Os tricôs de 2018

Como eu contei há dois posts atrás, em 2018 eu praticamente não costurei, mas bordei e tricotei bastante. O apanhado de hoje então é dos tricôs que terminei ano passado. Alguns renderam looks do dia, outros não. De qualquer forma, quando forem usados de novo, terão seus looks atuais devidamente registrados!

Falando nisso, estou preparando um jeito de registrar meus looks sozinha, em casa mesmo. Quero descomplicar essa parte assim eu consigo preparar esse tipo de conteúdo mais rápido. Lógico que vez ou outra eu poderei contar com alguém que registre para mim, mas quero estar pronta para fazer isso sozinha também.

Eu não tenho mais aquele hábito de tricotar uma hora por dia, já que a minha rotina mudou completamente. Tricoto quando dá e quanto tempo der. E está tudo bem ser assim. Esse ritual de separar uma hora para algo totalmente meu se tornou o momento em que passeio com meus cachorros. Nessa hora, não ouço música, não mexo no celular. Estou ali totalmente presente naquele momento, o que eu acredito ser praticamente uma meditação.

Foi essa uma das coisas que ajudou a reestabelecer a minha saúde e sigo assim. Lógico que toda a manualidade de pratico acaba também cumprindo esta função, mas hoje em dia tenho feito de um jeito mais livre em relação a tempo ou horário, sabe?

Bom, vamos às peças!

Blusa de lã e linho

Comecei esta blusa no final de 2017, usando esta lã linda misturada com linho que comprei no Uruguai (post aqui). A ideia era ser uma blusa para meia estação, sem ser muito fechada e também por conta da composição do fio. Amo as cores e a textura desse fio! Terminei em abril de 2018 e adorei fazê-la! Mas ela ficou um pouco grande e agora é provável que esteja enorme (rs) então não sei se ficarei com ela.

A blusa é reta na frente, com um detalhe na vertical (que são dois pontos “caídos” de propósito, rs), decote canoa, mangas japonesas e um peplum na parte de trás. O projeto é da professora Solange, que me deu aula por três anos lá na Novelaria.

Acabei usando pouco, mas tenho dois registros dela:

Blusa em Top Down (Nat Petry)

Apesar de tricotar com frequência há quase quatro anos, eu nunca tinha feito uma blusa em top down (a técnica de tricô que começa pelo decote e vai descendo, normalmente feita com agulha circular). Adorei quando a querida Nat Petry veio para SP e eu consegui fazer as aulas com ela!

A Nat explicou um jeito muito simples de fazer a blusa em top down com mangas raglan. Ela dá a base de cálculo que possibilita fazer esse modelo para qualquer tamanho de blusa, no lugar de dar uma receita. Isso foi maravilhoso!

No curso que fiz, os materiais já estavam inclusos e eu escolhi fazer nesse fio vinho lindo! Acabei a blusa em 11 dias (um recorde que eu acho que nunca mais vou quebrar, rs), numa maratona de tricô que me ajudou muito em dias difíceis que eu estava passando em julho.

Quando terminei, fiz este post no meu Instagram. Foi um dos posts mais de coração aberto (e ao mesmo tempo ferido) que já fiz.

 

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Neste tempo de recolhimento, de luto e de coração partido, tenho feito o meu melhor para silenciar um pouco a minha mente enquanto mantenho as mãos ocupadas. Em 11 dias, um recorde pra mim, fiz essa blusa em top down, que aprendi nas aulas que a @atelienatpetry deu aqui em SP recentemente. Em um momento em que me sinto tão frágil, é confortante lembrar que sou capaz de construir algo com as minhas próprias mãos. Também tenho tricotado outras peças e tenho bordado bastante. Ter as manualidades como parte do meu processo de cura não é novidade na minha vida e sei que através delas posso me expressar e correr atrás de dias melhores e mais leves. OBS: só falta esfriar pra eu conseguir estrear a blusa, né?! OBS2: estou voltando aos pouquinhos! #tricotakatiatricota #armariohandmade #fizcomanat #topdown

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Eu usei bastante esta blusa nos dias frios de inverno, mas não estava bem para fazer fotos com ela. Então, em algum momento deste ano, esta blusa vai voltar, porque eu a adoro e ficou muito linda!

