Um novo armário handmade para uma nova fase

Aiai… como é bom escrever sobre 2018 referindo-se a ele assim: no passado, rs! Eu tive um ano muito intenso. Em um determinado momento vi que, se eu não cuidasse do meu equilíbrio físico, mental e espiritual, eu ficaria ainda mais doente.

Explico: no começo do ano passado eu fui diagnosticada com gordura no fígado em nível moderado. Meu médico pediu na época que eu emagrecesse 20 quilos. Logo de cara, como eu pouco mudei os meus hábitos, eu não consegui. E não tem jeito, é gordura, tem que queimar e não deixar acumular mais. A diferença é que não está lá visível como uma pancinha, pneuzinho e tal…

Vieram os acontecimentos de junho em diante e eu fiquei muito mal fisicamente. Não conseguia comer ou comia e passava mal. A depressão e as crises de ansiedade ameaçaram a minha saúde por alguns meses. Ficaria um post inteiro aqui descrevendo os sintomas, mas vou me ater a dizer que perdi 8 quilos sem saúde nenhuma. Tanto é que eu repeti os exames e a condição do meu fígado não tinha mudado. Aí eu vi que tinha que fazer algo por mim. Fui caminhar com meus cachorros (no começo foi difícil pois me sentia muito fraca, mas depois peguei o embalo), cuidei da minha alimentação. Minha família me ajudou demais nesse processo, assim como algumas amigas maravilhosas também.

Perdi até agora (e espero não mais encontrar, hahaha) 18 quilos. Sendo os 10 últimos com mais saúde. Os últimos exames que fiz já mostram uma condição bem melhor. Ainda não estou 100%, mas em 2019 eu sei que chegarei lá. Passei a me sentir mais disposta e mais feliz por estar bem fisicamente. E não teve como isso não se refletir no exterior.

Cabelo novo

Isso tudo estava acontecendo e eu não me reconhecia mais ao me olhar no espelho. Em agosto eu já tinha ficado loira pois não estava mais com cabeça para manter o cabelo rosa. Em outubro, o mês da virada, eu cortei o cabelo. Foi só o corte, nem mexi na cor. Mas parece que, daquele dia em diante, eu me encontrei de novo fisicamente.

Voltei a usar batom vermelho (a melhor transgressão da minha cartela de cor totalmente fria e opaca, rs), salto alto, roupas mais curtas ou mais ajustadas ao corpo. Sei lá como explicar, essa mulher nova que estava pedindo para sair pro mundo faz tempo finalmente apareceu. Mais segura, mais livre, mais feliz.

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Cabelo novo, a volta do batom vermelho e a blusa de seda mais amada!

Roupas novas (só que não)

Passei a olhar com outros olhos para o meu armário. Resgatei peças que não me serviam há tempos ou que eu não tinha mais vontade de usar, mas que ainda estavam lá dentro. Comecei a fazer novas combinações. E tenho colocado sempre que lembro (rs) nos Stories do meu Instagram.

Aqui vão algumas fotinhos de looks, algumas clicadas no espelho mesmo, sem complicação. Pois se tem uma coisa que eu prezo hoje em dia é que as coisas fluam sem complicação, sem produção demais!

(Clique em uma das fotos para ver em tela cheia)

Um armário para a vida nova e vida real

Como eu contei nos Stories dia desses (já me segue lá no Insta? É o @katialinden), esse exercício meu de postar looks da vida real, cheio de repetecos e peças que já tenho faz tempo no armário (lembra que não costurei uma roupa nova sequer em 2018 e tricotei algumas peças apenas?) me faz pensar como eu vivo em paz com meus princípios.

Eu faço o que amo, valorizo o que tenho (usando muito o que tenho, inclusive). Esse momento de mostrar as peças é mais sobre ser testemunho de que é possível construir algo com as próprias mãos, para usar muito e de acordo com a vida que a gente leva.

Não nasci para ter uma “vida de blogueira” apesar de ter este cantinho aqui como o meu diário de bordo, como sempre digo. Prezo demais por um estilo de vida feito à mão (pode ser pelas minhas ou pelas mãos de outras pessoas), que caiba dentro da minha realidade e me deixe feliz. Assim consigo passar minha mensagem adiante, seja aqui pelo blog, pelas redes sociais ou através das aulas ou consultoria.

Passar toda esta etapa a limpo por aqui me ajuda a dar os passos seguintes, pois tem muita ideia boa para ganhar o mundo!

