A colcha do Noah – detalhes finais

Olá!

Para encerrar esta série de posts sobre a colcha do Noah (os outros posts são este e este), mostro como fiz o quilt e o fechamento da peça, como embalei para enviar para os papais ansiosos e sobre os cuidados com a peça.

Depois de feitos os bordados em Sashiko, parti para o fechamento da colcha, que contou com o recheio de manta resinada e com as costas no mesmo linho azul que usei nos quadrados que foram bordados.

Para o quilt cumprir a função de juntar todas as camadas e ainda permanecer discreto, já que a “emoção” toda eu quis deixar para o bordado, optei por quiltar apenas as partes em azul, assim combinariam com o fundo.

Resgatei a sapatilha de costura na vala, que contei aqui que eu ainda não tinha me adaptado muito. Depois que descobri como fazer alguns ajustes finos na posição da agulha, eu consegui tirar melhor proveito dele e o resultado ficou muito bom, do jeito que eu queria:

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Pronta! Vivaaa!

Terminada a colcha, fui pensar em um embrulho que fosse útil quando a colcha não estivesse em uso e que não chegasse muito amassado ao destino (já que enfrentaria muitas horas dentro da mala da vovó Sonia).

Fiz um saquinho em tecido listrado e coloquei fitas decoradas com pespontos para amarrar na abertura. Para deixar com cara de presente, um cartão que seguiu dentro do pacote e por fora uma faixa de papel craft toda carimbada (estou viciada nesses carimbos, rs!)

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Pode seguir viagem!

Tão importante quando pensar na construção e no transporte da colcha, pesquisei sobre como cuidar do linho para que ele conservasse ao passar por lavagem. Quando fazemos algo do tipo, é sempre bom pesquisar como e se pode lavar o material e também como passar. Se for para dar de presente, é legal fazer um bilhetinho avisando!

Como a colcha é feita em linho, pesquisei no meu livro da Burda, que tem uma parte muito boa falando sobre as características dos tecidos e quais cuidados devem ser adotados para cada um. Neste caso é indicado que seja lavada a seco ou então lavar com sabão para roupas delicadas. Por último, pode ser passada com ferro quente e com vapor, já que costuma amarrotar e o tecido suporta tanto o calor quanto o vapor.

Projeto concluído, presente já entregue, oba! Que delícia!

Vamos então para a última trilha sonora, inspirada pelo recente Lollapalooza. Noah, mais músicas de gente que adoro e assisti em festivais, pra você!

Audioslave, super banda formada por Chris Cornell (do Soundgarden) e por quase todos os integrantes do Rage Against The Machine. Vi as duas bandas separadamente em festivais, que delícia! E eu amo essa música!

Joan Jett, minha rainha! Emoção para a vida ter visto de pertinho!

Uma das minhas bandas do coração, Foo Fighters!
Porque a gente merece música legal e vídeo divertido! (Adoro os momentos: “quero batata frita sim, obrigado!” e “não, não roubem minha guitarra!”)

Noah, Ane e Gu, espero que vocês recebam todo o amor dos titios postiços através da colcha e destes posts!
Beijos!

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10 anos de blog – O que vem depois?
A colcha do Noah – Bordados em Sashiko

Olá!

Semana passada eu terminei de bordar a colcha do Noah, tudo feito com a técnica do Sashiko.
Eu aprendi os princípios do Sashiko num Workshop na Kikikits em janeiro. Na ocasião, fiz meu bordado com uma linha DMC perlê, a mais parecida com a linha japonesa Olympus. Ambas são 100% algodão.

Na época eu comprei algumas linhas da Olympus para trabalhos futuros, em branco e natural. Só que a linha da DMC foi suficiente para bordar a peça do workshop, que virou almofada e toda a colcha do Noah. A agulha usada foi uma que eu já tinha, que parece com a agulha de ponto cruz, mas tem a ponta mais afiada, mais adequada para bordar tecidos.

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Depois de decidir como seria a colcha, comprei o linho (para manter a tradição de bordar em tecidos naturais), montei a frente da colcha com blocos de Patchwork (contei essa parte no primeiro post da colcha, aqui) fui atrás dos motivos para bordar. A maior fonte foi o Pinterest. Fora dele, não havia praticamente nada em português e pouca coisa em inglês. Lá fui eu procurar um livro sobre o assunto e comprei este aqui, na Fonomag:

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Eu vou fazer um post depois só sobre o livro, mas por ora conto que, apesar de estar em japonês e eu não entender nada da língua, ele foi suficiente para escolher os motivos, já que propõe os projetos por estação do ano. Escolhi os que estavam na Primavera, quando o Noah vai nascer.

