Beleza na costura para os pequenos

Olá!
Não é novidade que adoro arte, principalmente pintura. Ando pensando e lendo muito a respeito desse tema e, como não pode deixar de ser, sobre beleza.

Beleza é um conceito bem relativo, mas acho que a busca do belo, seja ele como for para mim ou para você, é algo quase inerente ao ser humano.

Como costureira faço isso o tempo todo: sempre tentando me aperfeiçoar, buscando os melhores e mais bonitos aviamentos… tecidos então, nem se fala!

Muitas peças não precisam nem de modelo requintado, só o tecido já diz tudo. Quando isso acontece, prefiro usar modelos clássicos para que o projeto não fique exagerado, mesmo quando se trata de trajes infantis. É claro que a roupa infantil te dá certa liberdade de brincar com os projetos e, portanto, com a beleza, mas eu gosto muito de clássicos, de cores sóbrias e quando o tecido sobressai não há necessidade de maiores rebuscamentos não é mesmo?

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Quando mais é menos! Afinal, com estampas como essas precisa de mais alguma coisa?

Mas acho que onde mais busco a beleza são nos detalhes. Sou fascinada por golas, decotes, bordados e mangas diferenciadas, com acabamento perfeito, que para mim é onde está a beleza!

Já contei para vocês aqui que tinha medo do viés e que, após bastante treino, costura e descostura, consegui alcançar um acabamento fino e delicado… muita riqueza!

As golas também são um detalhe muito versátil, muito rico, onde você pode deixar sua criatividade solta para embelezar sua peça. A clássica gola Peter Pan (ainda não sei porque tem esse nome!) deixa qualquer vestido de arrasar. Além dela, golas duplas ou laçarotes tornam seu trabalho ainda mais especial.

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A golinha Peter Pan clássica no modelinho de aniversário, um marinheiro moderninho com uma gola recortada e por último um verdinho com um grande laçarote: beleza pura!

Babados também são um assunto obrigatório quando se fala em embelezamento. Eles conferem um charme todo especial, dão leveza e movimento as peças. Para meninas, eu acho indispensável!!!! Podem aparecer na barra do vestido ou top, nas manguinhas ou compor a peça todo, caso você procure um look mais extrovertido!

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Babados para todos os gostos: no decote, nas mangas e um top todinho “embabadado”!!!

As aplicações sejam de rendas, bordados ou até mesmo outros tecidos enriquecem seu projeto deixando muito mais bonito e exclusivo, alem de ser uma delícia de criar e fazer!

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Bordados nas manguinhas e bolsos, bordado do au au do coração e bolsos de passarinhos, aplicados em outros tecidos nas saias das primas, não é muita lindeza??

Enfim, a beleza é um assunto interminável para nossa felicidade e, quanto mais você usar a criatividade, mais beleza vai colocar na sua costura.

Espero ter inspirado um tantinho vocês!

Beijoca!
Ana

Meus 10 anos de costuras – um giro por 2018
Um bordado de flores para uma nova sala
Costuras da Semana!

Olá!

Semana passada rolou mais um sumiço, né?!
Pois bem, eu justifico esse sumiço com uma palavra só: introspecção.
Fiquei um tempinho quieta no meu canto em casa, aproveitando a vontade de me recolher um pouco, junto com a desculpa do frio que tinha voltado, para tocar algumas coisas.

A inspiração habitual para escrever não estava aquelas maravilhas, então resolvi colocar a mão na massa e aproveitar o silêncio da minha casinha. Já que teve pouco post semana passada, pelo menos hoje tenho algumas coisas pra mostrar!

Na aula de Patchwork, continuamos com as lixeirinhas. A peça que tem o alfineteiro, para ficar ao lado da máquina, já está pronta e em uso!

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Não é uma graça?

A lixeira de mesa está a caminho, semana que vem eu mostro!

