Como foi o Me Made May 2020 (#mmmay20)

Acabou o mês de maio. Eu ando tão perdida em relação a passagem dos dias que, quando maio chegou, nem lembrei do Me Made May. Nos outros anos eu aguardava ansiosamente e planejava como eu queria participar ou o que eu queria mostrar. Neste ano, fui lembrada pela Jaini Manoela (leitora do blog há tempos) que me marcou numa postagem dela.

Teve dia em que registrei looks inteiros, teve dia que foi na base da selfie mesmo. Eu fiquei pintando a cozinha da minha casa por uma semana (hahaha, falta de prática que chama, né?!) e aí as roupas eram as velhinhas manchadas de tinta mesmo, fora os dias de faxina e afins, que eu não tinha nada para registrar…

Enfim, foi um mês estranho. Fiquei muito mal na época do dia das mães, a ponto do alarme da depressão soar novamente. Eu contei sobre isso neste post. Depois fui melhorando. Cheguei ao final do mês cansada dessa quarentena, sentindo falta demais de contato físico e muito imersa na rotina da casa e do trabalho (equilibrando os pratinhos para dar conta de tudo e aceitando que estou fazendo o melhor que posso).

Depois da fase de baixa, fiquei com vontade de me arrumar de novo e de aparecer nos posts. Hoje em dia eu tenho um lugarzinho iluminado para fazer as fotos e já deixo um tripé armado na altura e distância certas para fotografar. Tem sido bom!

No ano passado, lembro de fazer muitas fotos no espelho do meu quarto. Mas a foto sempre ficava um pouco distorcida, além de ser um cantinho meio apertado, que me limitava um pouco. Quando eu estava fora de casa, pedia para alguém fotografar para mim para variar as fotos um pouco. Agora, enfim, não tem variação. Ou é selfie ou é o fundo cinza com a estante ao lado. E tá tudo bem. Um ano depois, me sinto bem mais à vontade para fazer os registros sozinha.

Como não teve post aqui no blog sobre o Me Made May do ano passado, aqui vai o link para você ver meus registros lá no insta: #katiamademay19

Estilo quarentener

Tem dois fatores que eu consigo ponderar aqui: em 2019 eu não parava em casa (trabalho, projetos, encontros e dates). As roupas acompanhavam isso, precisavam estar de acordo para dar aula, mas depois estar bela para um date no fim do dia. Fora que eu estava me sentindo muito bem na minha própria pele e me vestindo “pra causar”, hahaha.

Eu ainda me sinto super bem na minha própria pele mas, ficando mais de dois meses sozinha em casa, a vontade de “causar” foi diminuindo. Privilegiei o conforto mesmo. Roupas quentinhas para o fim de outono frio para me fazer não andar só de pijama foram o foco.

A vontade de “causar” apareceu mais pro fim de maio, mas com planos de concretizar em junho então não entrou no desafio deste ano (ou seja, aguarde e confie, rs).

Uma das coisas que mais mexeu comigo foi ver o meu cabelo passando os ombros e eu não me vejo mais de cabelos compridos. E eu tenho uma tatuagem recente nas costas que foi feita exatamente para aparecer porque o cabelo não tamparia. Agora o cabelo está maior contra a minha vontade e a tatuagem anda na maioria do tempo escondida (aliás, essa tatuagem tem uma história muito boa pra ser contada mais adiante). E eu nunca tatuei tanto em tão pouco tempo: 4 tatuagens novas em menos de um ano!

A sensação das tatuagens novas era que eu estava realmente no comando do que acontecia com o meu corpo, finalmente. Eu estava me sentindo maravilhosa como nunca há um ano atrás. E agora, em quarentena, isso ficou em segundo plano (porque eu continuo achando tudo igual, só estou reclusa mesmo).

Looks de 2020

Os meus registros, como sempre, estão no meu Instagram, no #katiamademay20 (já me segue? É o @katialinden!) e eu reuni tudo em um destaque dos Stories também. Maio terminou de um jeito tão pesado que eu me peguei pensando em como fazer um post desses em tempos de desgoverno, de falta de apoio à democracia, de uma pandemia que parece não ter fim aqui no Brasil… Na verdade, os posts continuarão existindo pois, apesar de apreensiva e revoltada, é no universo craft que sempre encontrei refúgio, uma forma rebelde (e anti-capitalista) de me posicionar.

(Clique em uma das fotos da galeria para ver em tela cheia!)

Armário Handmade todo dia – autoconhecimento e amor próprio!
Me Made May 2017 (#mmmay17): o final
Armário Handmade do Rock in Rio!

Na semana que passei no Rio (estava com saudades de ir sem correria, mesmo com os problemas todos que estão acontecendo por lá), teve armário handmade praticamente todo dia, até porque grande parte das peças que eu amo e uso muito fui eu mesma que fiz.

Mas aí seria um repeteco só aqui no blog, já que tudo que faço vem parar aqui também, rs!

Aí resolvi fazer este post com os looks que usei no Rock in Rio, com peças handmade mas usadas de um jeito diferente!

Primeiro dia – Macacão de Moletom

Acabei mudando o primeiro look de véspera, naquele momento que deu vontade de trocar o calçado planejado e aí o look todo mudou, rs! Se eu estivesse em casa, certamente teria conseguido incrementar mais com acessórios.