Blusa de Seda e Lurex

Também comecei esta blusa no final de 2017, fui fazendo em paralelo com a primeira blusa deste post. Achei o fio muito lindo, de seda cinza com boutonê (essas pelotinhas) de lurex. Como o fio é muito lindo, não precisa de muita coisa, só trabalhar em ponto jersey mesmo.

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A blusa tem decote canoa e mangas 3/4 (que estão mais compridas agora, mas eu uso puxadinhas pra cima sem problemas). Apesar de ser uma blusa mais fechada, dá para usar num tempo mais quente pois a trama é um pouco aberta e o fio é fresco. Não tem look que não fique ajeitado com ela, já usei bastante!

Mula Sem Cabeça

Hahaha, amo esse nome! O nome é este porque, ao tricotar, parece que você está fazendo uma regata sem a abertura do decote, mas é porque o jeito de vestir é outro. Fica como se fosse um colete. Eu, que ando muito ligada em terceiras peças para complementar meus looks e já tenho muitas blusas, achei que seria uma boa pedida!

Eu tricotei minha mula sem cabeça entre maio e setembro do ano passado, usando uma lã que também trouxe da última viagem ao Uruguai (aliás, preparando este post vi que já usei praticamente tudo o que comprei lá, assim que é bom!). Assim como a blusa em top down, foi um projeto que me acompanhou em momentos muito difíceis, até mesmo enquanto o meu pai estava no hospital.

A peça é feita toda em ponto canelado, o que faz com que demore mais um pouco para ficar pronta. Eu ainda não tenho fotos da peça pronta, então em algum momento ela volta também!

 

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Dia de fazer acabamento = dia feliz! #tricotakatiatricota #crochetakatiacrocheta

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Novos tricôs para 2019

Agora eu estou trabalhando em um presente e também em uma encomenda. Aliás, preciso terminar as duas peças rapidinho! Logo menos volto com os looks das peças deste post e também mostrando estas duas peças que estão a caminho!

Bora tricotar bastante em 2o19!

Look do Dia: Blusa Cropped em Tricô (projeto Francine Lacerda)!
Acessórios para o Inverno: Gola em lã super grossa!
Presentes de Natal: Amigurumis de Crochê!

Olá!

No último Natal consegui cumprir uma missão muito especial. É uma missão que tento cumprir todos os anos, mas na maioria deles eu não consigo: fazer eu mesma os presentes das crianças de casa.

Então, para não acontecer de novo, assim que terminei a minha blusa de tricô em outubro (posts sobre a blusa pronta aqui e aqui), aproveitei as aulas da Novelaria com a mestra Solange para aprender a fazer amigurumis de crochê.

Os amigurumis em crochê em geral usam pontos baixos e são feitos de maneira circular. O que dá forma e volume aos bichinhos são os aumentos e diminuições feitos em algumas partes.

Como eu já sabia fazer crochê, o maior aprendizado foi adaptar os conhecimentos que eu já tinha para fazer os bonecos, com dicas preciosas da Solange para ficarem bem acabados, sem buracos ou “degraus” entre carreiras.

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Começando uma cabeça.

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Começando uma perninha.

Para as minhas duas meninas (Ellen e Helena), fiz duas coelhinhas brancas. Fui fazendo as duas em paralelo, o que me ajudou a treinar e também a tirar eventuais dúvidas.

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Para deixar as coelhinhas mais fofas, pomponzinhos no bumbum, saias rodadas e sapatinhos.

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O toque final ficou por conta dos rostinhos bordados.

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Já para o Marco Antonio eu fiz um monstrinho. Eu bolei este amigurumi sozinha em casa, com base no que eu lembrava de um outro monstrinho que comprei um tempo atrás para presentear.

