Armário Handmade do Rock in Rio!

Na semana que passei no Rio (estava com saudades de ir sem correria, mesmo com os problemas todos que estão acontecendo por lá), teve armário handmade praticamente todo dia, até porque grande parte das peças que eu amo e uso muito fui eu mesma que fiz.

Mas aí seria um repeteco só aqui no blog, já que tudo que faço vem parar aqui também, rs!

Aí resolvi fazer este post com os looks que usei no Rock in Rio, com peças handmade mas usadas de um jeito diferente!

Primeiro dia – Macacão de Moletom

Acabei mudando o primeiro look de véspera, naquele momento que deu vontade de trocar o calçado planejado e aí o look todo mudou, rs! Se eu estivesse em casa, certamente teria conseguido incrementar mais com acessórios.

Usei o tênis esportivo que tinha levado para as caminhadas no calçadão e não me arrependi de ter montado um dos looks do Rock in Rio com ele, pois são muitas horas em pé e a caminhada até o Parque Olímpico e tal…

Enfim, para o dia de Bomba Estéreo e Karol Conka, Titãs, CeeLo Green e Iza, The Who (um sonho realizado!) e Guns n’ Roses eu vesti meu macacão de moletom com estrelinhas, pochete de glitter, óculos espelhados e tênis esportivos! Ficou tudo mais clarinho e com toques de brilho!

Macacão: moletom com elastano da L’Atelier de La Creation (Paris), molde da revista Burda Style de novembro/2016. Mais fotos do macacão aqui.
Pochete com Glitter: Agora que Sou Rica
Tênis: Asics
Óculos Escuros: Ray Ban

Segundo dia – Saia Calça

Já esse look estava super planejado, rs! Para ver a minha banda do coração, montei o look para usar a camiseta do Red Hot!

Diferente do ano passado, quando usei a camiseta com um shorts de couro (e passei muito calor com ele), esse ano eu usei a minha saia calça bem mais fresquinha, chemisier usado aberto por cima e tênis com algum amortecimento, além da pochete!

E assim eu estava no Rock in Rio para conferir Sepultura, The Offspring (mais um sonho realizado), Thirty Seconds to Mars e Red Hot Chilli Peppers (minha banda do coração para todo sempre, amém!):

Saia-Calça: tecido Bi-strech da GJ Tecidos (Centro – SP), molde da Pantacourt com transpasse da revista Burda de Agosto/2016, modificado por mim. Mais fotos da peça aqui.
Camiseta oficial do Red Hot Chilli Peppers: comprada no show de 2013 em São Paulo
Chemisier: Alexandre Hertchcovitch para C&A
Pochete com Glitter: Agora que Sou Rica
Tênis: Nike
Óculos Escuros: Ray Ban

Dicas

Depois de muitos anos indo a festivais e shows, eu acabei criando uma “receita” com o que funciona nessas ocasiões. Então, vou deixar essas dicas aqui!

Roupas – minha prioridade é o conforto. Uso roupas que eu fique bem em pé, andando ou até sentada no chão. Se eu vou de vestido, normalmente estou com um shortinho por baixo. Então, dificilmente uso saias muito justas ou curtas, para não ter que me preocupar. Ou vou logo de shorts ou calça. Em alguns eventos vale pensar num casaco pois às vezes esfria conforme anoitece.

Calçados – sempre dou preferência aos tênis, principalmente se tiverem algum amortecimento. São muitas horas em pé, andando ou dançando/pulando. Vale também considerar um calçado que você não tenha dó de sujar ou molhar. Tem botinha que dá conta do recado e não deixa os calcanhares cansados. Coturnos e botas com solado grosso também são ótimos!

Acessórios – no meu caso, os óculos de sol são indispensáveis de dia e os óculos de grau são indispensáveis à noite, rs! Não me preocupo com outros acessórios, mas quem curte uma montação maior pode mandar ver. Ah, desta vez eu peguei amor de verdade pela pochete!

Cabelo e maquiagem – a maioria das vezes eu já saio de casa com o cabelo preso mas, quando vou com ele solto, levo um elástico para garantir. A maquiagem tem que ter filtro solar e ser resistente à água, para durar e não precisar retocar. Sempre uso um batom que dura bastante.

Essenciais – Ricardo é o responsável pela nossa mochila que sempre tem: protetor solar, repelente, capas de chuva, cangas para poder sentar no chão e powerbank para carregar o celular.

