mais do que bem contada!

Feliz por ter me empenhado bastante neste começo, tenho muito carinho por essa época!

E você? Como foi seu começo nas costuras? Me conta nos comentários!

Como é o meu vestir em 2023
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Katia Linden
Sou de São Paulo, publicitária de formação, professora de costura por paixão e escolhas da vida. Sou também várias outras coisas por convicção: feminista, mãe de cachorros, tatuada, amante de música, viciada em Grey's Anatomy, costureira, modelista, consultora de estilo e (também, ufa) autora deste blog.
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