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Para ficar diferente do acabamento das coelhinhas, decorei com olhinhos de botão (de tamanhos diferentes) e boquinha bordada em vermelho.

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Fiquei feliz com o resultado e por ter feito os presentes a tempo! As crianças também gostaram, foi muito gostoso vê-las brincando com os amigurumis!

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As lãs usadas são todas da Cisne (Todo Dia e Todo Dia Colors), nas cores branca, listrada vermelha e listrada preta e agulha 3.

Eu adorei todos os amigurumis, foi uma delícia fazer!
Beijos!

10 anos de blog – O que vem depois?
Meus 11 anos de costuras – um giro por 2019 (parte 1)
Look do Dia: Estreando a blusa de tricô em Paris!

Olá!

Deixei para usar minha blusa de tricô no último dia da viagem, pois seria o mais frio entre todos os que estaríamos em Paris. Neste dia fomos passear em Montmartre (só fui para ter certeza que eu não ficaria chateada por não ter ido ver os tecidos de lá… no final só abasteci meu estoque de zíperes invisíveis, rs!), depois fomos comer perto do Louvre e fazer compras no Mercado de Flores pertinho da Notre Dame.

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Zíperes invisíveis da Tissus Reine.

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Montmartre e Sacré Coeur sempre lindas!

Este Mercado de Flores é pequeno e muito antigo, uma graça! No final do ano algumas das lojinhas também vendem enfeites de Natal. Ao longo das outras visitas compramos alguns e neste ano também trouxemos mais enfeites. Mostro aqui todos eles:

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Também trouxe sachês de lavanda para presentear e também para renovar os meus aqui de casa:

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Marché aux Fleurs

Depois destas últimas compras, fomos passear pelo 11o distrito, onde estávamos hospedados. A vida noturna da região estava voltando a sua normalidade, com muitos estabelecimentos abertos. Resolvemos fazer por conta própria um roteiro para ver a parte de Street Art da região. A ideia inicial era fazermos um passeio com uma brasileira que mora em Paris e entende muito do assunto, mas acabou não dando certo por conta do que aconteceu dias antes.

Fomos a pé até a rue Dénoyez, que eu creio que seja o equivalente ao Beco do Batman em Paris. Gostamos muito do que vimos e logo de cara identificamos que a street art parisiense é bem diferente da paulistana, muito legal! No final desta rua está o café que Edith Piaf frequentava e estava bem cheio quando passamos!

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Na volta, passeamos pela rue Oberkampf, cheia de bares, restaurantes e lanchonetes. Paramos para jantar um hamburguer maravilhoso no La Place Vert, que fica junto do Le Mur, um local reservado para street art também!

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Mais sobre a Rue Oberkampf aqui.

Neste dia usei minha blusa de tricô, com uma blusinha térmica por baixo, casaco térmico por cima, com gola de tricô. Estava frio meeeesmo! Vesti minha calça de veludo quentinha e também o meu tênis mais quente, deu certo!

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Blusa de tricô: Lã Malabrigo, Tipo Twist, Material 100% Lã de Merino Baby, Cor 474 Caribeno. Receita feita pela professora Solange, da Novelaria. Post sobre a blusa aqui.
Gola de tricô: lã comprada na Joann’s (San Francisco) e projeto do Superziper.
Camiseta e casaco térmicos: Uniqlo
Calça de Veludo Cotelê: Lascivité
Tênis: Nike

E assim encerro os posts sobre esta viagem! Que venham as próximas (sempre)!
Beijos!

Como é o meu vestir em 2023
10 anos de blog – O que vem depois?
Katia Linden
Sou de São Paulo, publicitária de formação, professora de costura por paixão e escolhas da vida. Sou também várias outras coisas por convicção: feminista, mãe de cachorros, tatuada, amante de música, viciada em Grey's Anatomy, costureira, modelista, consultora de estilo e (também, ufa) autora deste blog.
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Vencendo a minha maior resistência: vender!