Ricardo e a mochila com nossos itens essenciais!

E que venham os próximos festivais!

Como é o meu vestir em 2023
10 anos de blog – O que vem depois?
Look do Dia: Vestido com Nesgas (da Burda Style)!

Eu passei alguns dias sumida daqui do blog. E quando isso acontece, dói loucamente. Mas preciso confessar que foi preciso.

A minha newsletter está pertinho de nascer e eu precisei deixar que as questões tecnológicas dela fossem resolvidas.

Eu também precisava muito costurar, ter aquele momento só meu lá no ataliê. Para ter uma ideia, a última peça que fiz para mim foi aquela blusa de seda maravilhosa com estampa de insetos, em maio.

E eu tinha uma semana no Rio me esperando, com direito a Rock in Rio e tudo.

De vez em quando, alguns momentos desconectada se fazem necessários para que as ideias surjam com mais clareza. Por mais que eu esteja acostumada a escrever, eu não consigo escrever algo – ainda mais em primeira pessoa – sem estar inspirada, então eu precisei deste respiro para voltar. E aqui estou eu de volta com este e mais alguns posts a caminho!

O vestido desaparecido

Eu cortei este vestido há dois anos atrás e, por uma série de motivos ocorridos no ano louco de 2015, ele ficou guardado num pacotinho. Ao arrumar alguns tecidos que precisavam ser guardados, cheguei ao tal pacotinho. Nele encontrei muitos cortes de malha, em cor marrom acinzentada, ainda com os moldes alfinetados (por sorte eles não enferrujaram, ufa!).

Dia desses, arrumando o ateliê, encontrei um vestido cortado há dois anos atrás, pronto pra ser costurado. Fiquei surpresa pois dificilmente deixo um projeto sem terminar! . Decidi retomar, pois já coloquei um tanto de energia para começar esta peça e não vale a pena desperdiçá-la. . Ao costurar algumas partes e alinhavar outras para provar, momento da feliz descoberta de que o modelo me serve bem (oba!) e de que a cor é uma das neutras-coloridas da minha cartela. . Auto-conhecimento é lindo e eu estou em busca dele ao máximo neste ano. Se há dois anos atrás esta peça ficou perdida por aqui, agora vai seguir caminho direto para o armário! . #costurakatiacostura #armariohandmade #katialindenconsultoria #bloguices

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Fui resgatar a história por trás da peça e do seu esquecimento, enquanto buscava a fonte do molde. Por sorte, eu sempre anoto em cada pedacinho do molde de onde ele veio. Era um vestido de malha, com muitas nesgas, vindo da Burda de maio de 2015, que apareceu de relance neste e neste post.

Na época eu estava costurando muitas peças em malha pois estava em processo de emagrecimento, preterindo o tecido plano. Eu tinha dúvidas em relação à cor, esse marrom meio acinzentado. Também estava fazendo o curso de modelagem do Senac e encantada com as possibilidades de construir nesgas para as peças, principalmente nas saias. Minha casa estava em fase final de reforma e eu precisei empacotar todo o meu ateliê para deixá-lo do jeitinho que ele é hoje. E toda essa conjunção de fatores me fez cortar este vestido, assim como me fez deixá-lo de lado.

Como eu demoro um pouco para copiar o molde e cortar o tecido, achar este projeto era o que eu precisava para voltar a costurar! Porque era só entender a montagem da peça e acelerar na overloque, oba!

E assim eu fui tocando a costura deste vestido, cheio de recortes e 10 nesgas (sim! 8 na saia e 2 nas mangas) até que consegui terminá-lo na véspera de ir para o Rio.

Eu já fiz isso de levar peça nova para estrear em viagem, propositalmente, mas desta vez coincidiu mesmo – apesar de eu ter como mantra na minha vida que coincidências não existem, rs!

O vestido pronto

Aqui está o vestido pronto. Demorei um pouco para costurá-lo por questão de tempo escasso e aí usei meu bom e velho recurso de fazer uma hora por dia, contei sobre isso quando comecei esse exato vestido aqui.

Quebrei a cabeça para entender o encaixe dos ombros, também recortados e meu manequim de prova (a Giselle) me ajudou a visualizar após algumas alfinetadas. Alinhavei algumas partes antes de terminar para certificar que eu poderia omitir o zíper invisível traseiro e deu certo. Só ficou para melhorar a costura rebatida do decote, pois o revel insiste em virar para fora, rs!