Beijos e até logo menos!

11 Anos de Blog!
Como é o meu vestir em 2023
Sobre Florescer em Pleno Inverno

Tem pouco mais de dois meses que não apareço por aqui. Tanta coisa aconteceu em aparentemente tão pouco tempo. Quem me acompanha em outros canais (principalmente no Instagram e na newsletter) já sabe que o meu pai faleceu em junho. Outras dificuldades também apareceram e eu fiquei quietinha por um tempo.

Em algum momento eu vou colocar os assuntos do blog em dia, como ter participado de um bate papo maravilhoso no stand da Burda na Mega Artesanal com mulheres maravilhosas deste nosso mundo costurístico. Esse evento me fez lembrar de como é bom estar em contato de novo com o meu propósito após uma pausa necessária. Então agora chegou a hora de contar novidades e um tiquinho de história, rs.  

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Quando eu resolvi voltar a trabalhar no ano passado, eu me sentia muito perdida. Então, me propus a mergulhar de cabeça nos traumas do meu passado. Fiz o Decola Lab e comecei a fazer terapia. Precisava destravar, ainda que tivesse aberto minha cabeça para muitos novos conhecimentos e habilidades nos últimos anos. Aprendi a costurar, tricotar, retomei o crochê e o bordado, me formei modelista e consultora de estilo. Eu tive o privilégio de poder flanar por alguns anos por entre os crafts e pelos estudos, sem grandes compromissos. Fui contando por aqui inclusive, mas não sabia o que fazer com tudo isso. 

Só depois de abrir a caixinha das minhas memórias e mexer nela até chegar ao fundo é que consegui por fim me reconhecer como uma pessoa criativamultipotencial e capaz (xô síndrome de impostora!) e as mudanças e (r)evoluções foram maiores do que eu pensei.  

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Florescendo 

Hoje sou uma pessoa que sente que finalmente está florescendo para o mundo, aos 38 anos. E que bom que isso está acontecendo agora. Não sei se suportaria as dificuldades que estou passando se eu não me sentisse tão forte internamente tão completa como me sinto agora. Ainda estou triste e frágil em alguns momentos sim, mas não me sinto menos capaz de viver minha vida. 

Esse florescimento fez com que eu passasse também a amar o meu corpo do jeito que ele é, parei de achar defeitos e “poréns” nele, tão enraizados em nossa cultura que transforma a baixa auto estima em potencial de consumo para coisas que não precisamos. Passei a me amar inteira.  

Passei a amar ser duplamente sagitariana (Sol e Lua em Sagitário, é muito fogo pra uma pessoa só, minha gente!). Vi que estava tudo bem abraçar de verdade as minhas convicções. Ao me amar como a mulher que eu sou, entendi o que era ser feminista, reconhecendo os meus privilégios e também amando e apoiando outras mulheres em suas singularidades. Vi que tinha novos obstáculos a vencer. 

Eu não sou de levantar bandeiras à toa. Defendo há tempos o minimalismo, a autoestima e a vida com mais significado através do feito à mão. Se hoje falo de feminismo abertamente, é porque acredito também. Precisamos nós todas florescer como mulheres, apoiando umas às outras em suas lutas. E, nessa jornada toda, fui abraçada, acolhida e levantada por mulheres incríveis a quem só tenho a agradecer e dizer que esse negócio de rivalidade por aqui não rolou não. 

 

Uma nova marca

Tinha que contar tudo isso pra dizer que o resultado desse mergulho é o nascimento de uma nova marca, com um visual que eu estou apaixonada! 

A criação foi da ilustradora Amanda Mol, mulher maravilhosa que captou direitinho o que eu quero transmitir: leveza, autenticidade e força ao mesmo tempo.  

E já que a assinatura é vida – estilo – handmade, eu quis tornar tudo isso mais tangível, transformando em um bordado, assim como eu fiz há um tempo atrás com o logo do blog. Fazer esse bordado com a marca nova, com a orientação especial da Renata Dania (em um curso do Clube do Bordado que fiz no MAM) foi muito importante para mim. Eu acabei me conectando ainda mais.

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Fiz um vídeo com o desenrolar do bordado, feito com muito amor e com um desafio grande de fazer aquarela em tecido pela primeira vez e também de deixar o ponto matiz bem alinhadinho e formando um discreto degradê! Amei o resultado! 