Usei o tênis esportivo que tinha levado para as caminhadas no calçadão e não me arrependi de ter montado um dos looks do Rock in Rio com ele, pois são muitas horas em pé e a caminhada até o Parque Olímpico e tal…

Enfim, para o dia de Bomba Estéreo e Karol Conka, Titãs, CeeLo Green e Iza, The Who (um sonho realizado!) e Guns n’ Roses eu vesti meu macacão de moletom com estrelinhas, pochete de glitter, óculos espelhados e tênis esportivos! Ficou tudo mais clarinho e com toques de brilho!

Macacão: moletom com elastano da L’Atelier de La Creation (Paris), molde da revista Burda Style de novembro/2016. Mais fotos do macacão aqui.
Pochete com Glitter: Agora que Sou Rica
Tênis: Asics
Óculos Escuros: Ray Ban

Segundo dia – Saia Calça

Já esse look estava super planejado, rs! Para ver a minha banda do coração, montei o look para usar a camiseta do Red Hot!

Diferente do ano passado, quando usei a camiseta com um shorts de couro (e passei muito calor com ele), esse ano eu usei a minha saia calça bem mais fresquinha, chemisier usado aberto por cima e tênis com algum amortecimento, além da pochete!

E assim eu estava no Rock in Rio para conferir Sepultura, The Offspring (mais um sonho realizado), Thirty Seconds to Mars e Red Hot Chilli Peppers (minha banda do coração para todo sempre, amém!):

Saia-Calça: tecido Bi-strech da GJ Tecidos (Centro – SP), molde da Pantacourt com transpasse da revista Burda de Agosto/2016, modificado por mim. Mais fotos da peça aqui.
Camiseta oficial do Red Hot Chilli Peppers: comprada no show de 2013 em São Paulo
Chemisier: Alexandre Hertchcovitch para C&A
Pochete com Glitter: Agora que Sou Rica
Tênis: Nike
Óculos Escuros: Ray Ban

Dicas

Depois de muitos anos indo a festivais e shows, eu acabei criando uma “receita” com o que funciona nessas ocasiões. Então, vou deixar essas dicas aqui!

Roupas – minha prioridade é o conforto. Uso roupas que eu fique bem em pé, andando ou até sentada no chão. Se eu vou de vestido, normalmente estou com um shortinho por baixo. Então, dificilmente uso saias muito justas ou curtas, para não ter que me preocupar. Ou vou logo de shorts ou calça. Em alguns eventos vale pensar num casaco pois às vezes esfria conforme anoitece.

Calçados – sempre dou preferência aos tênis, principalmente se tiverem algum amortecimento. São muitas horas em pé, andando ou dançando/pulando. Vale também considerar um calçado que você não tenha dó de sujar ou molhar. Tem botinha que dá conta do recado e não deixa os calcanhares cansados. Coturnos e botas com solado grosso também são ótimos!

Acessórios – no meu caso, os óculos de sol são indispensáveis de dia e os óculos de grau são indispensáveis à noite, rs! Não me preocupo com outros acessórios, mas quem curte uma montação maior pode mandar ver. Ah, desta vez eu peguei amor de verdade pela pochete!

Cabelo e maquiagem – a maioria das vezes eu já saio de casa com o cabelo preso mas, quando vou com ele solto, levo um elástico para garantir. A maquiagem tem que ter filtro solar e ser resistente à água, para durar e não precisar retocar. Sempre uso um batom que dura bastante.

Essenciais – Ricardo é o responsável pela nossa mochila que sempre tem: protetor solar, repelente, capas de chuva, cangas para poder sentar no chão e powerbank para carregar o celular.

Ricardo e a mochila com nossos itens essenciais!

E que venham os próximos festivais!

Como é o meu vestir em 2023
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Me Made May 2017 (#mmmay17): o começo

Agora que metade do mês de maio já passou, vou mostrar aqui as peças que usei, pensando na participação do Me Made May deste ano.

Tem sido muito gostoso participar mais uma vez, acabo dando uma atenção a mais ao que já é bem cotidiano: vestir roupas feitas por mim. Vai ter um tanto de repeteco em relação aos outros anos, o que quer dizer que foram peças que cumprem a função de vestirem bem e serem duradouras!

Já a maioria das peças não são recém feitas, vou colocar no fim do post links para os posts que fiz sobre elas, caso você queira ver as peças em detalhe, ok?

Primeira Semana

Segunda Semana

Links para as Peças

Vem ver as peças em detalhe nos posts que já fiz aqui no blog, com certeza também vai aparecer algum jeito diferente de usar a mesma peça!

Dia 1: Macacão Jeans
Dia 2: Camiseta de Malha de Viscose
Dia 3: Regata de Crochê
Dia 4: (sem roupa feita por mim, usei roupa de academia :|)
Dia 5: Saia Calça
Dia 6: Vestido de Moletom
Dia 7: Calça de Linho e Viscose
Dia 8: Vestido de Malha
Dia 9: Blusa de Cetim
Dia 10: Top Cropped de Moletom
Dia 11: Calça de Pijama
Dia 12: Slip Dress de Veludo
Dia 13: Calça Anna (da Francine Lacerda)
Dia 14: Vestido de Malha de Rayon
Dia 15: (sem roupa feita por mim, confesso que passei o dia de pijama :D)

Se quiser acompanhar os meus outros posts e looks handmade que estão por vir, me segue lá no Instagram!

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Katia Linden
Sou de São Paulo, publicitária de formação, professora de costura por paixão e escolhas da vida. Sou também várias outras coisas por convicção: feminista, mãe de cachorros, tatuada, amante de música, viciada em Grey's Anatomy, costureira, modelista, consultora de estilo e (também, ufa) autora deste blog.
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