Look do Dia

Usei o vestido logo que cheguei no Rio, no nosso primeiro programa na cidade: um show incrível no Blue Note (uma casa de jazz super famosa de NY e que abriu recentemente uma filial no Rio). Assistimos um show encantador de música brasileira, com Jacques Morelenbaum e convidados.

A ocasião pedia um look mais arrumadinho e aí o vestido cumpriu bem a função, com minhas amadas botinhas e um lenço no punho para substituir a tradicional pulseira (truque bacanérrimo para tirar os lenços do armário, né?!). Os acessórios puxaram um tiquinho para o roxo, com o detalhe do lenço, dos brincos e do batom.

(Clique em uma das fotos da galeria para ver em tela cheia!)

Apesar do volume que as nesgas acabam acrescentando, ele ficou só do joelho pra baixo. O vestido ficou sequinho na medida, sem ficar muito justo, me senti até mais magra com ele! As linhas verticais dos recortes ajudam não só a alongar como também a não marcar (ou marcar menos) o que a gente não quer, eu gosto muito deste recurso! E o movimento das nesgas ao andar? Não tinha como não dançar esta peça!

As nesgas das mangas ajudaram a dar um voluminho charmoso de tecido e assim as mangas não ficaram justas nos meus bracinhos gordos. Ou seja, também funcionaram muito bem!

E a cor é maravilhosa para mim, está super dentro da minha cartela, por se tratar de um marrom mais frio. Hoje em dia eu a vejo com outros olhos!

Vestido de malha com nesgas: tecido ponto roma comprado na Tissus Reine (Paris), molde da revista Burda de maio de 2015.
Botas: Schutz
Lenço: Liberty London, vintage, comprado na L’oiseau.
Brincos: super antigos, não lembro o nome da loja!

Logo eu, que nunca deixo um projeto sem terminar, resgatei este perdido em ótima hora!
Estou super feliz com ele! O que você achou?

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Look do Dia: Shorts Envelope!

Olá!

Antes de viajar para o Rio, fiz um shorts para levar na viagem. Foi um daqueles projetos rápidos e super gostosos de fazer. Aproveitei o que restou do chambrê que usei nos dois vestidos Bettine, então nem precisei sair atrás de tecido e gastei este corte todinho, o que é ótimo!

Assisti ao vídeo do shorts envelope criado pel’A Costureirinha, está bem explicadinho! Tem também um tutorial com fotos no blog dela, então não tem desculpa para não fazer! O modelo veste até o tamanho 42 e para mim deu certo!

O jeito de vestir o shorts é diferente, já que não tem uma abertura convencional, mas o resultado é muito bom! Se eu repetir este projeto, faria uns centímetros mais comprido e adicionaria alguns centímetros também na parte de cima, para a cintura ficar mais alta. Do jeito que ficou também dá super para usar!

Depois de muito bater perna no dia anterior (em que fizemos boas compras, post aqui), este dia tinha que ser mais tranquilo, né?! Reservamos o dia para ir à praia e ter um belo almoço depois. Usei o shorts como saída de praia, por cima do meu maiô. Para ir almoçar lá na Gávea, foi só colocar uma blusa por cima, minhas alpargatas listradas e já estava pronta!

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A frente fica com as laterais sobrepostas e um lacinho…

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E as costas ficam assim!

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Sim, eu estava na praia antes destas fotos, rs!

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Sem make e com cara de preguiça pós-praia e pós-almoço!

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E esse roxo na perna que parecia a pinta da Angélica?!

Shorts envelope de amarrar: Tecido de chambrê de algodão comprado na Tecidos NA (Santo Amaro). Molde e passo a passo em vídeo d’A Costureirinha.
Alpargatas: Tecido Cath Kidston (Londres), sola Prym (Berlin)

Blusa: Anthropologie (Londres)

Gente, esse grafite era tão lindo e colorido que tirei um tanto de fotos!

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Adorei o shorts e o dia de praia com ele, recomendo!
Beijos!

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Katia Linden
Sou de São Paulo, publicitária de formação, professora de costura por paixão e escolhas da vida. Sou também várias outras coisas por convicção: feminista, mãe de cachorros, tatuada, amante de música, viciada em Grey's Anatomy, costureira, modelista, consultora de estilo e (também, ufa) autora deste blog.
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