Fiz mais buscas sobre os significados de cada desenho e o que eu encontrei foi:

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Asano-Ha (en: Hemp Leaf – sim eu também estranhei, rs!). Eu entendi como sendo as folhas de Cânhamo. O Imperador do Japão só usa roupas feitas de cânhamo e o motivo costuma ser bordado em peças infantis para desejar que a criança cresça forte e bastante, assim como a planta.

O livro também foi útil para direcionar a ordem do bordado, importante para que as figuras fiquem formadas corretamente e mantenham as características da técnica de oferecer resistência às peças enquanto decora e que as linhas não se sobreponham no lado direito.

Acabei fazendo os motivos não muito pequenos pois achei que deixaria um efeito gráfico interessante e também eu conseguiria manter o controle do bordado, já que eu não estou acostumada a fazê-lo, fora ser feito em um tempo razoável.

Eu bordei com a frente da colcha já costurada, transferi os desenhos usando papel manteiga desenhado, papel carbono branco para tecido e carretilha.

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E aqui está a frente da colcha, prontinha!

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Eu adorei o resultado, ficou como eu imaginava!

E, para manter o costume de dedicar uma trilha sonora californiana ao pequeno Noah, lá vai:


Não teve jeito, com o show do Metallica, a gente retomou os álbuns clássicos aqui em casa. Essa é uma das minhas favoritas!


Pula, Noah, pula!


Só clássicos dos cabeludos dos anos 90 neste post!

No próximo post, vou colocar os detalhes finais deste projeto, não perca!

Beijos!

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Costuras da Semana!

Olá!

Eu comecei a semana passada com dor de garganta, que depois evoluiu para um resfriado. Tudo para diminuir o ritmo geral. Projetos de costura e nariz desobediente definitivamente não combinam, então tiveram que esperar um tiquinho.

Mas isso não impediu que, além de trabalhar nos posts da semana que passou, eu comprasse a minha tão desejada máquina de overloque! Reclamei muito antes, mas esperei pela hora certa e acabei comprando no Magazine Luiza por ter o melhor preço depois de meses de pesquisa! Ainda não chegou (aliás, alguém tem comprado pela internet nesses lugares “grandes” e recebido no prazo?), mas em breve um pequeno (e novo) universo de costuras passará a ser possível, principalmente tratando de malhas, oba!

Na aula de Patchwork, continuei a montagem da frasqueira mas não consegui terminar. Semana que vem ela deve aparecer pronta por aqui.
Depois de enfrentar uma bela chuva, fui para a aula de costura. Chegando lá na Lurdes, a casa estava sem energia elétrica. Ela, muito fofa, me deu aula só com a luz que entrava pelas janelas e com a ajuda de velinhas. Sem poder costurar, fizemos o modelo, cortamos e preparamos para prova uma saia de lã com babados.

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Costureiras da resistência, trabalhando sem luz!

Na 5a feira, sem energia elétrica de novo, só que agora em casa. Acho que era um sinal para dar um gás na colcha do Noah, porque meu prazo realmente está ficando apertado. Aproveitei a claridade do meu quartinho para transferir os desenhos (que eu tinha preparado enquanto o resfriado estava bombando) para a colcha e lá fui eu bordar!

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Bordadeiras da resistência, trabalhando sem luz!

Dos 8 blocos que eu tenho que bordar, terminei a semana com 6 deles prontos! Algumas atividades são assim, quando a gente começa é tão gostoso que é difícil de largar, né?! Como agora falta pouco para terminar esta parte, assim que terminar eu farei um post sobre a etapa do bordado!

Na expectativa da chegada da máquina de overloque, deixei pronta para os primeiros testes a saia de babados que comecei na aula e uma nova versão do vestido Crepe que está em andamento.

O vestido também não tem muito o que mostrar, mas o tecido é com esta estampa aqui:

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Strawberry Thief – Liberty

Vamos ver se a nossa companhia de energia elétrica deixa a gente costurar um pouco mais nesta semana, né!?

E amanhã tem post novo da Ana, oba!

Beijos e boas costuras!

Meus 11 anos de costuras – um giro por 2019 (parte 1)
Lendo Bell Hooks: “Ensinando a Transgredir – A Educação como Prática da Liberdade”
Katia Linden
Sou de São Paulo, publicitária de formação, professora de costura por paixão e escolhas da vida. Sou também várias outras coisas por convicção: feminista, mãe de cachorros, tatuada, amante de música, viciada em Grey's Anatomy, costureira, modelista, consultora de estilo e (também, ufa) autora deste blog.
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Um manifesto para 2022
Vencendo a minha maior resistência: vender!