Terminei a bolsa com alças de acrílico para carregar meus tricôs futuros. Fiz 6 blocos de listras e ficou assim:

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Para a foto deixei as agulhas deitadas no fundo e meu cachecol pronto para dar ideia de volume. Cabe mais coisa ainda, rs!

Falando em cachecol… sim, dei um gás no tricô e terminei meu cachecol, ufa!

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Olha a selfie nada produzida para mostrar a estréia, rs!

Como contei há alguns dias, estou seguindo o Sewalong para montar o vestido Myrtle, da Colette.
Essa semana ele começará a ser costurado e eu vou fazer em dose dupla. Os tecidos eleitos foram uma viscose com estampa PB para a versão em tecido plano e um jersey de viscose cereja para a versão em malha. Pelo cronograma, no começo da semana que vem eles ficarão prontos!

Outro projeto que estava me esperando e eu dei uma atenção foi a produção de cobertores para os animais abrigados na UIPA – União Internacional Protetora dos Animais. Ano passado eu fiz 40 cobertores de soft e este ano eu conseguirei fazer um pouco mais.

É muito bom contribuir com um projeto que a gente acredita e que sabe que vai ser útil. Ano que vem quero repetir e aumentar mais um pouco a quantidade, além de começar a fazer mais cedo.

Por último, aproveitei também para começar uma boa (e definitiva) organização dos meus tecidos. Quando eu terminar, espero que seja logo, vou dedicar um post especial, para contar o processo todo.

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#organizakatiaorganiza

Boa semana e boas costuras para você!Beijos!

Como é o meu vestir em 2023
Meus 11 anos de costuras – um giro por 2019 (parte 1)
Praticar, praticar e praticar sempre!

Olá!

Costurar é um ato mecânico, assim como dirigir ou como andar de bicicleta. A gente aprende e não esquece mais, com o tempo não tem problemas em usar máquinas diferentes pois o princípio de funcionamento é quase que o mesmo para todas.

Lembro bem da minha primeira aula de costura em 2011 com a mestra Patricia (beijo, Pat) quando ela, depois de saber as motivações que me levaram até sua aula, me disse que se eu sabia dirigir eu também saberia costurar. Porque é um exercício de conciliar as mãos no controle do tecido na máquina e saber dosar a força do pé no pedal que a acelera. Assim como comandamos um carro. Fez todo o sentido para mim.

Quem dirige há muito tempo movimenta o volante, troca a marcha e comanda os pedais de maneira praticamente automática, sem raciocinar muito sobre cada movimento. Isso também vale para a máquina de costura.
Depois que a gente acha fácil costurar reto, vem o desafio de costurar em curva, de colocar um viés e assim por diante. Nada dessas coisas é impossível, senão praticamente ninguém saberia fazer.

Montar peças de roupa “do zero” também funciona assim. É capaz que a primeira tentativa não fique perfeita, mas se a roupa tem potencial, vale a pena tentar mais uma vez.

Eu tenho algumas peças que eu gostei tanto que, mesmo com alguns defeitos iniciais, fiz de novo. Todas valeram a pena. E cada nova peça que saía, melhor ela ficava. Seja a costura na curva da blusa com mangas bem rodadas, seja o vestido que teve mais alguns ajustes no molde antes que um segundo fosse costurado, seja a pantalona que ficou boa em malha e também no linho com viscose.

Reuni neste post alguns exemplos de moldes que executei mais de uma vez ou de materiais que fui repetindo ao longo do tempo para mostrar para você:

Blusa Taffy – Molde do livro The Colette Sewing Handbook
1a blusa Taffy, em chiffon. Desisti dela, depois de muito tempo encostada, quando vi que a cortei muito torta, na época não sabia lidar com esse tipo de tecido. E ter que cortá-lo em viés só piorou a situação. Em algum momento eu tentarei de novo em musseline, por exemplo!

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2a blusa Taffy, em algodão com acabamento em viés pronto com ponto ajour. Sabia que o modelo tinha potencial, então tentei em um tecido que eu sabia que conseguiria fazer. Ficou linda!