Uma homenagem a meu pai

Eu demorei muito para colocar o projeto no ar pois eu mesma me boicotava, sendo levada por uma sensação de conforto que agora vejo que era irreal. De qualquer forma, sempre entendi que o projeto era uma forma de expressão pessoal mas que podia contribuir positivamente na vida de outras mulheres e que todas nós somos únicas. 

Hoje, apresentar a marca nova e ter feito um bordado com ela me faz entender que também faz parte do meu processo de cura, já que tem meu nome e o sobrenome do meu pai, que sei que todos os dias manda uma luzinha toda especial lá de cima para mim, para minha mãe e meu irmão.  

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Meu pai Heinrich ganhou a vida através da marcenaria, fazendo lindas peças, uma a uma e com perfeição, sempre será uma referência para mim. Espero assim estar levando adiante o nome de nossa família com a mesma dedicação e empenho que ele sempre teve. Trago comigo todos os dias a lembrança do sorriso fácil e da leveza dele diante da vida, sei que meu pai quer que eu tenha muita vida pela frente e que esta vida seja abundante em todos os sentidos. E para que isso aconteça, é hora de dar este primeiro passo. Que bom que o dia de hoje chegou. 

 

Antes mesmo da primavera chegar, o inverno aqui é de florescimento! Vamos florescer juntas? 

Me conta o que achou? 

Formação em Consultoria de Estilo!
Enfim, Modelista!
Armário Handmade todo dia – autoconhecimento e amor próprio!

Sim, já estamos nos encaminhando para o final de junho. Mas hoje eu estou aqui para contar que mais um Me Made May aconteceu. Esta foi a quarta vez que participo e sempre fico feliz ao final.

Ao longo do mês às vezes eu me vejo um pouco cansada dos registros diários, confesso. Porém, procuro lidar com leveza com essa situação pois sempre acho que ganho mais participando do que não. Acabo bolando novas combinações de looks, pensando em alguma peça que seria útil no armário e por aí vai.

Oba, tem vídeo!

Esse ano acabei registrando as minhas impressões em vídeo, numa live que foi meio atrapalhada por imprevistos tecnológicos, mas que rolou mesmo assim, rs! Meu depoimento está aqui:

(Link para o vídeo)

Looks que fizeram mais sucesso

Como sempre, eu compartilhei tudo no meu Insta, você pode conferir tudo aqui nessa tag.

Aqui estão os 5 looks que fizeram mais sucesso (entre likes e comentários):

Link para o post da blusa de seda, feita em 2014 e brilhando muito no meu armário até hoje!

 

Blusa Coco em malha ponto roma (blusa antiga, feita em 2014 e que até hoje que não tem um post só pra ela, rs! Tem fotos dela aqui).

Link para o post do quimono de flanela (eu não dou mais aulas no local indicado no post, mas vale pelas imagens de 2015, rs)!

Link para o post da maxi blusa de lã roxa, feita no ano passado!

Esta blusa ainda não tem post sobre ela, foi a última peça que terminei, vai sair logo menos!

Conclusões

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Como eu contei lá no Insta quando eu avisei da live que está aí em cima, cuidar da gente mesma é um exercício de amor próprio. Costurar minha própria roupa também se tornou um exercício de amor próprio. Em maio eu mostrei um tanto de mim através das minhas roupas, com as histórias delas e também do meu cotidiano. Também é muito legal contar aqui no blog e através do meu canal sobre buscar a autenticidade, sobre encontrar seu estilo pessoal e sobre deixar padrões impostos para trás para ser a gente mesma, de uma forma mais gentil!

Teve look arrumadinho, de viagem, de ficar em casa (sem maquiagem) e todos eles mostram muito quem eu sou através do que eu visto!

Estou precisando costurar algumas peças de frio e agora estou animada para tocar estes projetos! Contei mais neste post!

 

E você? Animada para vestir peças feitas por você mesma?

Armário cada vez mais feito por mim (e um exercício de empatia)
Últimos Looks do Me Made May 2016 (#mmmay16)!
Katia Linden
Sou de São Paulo, publicitária de formação, professora de costura por paixão e escolhas da vida. Sou também várias outras coisas por convicção: feminista, mãe de cachorros, tatuada, amante de música, viciada em Grey's Anatomy, costureira, modelista, consultora de estilo e (também, ufa) autora deste blog.
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Um manifesto para 2022
Vencendo a minha maior resistência: vender!