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3a blusa Taffy, em algodão com acabamento em viés do mesmo tecido. Para ter uma versão da blusa em tecido de fundo escuro. Foi mais fácil ainda de fazer e o viés foi mais desafiador, mas deu certo quando dei o acabamento do viés em ponto invisível à mão.

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4a blusa Taffy, em laise com acabamento em algodão liso. Acho que é a melhor de todas, com acabamento todo à máquina, foi fácil e muito rápido de fazer!

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Vestido Crepe – Molde Colette Patterns
1o vestido Crepe: em algodão com faixa em tecido diferente e decote de coração. Ficou bem feito, mas eu conheço alguns defeitinhos dele. Precisou de ajustes que eu não conseguia prever ainda no molde. Ainda assim o resultado ficou bom e eu uso muito!

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2o vestido Crepe: em algodão com faixa do mesmo tecido e decote canoa. Foi mais fácil de fazer, quase um ano depois, pois sabia dos errinhos do primeiro. Com os problemas e errinhos em mente, os ajustes principais foram feitos ainda no molde e ele ficou pronto mais rápido e assenta melhor que o primeiro. Gosto dele tanto quanto do primeiro!

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Pantalona – Molde da revista Burda
1a pantalona: meu primeiro trabalho em malha, fiz todo na aula de costura, então todas as questões de modelagem foram resolvidas com a Lurdes, o que facilitou muito. Amo muito esta calça!

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2a pantalona: fiz sozinha em casa, com o molde da primeira, em linho com viscose. Hoje eu teria feito um pouco mais larga, pois o linho não tem elasticidade como a malha e, apesar de assentar super bem no corpo, algumas costuras estão começando a ceder. Adoro usar quando está mais quente!

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3a e 4a pantalonas: mesmo molde, em malha, mas fazendo toda sozinha em casa sem problemas. Fiz duas de uma vez, uma cinza para mim e uma preta para minha prima Fernanda. Fechei a peça na minha overloque, fiz toda a parte do cós na minha máquina e usei agulha dupla para fazer a barra. Tudo como eu tinha aprendido na aula.

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As tentativas, para cumprir a função de pegar mais prática, também servem para saber lidar com tecidos mais difíceis, como o cetim, que tende a escorregar bastate.

Mistura de materiais e novos materiais:
1a peça forrada com cetim: vestido de crepe. Foi uma tortura para cortar o cetim e difícil também de preparar o forro. Quando chegou a hora de colocar o forro no vestido, muitos pequenos ajustes foram necessários para dar certo.

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2a peça forrada com cetim, um ano depois: capa de lã. Manusear, cortar e costurar já foi bem mais fácil, sem grandes tropeços na hora da montagem da capa. A capa ainda não está pronta, mas até agora tem ido tudo bem.
Já outros dão certo logo de primeira, como tudo o que eu já fiz usando lã. Lã é uma delícia de costurar, fácil de manusear e meu guardarroupa de inverno agradece!

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Peças em lã: saia em lã xadrez e saia em tweed.

Então, sempre que você achar que costurar não é fácil, lembre que andar de bicicleta ou dirigir um carro dificilmente sai perfeito de primeira. Treine mais um pouco, exercite mais o que falta aprimorar em novas peças e tecidos diferentes. Faça mais testes. Tenho certeza que o resultado lá adiante será muito compensador!

Beijos!

Look do dia – Blusa de malha com efeito tricô e mangas morcego
Meus 10 anos de costuras: as costuras de 2012 e início de 2013!
Katia Linden
Sou de São Paulo, publicitária de formação, professora de costura por paixão e escolhas da vida. Sou também várias outras coisas por convicção: feminista, mãe de cachorros, tatuada, amante de música, viciada em Grey's Anatomy, costureira, modelista, consultora de estilo e (também, ufa) autora deste blog.
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